O Complexo de Édipo
Por: RosangelaAbdo10 • 2/4/2021 • Trabalho acadêmico • 811 Palavras (4 Páginas) • 178 Visualizações
[pic 1] 16 de Setembro de 2020
Psicologia / 2º Período Introdução à Psicanálise: Fundamentos e Aplicações
Professora: Dulce Mara Gaio
Aluna: Rosangela Abdo Cazangi Fogaça
O COMPLEXO DE ÉDIPO: A CHAVE MESTRA DA PSICANÁLISE
Antes de pensar o complexo como um conceito, primeiramente analisemos de onde Freud tirou a ideia do Édipo. Foi durante a autoanálise de seus sonhos que ele elaborou a teoria logo após a morte de seu pai, Jacob Freud, em 1897. Assim surgiu a teoria de um Édipo dominado por um desejo parricida e pela culpa.
O Complexo de Édipo podemos assim por dizer é o mais crucial dos conceitos psicanalíticos. Considerado a chave mestra da psicanálise; o conceito soberano que gera e organiza todos os outros conceitos psicanalíticos e justifica a prática da psicanálise que é sustentada por uma teoria que concebe o homem de hoje a partir da experiência edipiana vivida por todas as crianças quando têm de aprender a refrear seu desejo e moderar seu prazer. Na Psicanálise o Complexo de Édipo é o modelo utilizado para pensar o adulto que somos.
O Édipo é uma crise sexual de crescimento, é também a fantasia que essa crise molda no inconsciente infantil, ou seja, é o conjunto dos sentimentos que a criança experimenta durante essa experiência sexual, e essa experiência vivida no choque edipiano fica registrada no inconsciente da criança e perdura até o fim da vida como uma fantasia que definirá a identidade sexual adulta do sujeito, determinará diversos traços de sua personalidade e fixará sua aptidão a gerir os conflitos afetivos que por sua vez podem gerar novas manifestações do antigo Édipo sob a forma de sofrimentos neuróticos.
A crise edipiana pode ser esquematizada em duas etapas: começa com a sexualização dos pais e termina com a dessexualização dos pais. O Complexo de Édipo é o principal fenômeno do período sexual da primeira infância e os principais elementos que dominam nessa crise são os desejos incestuosos considerado como o nascimento do complexo que é onde a criança toma ambos os genitores e particularmente um deles, como objeto de seus desejos eróticos. Em seguida vem as fantasias vista como o auge do complexo onde temos a fantasia da onipotência fálica: a criança julga-se onipotente; as fantasias de prazer que satisfazem imaginariamente o desejo incestuoso: a criança é alegre; as fantasias de angústia no caso do menino: ele é medroso, e no caso da menina a fantasia de sofrimento: ela fica magoada. E por fim temos a identificação como o declínio do complexo onde a criança se identifica com os pais.
A vivência da sexualidade na criança começa por volta dos 3, 4 anos de idade, que é onde ela vivencia essa experiência junto aqueles que estão nas funções de pai e mãe e a atividade sexual está voltada para a ternura. O simples fato da mãe beijar, ninar, acariciar são para a criança uma fonte contínua de excitação e satisfação sexual.
Existem alguns fatores que reforçam o Édipo. O hábito dos pais de manter o bebê ou crianças pequenas dormindo no mesmo quarto deles possibilita à criança presenciar o relacionamento sexual dos pais, por intermédio dos ruídos, gemidos ou mesmo observando diretamente o ato. Alguns pais divertem-se provocando o ciúme da criança ao se beijarem e abraçarem na frente dela. Em geral a instigação vem dos próprios pais, cuja ternura possui o mais nítido caráter de atividade sexual, embora inibido em suas finalidades. O pai em regra tem preferência pela filha, a mãe pelo filho: a criança reage desejando o lugar do pai se é menino, o da mãe se se trata da menina.
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