O Desenvolvimento em Psicologia da infância em sua perspectiva histórica
Por: Gilberto Luiz Boddenberg • 18/10/2017 • Resenha • 512 Palavras (3 Páginas) • 329 Visualizações
Desenvolvimento Humano - Desenvolvimento em Psicologia da infância em sua perspectiva histórica
Ao elaborar este texto para descrever o desenvolvimento de uma criança até onze anos, ocorre em meu pensamento as diversas situações a que estão inseridas essas crianças, que em certo momento de suas vidas poderão estarem juntas numa sala de aula ou em outro meio de convívio, com experiências totalmente diferentes ou nem tanto. Embora não haja um objeto de pesquisa elaborado que esteja sendo submetido a análise, tomarei o cuidado de não formar juízo de valores ou deixar aflorar opiniões pessoais relativas ao assunto abordado, pois a complexidade do tema não requer o acréscimo de variantes para serem interpretadas.
Na primeira fase do desenvolvimento de uma criança (ou primeira infância), é vital a constante estimulação à percepção de um adulto a sua volta, a segurança transmitida gera um vínculo emocional, ao qual está diretamente ligado o desenvolvimento físico e mental. É comum que a criança até os três anos de idade, entenda o mundo girando a sua volta, isto é, todas as suas vontades acabam sendo atendidas, criando assim a dificuldade de socialização com outras crianças da mesma ou de idade próxima, que também terão o senso de individualidade, consequentemente o princípio de compartilhar não faz sentido para elas.
Na segunda infância, a partir dos quatro anos, quando a fala torna-se seu principal meio de linguagem, a criança começa a ter uma percepção mais apurada, compreendendo os fatos e despertando a curiosidade, fazendo perguntas e interagindo com outras crianças, porém ainda permanece o egocentrismo, consegue elaborar histórias e fantasias que a ajudam no relacionamento com os novos amigos, no início da fase escolar, dos cinco aos seis anos, com tantos novos colegas, tem a dificuldade de acatar as ordens (sentar, ouvir em silêncio), começa a identificar as questões de gênero (meninos não brincam com meninas e vice-versa).
Dos sete aos onze anos a criança está na terceira infância, nesta fase o crescente convívio com outras crianças, começa a exigir o tipo de roupa, calçado, material escolar, etc., numa perspectiva de, muitas vezes, não ser diferente, mas passar despercebido, evitando a implicância ou crítica dos colegas. Ela aprende a controlar as emoções, deixando de lado o que considera infantil (medos, costumes, etc.), passando a assimilar as questões de valores (certo ou errado, justo ou injusto, etc.), observando atentamente o comportamento dos adultos a sua volta, que é de seu meio de convívio social que formarão as diretrizes de seu caráter e personalidade. Se observar e tiver os ensinamentos pautados no que o senso comum considera com moral e ético, ela ansiará para si por mundos puros, onde as pessoas se tratarão como iguais, sem guerras nem tiranos, desprezará aos que permitem a existência da fome, crimes, injustiças e qualquer outra forma de depreciação do ser humano.
O sábio rei Salomão escreveu a cerca de três mil anos: “Ensina a criança no caminho em que deve andar, e ainda assim quando crescer, jamais se desviará dele” (Provérbios 22:6), mas ao olharmos o mundo de hoje parece que este ensinamento está cada vez mais esquecido.
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