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Por:   •  11/8/2023  •  Resenha  •  1.260 Palavras (6 Páginas)  •  63 Visualizações

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 Narcisismo e a geração Y

          O termo “narcisismo”, um dos muitos conceitos psicanalíticos utilizados por Freud, apresenta sua origem no mito grego de Narciso, o jovem que se apaixonou perdidamente pelo reflexo de sua imagem na superfície de um lago, passando dias inteiros a admirá-la sem se alimentar ou saciar sua sede, chegando a definhar por conta de tamanha apreciação. O narcisismo aumentou muito rápido nestes últimos 25 anos. O narcisismo aumentou muito rápido nestes últimos 25 anos. O narcisismo aumentou muito rápido nestes últimos 25 anos.

Na psicanálise, o narcisismo representa a característica de personalidade de amor por si mesmo e é dividido em duas fases não- excludentes: narcisismo primário e secundário. Todo indivíduo possui em si derivações narcisistas, algumas podendo ser mais facilmente observáveis que as demais, que por assim dizer são bastante discretas passando despercebidas.

O narcisismo é um conceito que foi tão divulgado e tornou-se ainda mais conhecido posteriormente à obra Sobre o Narcisismo: Uma Introdução, 1914, de Freud. A utilização do termo “narcisismo” se deu pela primeira vez no campo psiquiátrico por Paul Näcke, em 1899, carregando o significado de amor próprio. Já em Freud, ele é empregado em 1909 como um estágio necessário entre o autoerotismo e o amor objetal. Entretanto, somente em 1914 a noção de narcisismo adquire a devida importância que tem na teoria psicanalítica.

Segundo Freud (1899) o autoerotismo é designado como o estrato sexual mais primitivo, no qual a pulsão sexual é satisfeita sem necessitar de um objeto externo. Após o experimento de prazer no sugar do seio materno, a criança dá lugar à experiência primária de satisfação a um experimento independente de um objeto externo, passando este a ser uma parte do próprio corpo, uma pura satisfação local, como, por exemplo, o dedo polegar. A partir desse autoerotismo a libido vai constituindo o mundo dos seus objetos de interesse.

Durante essa fase não existe uma unidade que seja comparável ao eu; entretanto, com o seu surgimento e desenvolvimento, se constitui o narcisismo: o acréscimo do eu ao autoerotismo. Com esse surgimento do eu, o narcisismo chega em alguns momentos a se confundir com o próprio eu. O autoerotismo pode ser considerado uma forma de narcisismo primário, na qual as pulsões procuram sua satisfação no próprio corpo. No mesmo contexto de narcisismo também foram criados dois conceitos nomeados semelhantes, mas que possuem significados completamente assimétricos: eu ideal e ideal do eu. O eu ideal se refere. exatamente ao amor de si mesmo que é bastante desfrutado pela criança na sua infância, que se encontra em posse de perfeição e que goza de muitas satisfações. Esse eu fica marcado na pessoa como se ela sempre tivesse que atingir situações em que se aproxime ao máximo da perfeição narcísica da sua infância. Entretanto, ao crescer, o indivíduo não está disposto a abdicar dessa perfeição narcísica que o envolvia durante a sua infância. A partir daí, ele tenta projetar sobre si mesmo condições em que alcance situações semelhantes que possa aproximá-lo do seu eu ideal através do ideal do eu, que é justamente satisfazer as exigências desse ideal, experimentando-se através do outro, para poder satisfazer-se narcisicamente.

       Todos nos agora vivemos num mundo cada vez mais voltado para a aparência, individualismo e mídias sociais. Estamos vivendo numa sociedade narcisista onde os jovens cada vez mais dependem das redes sociais, smartphones, fotos e vídeos.

A geração narcisista começou mais ou menos a partir de 1980, foi uma geração que vivenciou muitos avanços tecnológicos,e crescimento de diversos países, que acabaram tornando-se potências mundiais. Cresceram tendo o que muitos dos seus pais não tiveram, como TV a cabo, computadores, vários tipos de jogos, e muito mais. Por terem esse contato com a tecnologia, acabaram por ficar conhecidos por serem pessoas distraídas, insubordinadas e superficiais. É um público ávido por inovações, querem ter sempre a televisão mais moderna, o smartphone do momento. Esta geração também ficou conhecida por ser a geração mais preocupada com o meio ambiente. O narcisismo aumentou muito rápido nestes últimos 25 anos.

A geração em que vivemos é composta por jovens narcisistas que são criados sem limites e crescem acreditando que podem ter e fazer tudo sem grande esforço. Nós estamos vivendo numa era em que tudo é registado em foto ou vídeo nas redes sociais, o que cada vez mais leva as pessoas a questionar a positividade de toda esta superexposição. O que leva a uma grande competição por obter cada vez mais seguidores, fotografias com mais qualidade e com diferentes filtros. Os jovens agora necessitam de algo que lhes aumente o ego e muita atenção, são extremamente independentes e muitas vezes não respeitam os superiores porque não estão habituados a serem repreendidos.

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