NOTAS PARA UM "MINI-MANUAL" DE GESTALT- TERAPIA
Casos: NOTAS PARA UM "MINI-MANUAL" DE GESTALT- TERAPIA. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: moninhap • 7/3/2015 • 832 Palavras (4 Páginas) • 839 Visualizações
NOTAS PARA UM “MINI-MANUAL” DE GESTALT- TERAPIA
Antonio Elmo de Oliveira Martins
INTRODUÇÃO
O autor inicia o texto com uma indagação sobre a função da psicoterapia, e outras questões que consequentemente se levantam a partir dessa. Assim, chega a conclusão de que esta serve para proclamar que o homem é o que importa, sendo este responsável e capaz por si mesmo, indo as coisas mesmas, humanizando-se, escolhendo-se.
A abordagem Gestáltica é rica pelas influencias que recebeu de muitas escolas de pensamento; metabolizou, absorveu e integrou muitas noções e conceitos. Olha o desenvolvimento das varias linhas psicoterápicas e ainda mostra seus avanços e contribuições, buscando um genuíno encontro dialógico, o qual o autor relata ser seu objetivo aqui.
DESENVOLVIMENTO
O canal terapêutico da filosofia existencial e do método fenomenológico
A Gestalt- terapia é uma abordagem existencial-fenomenológica e como tal é experiencial e experimental, sendo seus conceitos básicos mais filosóficos do que técnicos. Assim, Martins indaga, o que exatamente isso significa¿. A primeira vista significa embasar-se na filosofia existencial e no método fenomenológico proposto por Husserl.
Em relação ao existencialismo, ele pode ser dividido em teísta, de natureza humana e o ateu. Desses, o que é consentâneo com a Gestalt- terapia é o existencialismo ateu. Não porque seja necessário a Gestalt- terapia a inexistência de Deus. Deus pode continuar existindo, desde que com a ideia subjacente de genuíno e verdadeiro livre arbítrio. Para os gestalt- terapeutas as questões centrais são as da liberdade, da responsabilidade e da escolha humana.
Já a fenomenologia é um método de trabalho onde abandona-se a intelecção em favor da intuição, a objetividade em favor da subjetividade, a percepção sensorial em favor da percepção que vem das entranhas, a concepção de seres independentes em favor de uma concepção holística de integração.
Assim, a Gestalt- terapia é o canal terapêutico do existencialismo-fenomenológico, isto é, é uma atitude de re- descobrir aquilo que está ali, sem a a priori; é uma atitude de lidar com o novo como novo; é uma atitude de nada afirmar nem negar, nada pensar nem sentir acerca daquilo que esta ali, a emergir, para que aquilo que emerja possa ser o que é.
O homem como o concebemos
O exame de todas as vertentes de influência na Gestalt- terapia conduz a um entendimento da concepção de homem adotada por esta abordagem. Para a Gestalt, o homem constitui-se a partir de 9 (nove) características que o autor cita sendo o homem como um ser: digno de confiança; responsável; de totalidade; passível de integração; voltado para a consciência; auto- regulado; em permanente energia de auto realização; de presentificação e em busca do sentido para sua existência.
A partir disso pode-se dizer que o homem é um ser digno de confiança, isto é, é responsável por si mesmo, pois se escolhe ser o que é, é uma totalidade que pode ser integrada, voltado para a consciência, auto- regulado, em permanente energia de auto- realização e presentificação e em busca de dar um sentido ás suas percepções, às suas experiências, à sua existência.
Os objetivos da terapia
Além dos objetivos específicos que o cliente possa ter, a Gestalt- terapia tem objetivos imanentes e intrínsecos à sua
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