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O Desenvolvimento Social na Primeira Infância

Por:   •  19/11/2017  •  Abstract  •  1.358 Palavras (6 Páginas)  •  663 Visualizações

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UNIVERSIDADE XXXXXXXXXX

Curso de Psicologia – 4º período

A Criança e a Relação com o Meio – Docente: XXXXXXXXXXXX

Discente: XXXXXXXXXXXXXX

 Resumo – O desenvolvimento Social na Primeira Infância

    O desenvolvimento social descrito por Freud é caracterizado pela descoberta da criança, de si própria e do mundo. Através da socialização, elas tomam conhecimento dos padrões de valores de suas comunidades, e formam suas próprias personalidades através de suas experiências.

O desenvolvimento social se trata da interação do indivíduo com a comunidade e suas variações culturais.

    Os adultos desempenham uma função ativa no processo do desenvolvimento social, pois são eles que comunicam às crianças como elas devem se comportar, e o comportamento definido por eles refletem suas crenças sociais e expectativas colocadas nas crianças. O impacto de suas reações (positivas, negativas ou indiferentes), influenciam as crianças e seus comportamentos. Por terem objetivos próprios a partir de certa idade, as crianças começam a não suprir as expectativas dos pais.

   Os papéis sociais são expectativas colocadas nas crianças, pelos adultos, para corresponder ao seu senso de valores de comportamento; dessa maneira, há a necessidade dos adultos de socializar seus filhos. Isso passa a ser recebido pelas crianças de maneira natural e necessária.

   A personalidade é formada por emoções, temperamento, interesses e ponto de vista únicos e parte de experiências pessoais, que são moldadas pelas relações da criança com sua família e comunidade, e já é notada desde o neonato juntamente com as influências socializantes.

A constante de temperamento da criança só pode ser definida a partir dos 3 ou 4 anos de idade, pois antes não há concepção de característica da personalidade como honestidade ou compulsividade. Essas características são integradas aos poucos no desenvolvimento da interação da criança com o ambiente e seu desenvolvimento da inteligência cognitiva, reações emocionais e hábitos.

  O autoconceito é um aspecto da personalidade que define como a criança percebe a si mesma, que liga a personalidade ao desenvolvimento social, e é determinado pela influência direta das expectativas dos pais e da sociedade em que está inserida.

  Como a socialização, a formação da personalidade, o amadurecimento biológico e o desenvolvimento cognitivo são simultâneos, a criança, com o tempo, aprende a lidar com as expectativas sociais que lhes são impostas até o ponto de as manejar e manipular a seu favor.

    Identidade social e pessoal

  A identificação é essencial ao processo de socialização, pois é quando as crianças passam a representar e agir da mesma maneira da pessoa mais importante de sua comunidade.

      Identidade com o papel sexual – no começo, as crianças tendem a imaginar-se assumindo o lugar daquele com quem ela mais se identifica, o que tende a ser o adulto do mesmo sexo, para conseguir o que quer. A mãe, por ser o primeiro “objeto de amor” segundo Freud, possui na maioria das vezes o papel mais relevante nos dois primeiros anos de vida da criança. A meninas tendem a se identificar logo com as mães, mas não acontece o mesmo com os meninos.

No terceiro ano o sentimento de querer “estar perto” dos primeiros anos é substituído por querer “ser igual”.

   A identificação através da diferenciação é caracterizada por Freud como algo primitivo da identificação primária, onde há a tendência do bebê de imitar outras pessoas. Na identificação secundária há a modificação do ego de acordo com o modelo de pessoa que foi tomado. A criança se identifica “com” aquela pessoa.

Freud explica o conceito do Complexo de Édipo, e afirma que durante a primeira infância os meninos devem buscar se distanciarem das mães e se identificarem aos pais, para superá-lo. O desejo de substituir a mãe resulta em culpa.

   A identificação através da afiliação é, segundo Freud, o momento em que a menina culpa sua mãe pela falta do falo e transfere seu amor para o pai, passando a competir com sua mãe pelo amor do pai. A menina, com medo de ser descoberta, preocupa-se em perder o amor de sua mãe. Portanto, para Freud, a mulher nunca se torna tão independente do seu emocional quanto um homem, pois o objeto da sua identificação é a mesma pessoa (mãe) em todos os momentos de identificação; e também para perceber a necessidade dos outros.

   Alguns teóricos sustentam uma outra ideia, de que a maneira que a criança incorpora os papéis sexuais dos adultos não é incorporado por um conflito interno, mas sim pela observação e imitação de um modelo, classificando a identificação através da observação e da imitação. Eles acreditam que um comportamento pode ser adquirido através da observação direta e do reforço.

  Bandura (1969, 1986) acredita que aprender a partir de observações depende de vários fatores, como disponibilidade (o comportamento deve estar disponível no ambiente da criança), atenção (percebendo características importantes), memória, reprodução motora e motivação.

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