Resenha do Texto “A Psicologia em uma perspectiva fenomenológica existencial: uma breve contextualização”
Por: Andrea Nogueira • 3/12/2021 • Artigo • 567 Palavras (3 Páginas) • 422 Visualizações
UNIVERSIDADE ______________
CURSO DE PSICOLOGIA
Resenha do texto “A Psicologia em uma perspectiva fenomenológica existencial: uma breve contextualização”
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MORAIS, S.R.S., and BARRETO, C.L.T. A Psicologia em uma perspectiva fenomenológica existencial: uma breve contextualização. In: SANTIAGO, A.M.S., and FONSÊCA, A.L.B., comp. Psicologia e suas interfaces: estudos interdisciplinares [online]. Salvador: EDUFBA, 2016, pp. 61-89. ISBN 978-85-232- 2007-5. https://doi.org/10.7476/9788523220075.0003
O presente trabalho trata-se de uma resenha que apresenta o artigo “A Psicologia em uma perspectiva fenomenológica existencial: uma breve contextualização” de Sílvia Raquel Santos de Morais e Carmem Lucia Tavares Barreto. Segundo as autoras seu estudo foi embasado em uma tese de doutorado de que abordou a prática de psicólogos em oncologia pediátrica a partir de uma compreensão fenomenológica existencial. Tem como objetivo contextualizar o percurso de consolidação da Psicologia em uma perspectiva fenomenológica existencial, tendo, como solo epistemológico, a ontologia hermenêutica de Martin Heidegger (1889- 1976). Apresentando a Psicologia a partir de uma compreensão que vai além das teorias e sistemas psicológicos.
Com estudos em torno de mais de 100 anos da Psicologia como ciência independente, o pensamento psicológico foi organizado a partir de três grandes matrizes: cientificistas, românticas e pós-românticas. As matrizes cientificistas advêm das ciências naturais, que considera os estudos psicológicos apenas uma “imitação” dos modelos dessa área. Nessa linha de pensamento a Psicologia tornar-se apenas uma disciplina biológica. As matrizes românticas e pós-românticas consideram a psicologia como ciência independente ao legitimar que seu objeto de estudo envolve atos e vivências humanas acompanhadas por seus significados.
O referido trabalho tenta reafirmar, através das teorias de estudiosos da área, que a fenomenologia não pode ser compreendida apenas como uma escola filosófica entre outras, mas também como uma metodologia de conhecimento. Segundo esse pensamento “filosófico-psicológico”, o ser que se busca é manifesto nos modos-de-ser-no-mundo e não como uma mera coisa em si separada do mundo.
Uma citação bastante interessante presente no artigo analisado é a de Goto (2008), para ele a fenomenologia é, antes de tudo, uma possibilidade de interpretação do real, que trilhou um caminho particular em direção a uma metodologia que a diferenciasse da Psicologia, e, ao mesmo tempo, estabeleceu conexões com a mesma. De certo modo podemos dizer que existe uma rica relação entre Psicologia e Fenomenologia. Para Husserl a distinção entre a fenomenologia e a psicologia pode ser de difícil delimitação, e foi a partir dele que a Psicologia Fenomenológica inicia seu legado. O mesmo buscou cada vez mais através de suas críticas, diferenciar a Psicologia da Filosofia.
Todo esse estudo apresentado, que buscou uma melhor compreensão dos seres humanos foram fontes de inspirações para a psiquiatria de inspiração fenomenológica e para o surgimento de eminentes psicoterapeutas. E não para por aí, continua contribuído para alguns campos de conhecimento, tais como a psiquiatria e a psicanálise.
Na área da Psicologia, os pensamentos abordados no artigo estudado, continuam sendo bastantes difundidos, pois orienta o saber-fazer do psicólogo que, por intermédio do encontro com a alteridade, busca explicitar a experiência de sofrimento apresentada pelos demandantes.
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