O Estruturalismo - História da Psicologia Moderna
Por: Karen Amorim • 16/5/2019 • Seminário • 3.822 Palavras (16 Páginas) • 208 Visualizações
Entrevista com a primeira psicóloga
- Data: 21/03/2019
- Local: Brasília – Asa Norte.
314 Norte
Bloco D
SALA 207 (SOBRELOJA)
- Entrevistadores: Amanda, Tamires e Júlio.
- Entrevistada: Maíra.
- Formou-se há dez anos.
- Não atual na área da pesquisa, fez um mestrado no ano de 2010.
- Fiz especialização e o mestrado.
- Quando estava fazendo minha especialização minha monografia da faculdade.
- Quando estava fazendo a monografia da especialização fiz junto com a dissertação de mestrado.
- Se tem uma coisa que já fiz foi pesquisa, quase fui para doutorado, não fui porque meu orientador foi para São Paulo, mas se tem um negócio que gosto de fazer na vida é monografia, adoro!
Formação: 2008 no UNICEUB,
Atividades como psicóloga:
Começou em 2007, antes de se formar, no estágio atendia como clinica, e depois que recebeu o CRP, já começou a atender, já tinha vários clientes por conta da especialização, que começou no meio do curso. (2008)
- Caracterização do campo (contexto, área) de atuação
- Descreva suas atividades quando está fazendo pesquisa. E quando não há uma pesquisa em andamento?
Pesquisa mais acadêmica né? Pois na especialização eu fiz uma pesquisa clinica.
Sim, mais acadêmica.
- Quando vamos para pós-graduações stricto sensu que compreendem programas de mestrado e doutorado.
Sou formada em análise do comportamento, que tem a base no behaviorismo. (birredeurismo)
Temos que entender os fundamentos daquela Ciência que estamos fazendo, aquilo é uma ciência, toda ciência tem como intenção básica a previsão e o controle. Eu preciso entender porque este comportamento está acontecendo, consigo prever o que vai acontecer.
Ratinhos que colocam na caixa de esquineros.
Se eu colocar essa bolinha em ‘tal’ lugar, ele vai apertar a barrinha ‘tantas’ vezes,
Se eu deixar ele sem comida, e colocar ele na caixinha e colocar essa bolinha, ele com certeza vai apertar. (Logo estou prevendo o que irá acontecer). E posso controlar isso, posso tirar ou não a bolinha, colocar ou não a barrinha, posso controlar isso para eu conseguir saber o que ele vai fazer, e é assim que a gente consegue trabalhar em consultório e todas as áreas da Psicologia, conseguimos entender como o comportamento acontece, e a gente vai intervir.
Quando vamos para a pesquisa, a primeira que fazemos é um questionamento.
Por exemplo:
Por que crianças altistas tem estereotipia?
Lá vamos pesquisar,
Pela etiologia do autismo
Vamos aos pesquisadores que pesquisaram sobre o autismo
Como e em que contexto essas estereotipias acontecem
De que forma eu consigo controlar isso, de que forma eu consigo melhorar a vida dessa criança.
É uma pergunta. (primeira coisa que fazemos na pesquisa)
Depois vamos para metodologia (elaborar/pegar 30 crianças – 15 autistas, 15 não autistas – dois grupos e comparar esses grupos)
No caso da análise do comportamento geralmente não usamos pesquisas de grupo, temos um método que se chama sujeito único que você compara você com você mesmo (Eu em um contexto A, e eu em um contexto B).
Depois temos a aplicação e os resultados, faz os testes (joguinho para apertar um botão, e consigo ver os resultados para chegar a uma conclusão - essa estereotipia acontece em uns contextos onde ele tem muito barulho).
No meu caso estudei o comportamento supersticioso, ele é a base para entendermos o toque obsessivo/compulsivo, e conseguimos identificar que existe uma contingência, na verdade não é uma contingência, é difícil porque só uso termos técnicos.
Mas irei tentar explicar aqui mais ou menos, quando falamos de comportamento humano, sempre vamos falar de relação organismo e ambiente (um influencia o outro, o outro influencia um, por exemplo, se tem um barulho muito alto na minha cabeça eu vou e aperto. Chamamos isso de reforço negativo, eu aperto para silenciar, eu obsessei algo que me incomoda, o ambiente influenciando o meu organismo e meu comportamento influenciando o ambiente.
No caso do comportamento supersticioso, que foi o meu tema de pesquisa, existe uma relação de coincidência. Vamos supor, vou dar um exemplo, que está chovendo, e de repente faço a dança da chuva e para de chover, não existe uma relação de contingência, existe uma relação de coincidência, uma relação de contiguidade, e assim que se devolve o comportamento supersticioso, com relações de contiguidade, algumas coisas do ambiente coincidentemente selecionam alguns comportamentos, como a dança da chuva, por exemplo. (O que ela pesquisou)
No meu caso é uma superstição um pouco ainda mais difícil de entender, Superstição sensorial, que é baseada na percepção da pessoa, como ela percebe e aquilo pode ser por coiscidencias, é mais difícil de explicar.
Tem a superstição e o comportamento supersticioso. A superticao quando alguém fala que você vestir branco no ano novo vai ter sorte, é uma frase, uma descrição de algo que alguém já fez. E o comportamento supersticioso, por exemplo, você desenvolve uma mania de lavar a mao, algo que você desenvolveu com você mesmo, dentro da sua cabeça (Idiossincrático)
Alguem já tenha passado pela experiência, e meio que influencia outras pessoas a fazer?
Isso é superticao, o comportamento supersticioso é a sua logica, da sua cabeça, da sua historia que se desenvolveu, alguns tiquis, e alguns toques.
Temos o toque do verificador:
“Será que eu fechei mesmo?”. Aí volta para verificar.
Será que eu fechei o gás, ai volta pra fechar de novo (verificadores)
Ai tem os que lavao a mão (lavadores)
E tem um bucado, por aí.
Atendo no meu consultório, tenho formação em clinica comportamental.
Atendo no meu consultório, tenho formação em clinica comportamental.
- Como você chegou a forma de atuação profissional que exerce atualmente?
Vou contar um pouco da minha historia de como foi que eu cheguei até aqui.
Quando cheguei ao UNICEUB, tem uma fase do curso, que as abordagens elas começam a brigar entre si, e a gente fica muito perdida, é muito difícil você decidir, se eu gosto da psicanalise, se eu gosto da Gestalt, do humanismo, do birredeurismo.
E algum momento ali, acho que foi no sexto semestre, eu tive um professor, eu odiava analise do comportamento, eu queria a morte dessa abordagem horrorosa, odeio você.
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