Neurotransmissores
Por: CA0809 • 15/9/2015 • Pesquisas Acadêmicas • 1.271 Palavras (6 Páginas) • 401 Visualizações
Dopamina
Os neurônios, células do sistema nervoso, têm a função de conduzir impulsos nervosos para o corpo. Para isso, tais células produzem os neurotransmissores, substâncias químicas responsáveis pelo envio de informações às demais células do organismo. Nesse conjunto de substâncias está a dopamina, que atua, especialmente, no controle do movimento, memória, e sensação do prazer.
Esse neurotransmissor desempenha importantes funções no organismo. A primeira delas é a sensação de prazer. No decorrer de circunstâncias agradáveis, a dopamina é liberada, desencadeando impulsos nervosos, que levam a uma sensação de prazer e bem estar. Alimentos saborosos, sexo, jogos e drogas são alguns exemplos de situações que estimulam a ação da dopamina.
- Dopamina e drogas
As drogas atuam sobre os receptores dos neurotransmissores, assim, quando o indivíduo faz uso dessas substâncias, o cérebro produz uma grande quantidade de dopamina, aumentando o estado de prazer. Daí a necessidade de consumir a droga constantemente para se ter sempre essa sensação de prazer.
Psicoestimulantes viciantes como cocaína, crack e anfetaminas comprometem o transportador de dopamina e alteram sua habilidade de reciclar dopamina, resultando em efeitos adversos de ordem psicológica e fisiológica. Além da sensação de prazer, essas drogas produzem também um estado de excitação, hiperatividade, insônia, falta de apetite e cansaço.
Aqueles que fazem uso frequente da maconha, tornam-se cada vez mais vulneráveis às mudanças cognitivas e sensoriais trazidas pela dopamina - que podem evoluir, por sua vez, para sintomas psicóticos.
O álcool, em doses moderadas usualmente proporciona uma sensação de bem estar, relaxamento e desinibição. Mas conforme a dose aumenta, o usuário vai apresentando problemas na coordenação motora, no raciocínio e, muito frequentemente, tendo reações agressivas ou de desinibição socialmente inadequadas.
A nicotina é um estimulante leve, que estimula a produção de dopamina. Sem a nicotina, o cérebro do dependente recebe menos dopamina. Para compensar, o organismo produz mais noradrenalina. Por isso, quando alguém para de fumar, fica nervoso ou irritado.
- Dopamina e ansiedade
A ansiedade gera queixas de memória, insônia, irritabilidade, impulsividade. Tudo pelo aumento da adrenalina basal, deixando o paciente à flor da pele.
A ansiedade pode acabar como uma doença. Isso ocorre quando o limiar para seu desencadeamento é reduzido. A pessoa pode sentir que algo está prestes a ocorrer mesmo na ausência de qualquer motivo para tal. A ansiedade patológica faz com que a pessoa antecipe a preocupação com determinada ocorrência, sofrendo mais do que o necessário. Uma pessoa ansiosa está sempre tensa, preocupada, sofrendo por antecipação, perdendo o foco no presente e a oportunidade de viver o momento. Pela sobrecarga mental do ritmo de suas preocupações, ela acaba não focando e não memorizando eventos importantes do dia-a-dia, baixando seu rendimento nos estudos e no trabalho.
- Dopamina e depressão
É uma doença causada pelo desequilíbrio bioquímico dos neurotransmissores responsáveis pelo controle do estado de humor. Acontece a diminuição na quantidade de neurotransmissores liberados. Um neurônio receptor captura menos neurotransmissores e o sistema nervoso funciona com menos do que normalmente seria preciso.
A dopamina no lóbulo frontal regula grande número de informações no cérebro, portanto comprometer as quantidades do neurotransmissor pode resultar em pensamentos incoerentes ou desordenados, como na esquizofrenia.
Sintomas: Desânimo, cansaçofácil, necessidade de maior esforço para fazer as coisas, falta de motivação e apatia; Dificuldade de concentração, raciocínio mais lento e esquecimento; Diminuição do desempenho sexual e da libido; Insônia ou muito sono; A pessoa pode desejar morrer, planejar uma forma de morrer ou tentar suicídio.
Tratamento: São usados antidepressivos que tem por objetivo inibir a receptação dos neurotransmissores e manter um nível elevado dos mesmos na fenda sináptica. Alimentos, exercícios físicos e exposição ao sol ajudam no tratamento.
Serotonina
A serotonina é um neurotransmissor que atua no cérebro regulando o humor, sono, apetite, ritmo cardíaco, temperatura corporal, sensibilidade a dor, movimentos e as funções intelectuais. Ela é criada em um processo de conversão bioquímica do triptofano, nutriente encontrado em alimentos ricos em proteínas, resultando na 5-HT. Como um neurotransmissor, a serotonina transmite sinais entre as células nervosas (neurônios), regulando sua intensidade.
Alguns neurotransmissores, notadamente a serotonina, noradrenalina e dopamina, estão muito associados ao estado afetivo das pessoas.
Sono: qualquer coisa que perturbe o ritmo de produção de melatonina e serotonina perturbará, também, o ciclo natural do sono.
Atividade sexual: A serotonina apresenta um efeito inibidor sobre a liberação de hormônios sexuais, e consequente diminuição da resposta sexual normal.
Apetite: Com taxas normais de serotonina a pessoa sacia-se mais facilmente e inibe mais facilmente a ingestão de açúcares. Havendo diminuição da serotonina, como ocorre na depressão, a pessoa pode ter uma tendência ao ganho de peso.
Acetilcolina
Acetilcolina é o neurotransmissor responsável pela contração muscular e está envolvido, também, nos processos de memória, atenção e aprendizagem. Pessoas que sofrem de Alzheimer apresentam diminuição da produção de Ach ou excesso de destruição pela enzima acetilcolinesterase.
Atuação: Aprendizado, memória, sono R.E.M, sistema neuromuscular – controle dos movimentos, sistema nervoso autônomo.
No interior do cérebro o papel da Ach é menos claro, porém as drogas que bloqueiam a Ach podem produzir déficits de cognição, em doses tóxicas, produzem sintomas psicóticos. Os neurônios centrais da Ach deterioram-se na doença de Alzheimer.
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