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Neo Pi R

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Por:   •  21/5/2014  •  Tese  •  1.748 Palavras (7 Páginas)  •  351 Visualizações

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1. A metodologia adotada para a análise é correlacional. Assenta no estudo da relação

existente entre duas variáveis, de forma a tentar perceber se surgem em conjunto. Existe

correlação se as variações de uma variável corresponderem às da outra. Contudo, correlação

não é sinónimo de causalidade, sendo que as variáveis podem estar correlacionadas e uma não

ser causa de outra (Hansenne, 2004). Assim, tenta-se analisar as dimensões latentes dos

indivíduos, de forma quantitativa e indireta, através dos comportamentos.

2. O Modelo dos Cinco Fatores da Personalidade propõe uma representação

compreensiva e parcimoniosa, em que as diferenças individuais podem ser determinadas por 5

dimensões (Neuroticismo, Extroversão, Amabilidade, Abertura à Experiência e

Conscienciosidade). Estes fatores ortogonais oferecem uma descrição global da personalidade

e representam disposições reais para os indivíduos se comportarem de certa forma. Procurase,

também, definir e diferenciar os muitos constructos de personalidade, já que estes incluem

numerosas redundâncias. Estes fatores encontram-se em diferentes culturas e têm uma base

biológica (Barros, 1997; Anderson, 1998). Comparando este modelo com a teoria de Fromm,

vemos que este autor considera a personalidade como “a soma das qualidades psiquícas

adquiridas e inatas que são características de uma pessoa e que a tornam única” (Hansenne,

2004). Fromm não divide a personalidade em fatores mas define seis caracteres que

representam a forma como as pessoas consideram as coisas e pessoas. Todavia, a sua

perspetiva é mais filosófica que científica. Enquanto o Modelo expõe uma abordagem

suportada por investigação, Fromm não conseguiu conjugar os conceitos de necessidade e

carácter num conjunto com significado. Existe dificuldade em transformá-los de forma a

serem abordados cientificamente. As noções variam e isso torna-as vagas. Pelo contrário, os

cinco fatores são dimensões comuns a diferentes culturas, que tentam resolver redundâncias

na investigação. Fromm também considera que a maioria dos indivíduos partilha o mesmo

carácter e não sustenta existirem diferentes gradientes (Hansenne, 2004). O Modelo sugere

uma abordagem quantitativa, em que o que difere nos indivíduos é a quantidade que possuem

de um determinado fator.

3. O Modelo dos Cinco Fatores oferece várias potencialidades para a caracterização da

personalidade de um indivíduo, por se basear em dimensões biológicas com responsabilidade

na causalidade dos comportamentos. É um modelo explicativo, mais até que descritivo

reconhecendo o potencial dos traços, como variáveis explicativas e descritivas da

personalidade. O seu número restrito de dimensões permite organizar a multiplicidade de

expressões comportamentais de um indivíduo (Barros & Marques,1999). Quanto às suas

limitações, prendem-se com a necessidade, nalguns casos, de uma avaliação mais precisa da

que este oferece - que poderia ser demasiado superficial. Torna-se difícil diferenciar de forma

específica o suficiente os sujeitos, o que advém da inexistência de acordo quanto à estrutura

fatorial encontrada, ao número ou significado dos diferentes fatores e facetas constituintes de

cada domínio (Barros, 1997). Apesar das suas potencialidades, não serve como substituto aos

instrumentos de avaliação clínica dos standards da personalidade como o MMPI, devendo ser

utilizado apenas como uma medida suplementar, que fornece informação sobre os traços

estáveis de personalidade de um paciente (Anderson, 1998).

4. As potencialidades que o modelo oferece no âmbito do diagnóstico é o facto de ser um

guia para uma avaliação compreensiva do indivíduo e de cada um dos distúrbios da

personalidade. Podem ser diferenciados através dele as medidas fundamentais das dimensões

personalidade que são importantes numa perturbação (Anderson, 1998) – as medidas que

fornece têm fortes propriedades psicométricas devido à extensiva fundamentação que

precedeu este modelo. Quanto às potencialidades que o modelo oferece ao planeamento de

intervenção em clínica estão relacionadas com o facto de avaliar as variáveis das atitudes que

são relevantes teoricamente e que podem responder de modo diferente a tratamentos

divergentes. O facto de fornecer traços de personalidade estáveis de um indivíduo e de avaliar

as suas características de forma global, permite que o tratamento vá de acordo às

características particulares de cada um e não em direção a uma psicopatologia.

5. A Perturbação de Personalidade Anti-Social é caracterizada pelo comportamento

impulsivo, pela violação dos direitos dos outros e por atos agressivos. Estes indivíduos não

agem em conformidade com as normas sociais, apresentam problemas com a autoridade e

desrespeito pela lei. A perturbação de personalidade Evitante é caracterizada

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