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O BRINCAR COMO FERRAMENTA DE AVALIAÇÃO E INTERVENÇÃO NA CLÍNICA ANALÍTICO-COMPORTAMENTAL INFANTIL

Por:   •  4/11/2017  •  Resenha  •  1.041 Palavras (5 Páginas)  •  1.419 Visualizações

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INSTITUIÇÃO DE ENSINO SUPERIOR SANT’ANA
BACHARELADO EM PSICOLOGIA

JÉSSICA STEM BLAKLEITZ

TAIS HOINASKI PARIS

O BRINCAR COMO FERRAMENTA DE AVALIAÇÃO E INTERVENÇÃO NA CLÍNICA ANALÍTICO-COMPORTAMENTAL INFANTIL


PONTA GROSSA

2017

INSTITUIÇÃO DE ENSINO SUPERIOR SANT’ANA
BACHARELADO EM PSICOLOGIA

JÉSSICA STEM BLAKLEITZ

TAIS HOINASKI PARIS

O BRINCAR COMO FERRAMENTA DE AVALIAÇÃO E INTERVENÇÃO NA CLÍNICA ANALÍTICO-COMPORTAMENTAL INFANTIL

Trabalho apresentado à disciplina de Ludoterapia com finalidade de reposição para o 2º bimestre. Prof.ª: Valéria Sagaz

PONTA GROSSA

2017

RESUMO DO TEXTO

O BRINCAR COMO FERRAMENTA DE AVALIAÇÃO E INTERVENÇÃO NA CLÍNICA ANALÍTICO-COMPORTAMENTAL INFANTIL

        O texto em referência traz uma visão da ludoterapia frente à abordagem analítica comportamental. As autoras pontuam que o comportamento de brincar é alvo de muita discordância dentro da psicologia. Isto se deve ao fato de que a maioria das definições enfatizam a espontaneidade e o prazer existente neste ato. Porém, o brincar é a atividade mais comum da criança e é de extrema importância para seu desenvolvimento, além de ser uma forma de comunicação.

        Neste aspecto a importância dos jogos vem sendo enfatizada por pesquisadores como uma maneira pela qual a criança aprende a controlar o ambiente que lhe rodeia e intensifica suas habilidades sociais e de raciocínio. Sendo assim, o jogo fortalece o contato da criança com o mundo, fornecendo oportunidades para criar e manter novas amizades, além de desenvolver uma autoimagem adequada. Para Del Prette & Meyer (2012) o faz-de-conta ajuda a desenvolver os fundamentos necessários para a socialização da criança, pois durante o contexto de brincadeira ela consegue expressar sentimentos, desejos e valores – elementos estes que muitas vezes não consegue expressar verbalmente devido as limitações de desenvolvimento em linguagem.

        Não recentemente o brincar começou a fazer parte da clínica analítico-comportamental. A atenção dada aos recursos lúdicos iniciou nesta abordagem já na década de 60, quando o psicólogo Charles Ferster descreveu e analisou funcionalmente o atendimento de uma criança autista de quatro anos de idade e ressaltou a importância do uso do brinquedo como um facilitador da interação criança-analista.

        Segundo as autoras, o brincar é um comportamento que utiliza estímulos discriminativos, modelos, instruções e consequências, que propicia que a criança, a partir de seu repertório comportamental inicial, refine seus comportamentos e aprenda novos. Del Prette & Meyer (2012) listam algumas possibilidades de uso clínico do brincar em terapia analítico-comportamental:

Brincar

Fantasiar

Fazer exercícios

Conversar decorrente

Conversar paralelo

Conversar sobre o brincar

Conversar outros

Episódios verbais de interação lúdica. A ação ou verbalização não apresenta conteúdo de fantasia ou se refere ao cotidiano da criança.

Episódios verbais de interação lúdica com conteúdo de fantasia, ou seja, representação de papéis, imaginação, faz-de-conta, etc.

Episódios verbais de interação em que a criança realiza exercícios em sessão junto com o terapeuta.

Episódios verbais com tema associado ao brinquedo, jogo, brincadeira ou atividade em curso.

Episódios verbais de que o brincar está apenas temporariamente relacionado ao conversar.

Episódios verbais de interação não lúdica com conteúdo referente ao brinquedo. Comentários sobre a brincadeira já encerrada e etc.

Episódios verbais de interação não lúdica com ações referentes a qualquer tema, exceto brincadeira ou jogo. É o fornecer informações sobre a terapia.

(Del Prette & Meyer 2012, p. 240-242

As autoras enfatizam, entretanto, que os tipos de interação descritos acima não se restringem ao jogo escolhido, mas possibilita oportunidades de transitar entre as diversas categorias sempre que necessário.

Sobre o brincar na construção de uma relação terapêutica favorável as analistas do comportamento pontuam que a própria situação lúdica também pode ser compreendida como promotora de uma aliança terapêutica, visto que é uma atividade altamente reforçadora para a criança; o que pode contribuir para um maior engajamento na terapia.

        As autoras propõem a avaliação como um procedimento que pode ser realizado com a criança, pais, membros da família ou indivíduos significantes. Apontam que já nas primeiras sessões manipulam-se e testam variáveis para; verificar o repertorio comportamental, o desenvolvimento conforme a expectativa para faixa etária e, ao curso da segurança das hipóteses se façam intervenções focando a modificação comportamental sem negligenciar a avaliação. A partir disso, pode-se planejar materiais e brinquedos para testar variáveis e respostas.

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