O Alcoolismo e o Desenvolvimento Psicossexual de Freud
Por: theleler • 14/11/2018 • Relatório de pesquisa • 387 Palavras (2 Páginas) • 793 Visualizações
Alcoolismo e o desenvolvimento psicossexual de Freud
A fase oral é a primeira fase do desenvolvimento psicossexual de acordo com Freud e ela resumidamente se caracteriza pela criança conhecendo o mundo através da oralidade, todo sua libido e energia sexual se encontra na boca, pois ali ela descobre o que é agradável ou desagradável, e assim Freud(1905) postulou que a origem das drogadições está relacionada a esta fase assim toxicomanias podem ser interpretadas como fixações orais, a maior contribuição foi relatar que a dinâmica da oralidade inclui características como tolerância ou intolerância na espera da satisfação dos desejos (Exemplo: Um bebe chorando por sentir fome).
Logo o alcoolismo e todas as dependências podem ser interpretados como uma regressão para a fase oral onde na criação das matrizes houve em excesso ou falta, como a criança assimilar a amamentação como algo prazeroso e cheio de amor, ou a falta do mesmo. Porém ela não se baseia exclusivamente nisso, ela é influenciada e sua característica remete a essa fase, todavia as outras fases e o desenvolvimento do individuo e de seu ego determinam o inicio ou não de uma fixação oral.
A dependência química, de uma vista geral, tem a possibilidade causar dificuldades e sofrimento em todos os aspectos da existência do sujeito, mas paradoxalmente, também pode ser interpretado como uma busca de solução do sujeito, um arranjo para a contenção do mal-estar relativo e estado de abandono, perante as dificuldades e exigências sociais do mundo moderno e suas necessidades dentro dele (Freud, 1930). Em tempos onde o imperativo capitalista está o tempo todo no consumir, a exigência do prazer também chamado de ‘gozo’ por Freud é imediato, aproveitar/gozar de tudo e sempre e mais. O desejo do prazer imediato encontra assim, uma disfunção entre necessidade e demanda, e passa a ser traumático, invasivo e sem limitações.
(Freud, segundo La Planche 1999). Em analogia à teoria dos objetos pulsicionais, o álcool exerceria a função de objeto pulsonal que é um meio contingente de alcançar a satisfação de alguma zona erógena, logo então a concretude desse objeto. Inteiramente focado para a satisfação imediata e dissolução da tensão psíquica, seria uma forma de obter prazer imediato e sem empecilhos, por ser um caminho mais curto ser a satisfação substituta a algo que falta no campo do outro.
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