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Novos Arranjos Familiares

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Por:   •  9/5/2013  •  5.250 Palavras (21 Páginas)  •  999 Visualizações

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A sociedade contemporânea tem proporcionado mudanças no sistema familiar. Se voltarmos ao tempo de nossos avós podemos perceber que o modelo de família predominante era o de um casal, formado por um homem, provedor financeiro, e uma mulher, administradora do lar e responsável pelo cuidado e educação dos filhos. A família de hoje aparece em meio a uma nova realidade, cada vez mais os parceiros têm alternado os papéis conjugais e dividido suas responsabilidades, de tal modo que a família hierárquica foi perdendo espaço para uma família cada vez mais igualitária, não havendo distinções tão discrepantes entre os gêneros.

Além disso, a insistência em uma relação que não satisfaça os cônjuges parece fazer cada vez menos sentido. Neste contexto, os casamentos realizados com o ideal de que "até que a morte os separe" também foram perdendo gradativamente sua estima. Assim, a família que, do ponto de vista social, era tida como um sistema indissolúvel tem agora que aprender a lidar com a fragilidade de seus laços, pois estes podem acontecer ou se desfazer de acordo com a satisfação ou insatisfação entre os cônjuges.

O que se pode observar é que diferentes arranjos familiares vêm sendo formados, se, há alguns anos era difícil encontrar crianças com pais divorciados, atualmente, esta é uma constante, casais divorciados, mulheres chefiando a família e famílias monoparentais não causam estranheza em ninguém. Além disso, expressões como: enteado, meio irmão, padrasto e madrasta já fazem parte do repertório de membros da família contemporânea.

Neste sentido, o que se pode dizer é que a instituição familiar vem a cada dia se readaptando às novas demandas socioculturais, que parecem não se prender aos valores e normas de antigamente.

Apesar disso, nem sempre as famílias estão preparadas para viver essas mudanças, pois os novos arranjos implicam na falência do sistema vigente. Entender que a relação conjugal acabou, bem como a saída ou a entrada de outros membros na família nem sempre é um processo simples. Além disso, há sistemas familiares que mesmo nos dias de hoje parecem não ser aceitos por uma parcela da sociedade, como os casais homossexuais e, em alguns casos até as famílias chefiadas por mulheres ainda podem ser alvo de "pré conceitos". Tudo isso, acaba por dificultar a adaptação da família ao seu novo sistema familiar, bem como a sua acomodação à sociedade, que ao mesmo em que proporciona e estimula os membros familiares a realizar as mudanças necessárias à sua satisfação, mesmo que implique em mudanças no sistema familiar, nem sempre se mostra aberta a essas mudanças.

Ψ Novos arranjos familiares em psicoterapia: A família tem se mostrado como sendo um sistema dinâmico e flexível que deve ser capaz de se adequar a cada nova mudança, no entanto, nem sempre estão preparadas para isso. Nos novos arranjos familiares o terapeuta deve auxiliar a família a reconhecer seu repertório de mecanismos adaptativos, para que assim possam ir se acomodando à sua nova realidade e ao novo sistema que se forma. Tem por objetivo o reconhecimento não só das dificuldades de adaptação da família, como também suas possibilidades de superação, para que possam realizar os ajustamentos necessários. Para tanto, é preciso que a família possa reconhecer as perdas e ganhos decorrentes desse processo de mudança. Nos tempos de hoje podemos perceber as diversas formações familiares; a família nuclear deixou de existir e passou a ser a monoparentais e outras diversas moneclaturas, aquela composta por vários membros de uma mesma família ou apenas parentes mais íntimos O presente artigo tem por objetivo destacar a relevância da categoria família no contexto das mudanças ocorridas no ao decorrer dos tempos no plano socioeconômico e cultural da sociedade capitalista. Entender a família como um processo social em construção e mudança, destacando os novos "arranjos" e "composições" familiares desmistificando os conceitos e pré-conceitos estabelecidos ao longo da história. A pesquisa foi realiza através de dados documentais analisados que relatam os novos arranjos familiares e suas perspectivas diante de direitos e mudanças sociais. Os diversos tipos de família encontrada na sociedade sem laços de consanguinidade, unidas por laços afetivos independentemente de sua organização, é um espaço inicial que se tem para exercer a cidadania.

Introdução

O presente trabalho tem como propósito repensar as transformações e o processo de construção da família. Desde as últimas décadas se vive mudanças sociais importantes nos diversos contextos sociais: vive-se o regime de acumulação de capital flexível; vive-se a globalização em suas dimensões sócio-econômicos, culturais e tecnológicos.

Tendo como base o mundo de hoje é possível dizer que mudanças avassaladoras e profundas de valores, de comportamentos e de identidades vêm acontecendo.Nessa perspectiva a complexidade da dinâmica familiar traduz-se de forma inquestionável na maneira com que seus membros interagem. Com todo esse aparato de diversidade, o amor, o afeto, enfim, os sentimentos passam a ser também um desafio tendo em vista que aprender a respeitar e a entender as diferenças, aprender a educar os filhos, dentro de suas limitações e dificuldades é algo que exige um esforço cada vez maior por parte de todos os membros da família contemporânea. Por tudo isso os novos arranjos familiares trazem consigo novos processos de adaptação.

Esta nova noção de família visa torná-la responsável pela socialização e pela transmissão de valores, de crenças e de costumes aos seus integrantes.Assim, a família é não somente uma instituição de origem biológica encarregada de transformar um organismo biológico em ser humano , mas também uma construção social, um espaço indispensável para a garantia da sobrevivência, de desenvolvimento e de proteção integral dos filhos e de seus demais membros independente do arranjo familiar ou da forma como se estruturam.

Partindo desse conteúdo analítico, o presente estudo almeja propor uma breve reflexão, acerca das transformações socioeconômicas e culturais, sobre a família, tendo como base as mudanças proporcionadas principalmente pós-advento do capitalismo.

As diversidades familiares na atualidade

Entendemos por família, os membros com relação consangüínea ou afim que residem em uma mesma residência. A família é considerada um dos principais agentes da socialização e da reprodução de valores e padrões culturais dos indivíduos, já que neste espaço se

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