NUNCA ME SONHARAM
Por: Cris Guimarãess • 27/9/2021 • Resenha • 567 Palavras (3 Páginas) • 231 Visualizações
Universidade Paulista - Unip
Curso: Psicologia – Matutino
Nome:
Disciplina: Psicologia Escolar
Professor/a:
NUNCA ME SONHARAM
Nunca me sonharam é um documentário que relata a vida em escolas públicas ao redor do Brasil. Por meio de depoimentos individuais, alunos, professores e coordenação, descrevem as dificuldades e frustações experienciados nas
instituições de ensino.
O filme expõe as condições precárias das salas de aula e falta de estrutura presente no cotidiano de inúmeros jovens brasileiros. Questionando então até onde se pode aprender nessas condições. Sob o olhar de diferentes pontos de vista, pode-se perceber, que ao contrário do que se acredita popularmente, diferentes alunos sonham com uma educação melhor. Porém, isso não é uma tarefa fácil, devido ao sentimento de impotência e desesperança em um lugar onde não se tem voz ativa. Há também o fato de a situação financeira de muitos, que interfere na vida escolar, contribuir para a falta de esperança em relação ao futuro.
Apesar disso, o documentário dá voz para diversos estudantes que acreditam na mudança e estão dispostos a participar ativamente desse processo, assim como professores que sem suporte da instituição iniciaram por conta própria projetos sociais e culturais para desenvolver o potencial dos jovens estudantes.
Um dos primeiros passos para o início dessa “utopia” seria uma mudança na forma das relações estabelecidas nas instituições. Sob essa perspectiva o Psicólogo Escolar seria de extrema importância pois ele, através de suas intervenções, irá ajudar os educadores e alunos a ter uma nova visão, focando promover a autonomia e desenvolvimento de potencias de todos.
O texto Atuação do psicólogo na educação: Análise de publicações brasileiras faz uma crítica ao modelo seguido por muitos psicólogos escolares, o uso da psicometria e o tratamento das “crianças problemas”, crianças com dificuldades de aprendizado por meio de análises clínicas. Assim, o tratando individualmente, excluindo a instituição qualquer responsabilidade. Ao reduzir o problema dessa forma se distancia das determinantes desse processo.
O psicólogo, nesse contexto deveria atuar junto a questões instrucionais, podendo então articular intervenções e construir mecanismos de atuação partindo de uma psicologia escolar crítica que busca autonomia. Analisaria também fenômenos escolares, seus determinantes econômicos, sociais e políticos.
É necessário conhecer não só aspectos sociais do aluno, mas também considerar suas origens históricas, psicológicas e políticas, no contexto escolar
e incluir e incentivar a sua participação ativamente nas atividades realizadas.
Como apresentado em Nunca me sonharam, os alunos vêm de lugares
diferentes, e não é possível esperar que todos ajam de uma certa forma, quando não sequer se conhece suas circunstâncias.
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