Resenha Documentário "Nunca me Sonharam"

Universidade Estadual de Londrina

Nome: Camila Nagy Correia

Resenha do documentário “Nunca me sonharam”

O documentário de fato é muito tocante e reflexivo, aborda realidades que eu não conhecia, pois, apesar de sempre ter estudado em escola pública, sempre foram bons colégios. Mas é possível ver ao longo do país, varias precariedades, e realidades, coisas à serem refletidas. Ver que nada é por a caso, tudo tem um motivo, e sempre existe possibilidade. Professores que muitas vezes agem sem pensar, alunos que muitas vezes dão trabalho por motivos que não se é imaginado. Para mim, houve um grande choque de realidade.

Eu vejo que a concepção que muitos jovens têm, que muitos carregam, é que a juventude é uma enorme responsabilidade, é como uma sobrecarga, de quem você é, de quem você quer ser. O que mais me chamou a atenção no documentário, é o fato de que eles dizem “Eu quero ser alguém na vida”, para mim, todos são alguém na vida. Não é porque você não corresponde as expectativas de determinado lugar que você não é ninguém. É como se fosse uma criação que aliena eles para o estudo como obrigação “Se você não estudar, você não vai ser ninguém na vida”. O que muitas vezes pode acabar trazendo essa sobrecarga, e certo desespero para a vida do jovem.

Talvez uns digam odiar matemática, mas na hora de duplicar uma receita de um bolo ou de alguma coisa, sabem o fazer perfeitamente. Acredito que muitos se sentem incompreendidos, desmotivados, obrigados a fazer algo que colocaram em suas cabeças que tinham que fazer e pronto.

Existem muitos educadores com fé nos jovens, e muitos que por outras vezes não falam nem “Bom dia”, como uma menina cita do documentário. Acreditar, motivar, apoiar, são coisas que fazem a diferença, pois muitas crianças e jovens não têm isso dentro de suas casas.

Acredito que os adolescentes sofrem bastante, e como resposta eles sempre ouvem “É apenas uma fase”, mas uma fase que poucos o ajudam a superar.

Quanto à educação, podemos perceber grandes diferenças nos lugares do Brasil, principalmente na infraestrutura. Muitas escolas contam com ambiente inadequado para a aprendizagem, o que muitas vezes pode se relacionar com a falta de interesse do aluno. Os professores fazem o que podem, e eu acho muito interessante eles fazerem atividades extras na escola, fazer os alunos se interessarem, quererem aprender. Como citam no documentário, muitos alunos passam mais tempo na escola do que com os próprios pais. Sempre ouvi dizer que “A escola é nossa segunda casa”, mas para muitos é a primeira. E por isso eu acho que ela possui um papel muito importante.

Muitos jovens gostam de estudar, muitos só precisam que alguém acredite neles.

Independente do canto do Brasil, seja Rio Grande do Sul, São Paulo, Ceará, Pará, as escolas passam sempre pelas mesmas coisas. Alunos com maior dificuldade, alunos como maior força de vontade, muitas vezes problemas com infraestrutura, mas sempre irão existir bons professores. O que o documentário passa para quem o assiste, pelo menos para mim, é que um bom professor faz toda a diferença na vida de um jovem. E fazer diferença na vida de um jovem, é fazer uma diferença para o futuro.