O FILME MEU NOME É RADIO
Por: Jéssica Freitas • 2/11/2017 • Trabalho acadêmico • 1.188 Palavras (5 Páginas) • 4.315 Visualizações
Trabalho Educação Inclusiva
Introdução
Filme Meu Nome é Rádio
- Breve sinopse
- Buscar dados da história real
Meu nome é Radio é um Filme de Drama norte-americano lançado em 2003, dirigido por Michael Tollin, baseado em uma história verídica. Ocorrido em 1976 na cidade de Anderson, Carolina do Sul, sobre o treinador de futebol americano do Instituto T.L. Hanna, Harold Jones (Ed Harris), e um jovem com deficiência mental, James Robert Kennedy, conhecido pelo nome Radio, interpretado por Cuba Gooding Jr.
O drama conta a história de James Robert, um menino com problemas mentais que gosta de Futebol Americano e através do trinador Harold Jones é inserido na escolar como ajudante da equipe e posteriormente se torna aluno. A partir de um fato ocorrido na vida de Harold Jones no passado o treinador enxergou em James a oportunidade de fazer diferente desta vez, ajudar Rádio, mas acima de tudo mostrar para todos que conviver com as diferenças fez todos no conviveu de rádio crescessem como seres humanos.
Relatos de 2002 de James Robert Kennedy na época com cinquenta anos diz que ele se tornou técnico do time de futebol da T.L.Hanna muito respeitado e amado por todos. Harold Jones, foi homenageado pela Associação Esportiva da Carolina do Norte, atualmente estaria aposentando. James e Harold se tornaram amigos.
Ser Diferente
- Texto a produção social da identidade e da diferença
Nos dias atuais se prega muito a igualdade, igualdade de gêneros, classes, etnias, orientações sexuais, etc. Durante a Revolução Francesa, o termo igualdade compunha a palavra de ordem dos revolucionários, Liberdade, Igualdade, Fraternidade. Mas o que entendemos de igualdade. Será que ela realmente se faz valer na sua significância.
O conceito de igualdade é a inexistência entre dois ou mais elementos comparados, seria é a ausência de diferença. De fato este conceito vem através do tempo trazendo vários questionamentos tanto sob aspectos sociais, politico, jurídico. É uma questão que provoca no ser o humano uma profunda reflexão. Em um aspecto todos devem concorda a igualdade se faz necessária para que ocorra uma redução da desigualdade. Mas será que ela de fato acontece ou esta maquiada no véu do politicamente correto, será que igualdade seria o termo correto para que ocorra a redução da desigualdade. Roudinesco já falava quanto mais à sociedade apregoa a emancipação, sublinhando a igualdade de todos perante a lei, mais ela acentua as diferenças.
Voltemos um pouco no conceito de igualdade, que nos remete a ausência de diferença. A partir do pensamento do autor Tomaz Tadeu da Silva, permite fazermos uma reflexão de como se constrói a identidade do individuo e este processo ocorre através da interação com a cultura herdada e acima de tudo a identidade se evidencia a partir da consciência da diferença, diferenciando o que sou do que o outro é definirei minha identidade.
Nesta perspectiva, identidade e diferença são mutuamente determinadas: a diferença que vem em primeiro lugar. Resultado de um mesmo processo no qual identidade e diferença é produzido compartilhando uma característica importante, ambas é o resultado da linguística, o processo de negação do que não sou e na utilização da linguística é fimdamentemente, um sistema de diferenças. Logo “ser isto” significa “não ser aquilo”, logo “ser brasileiro” carrega a negação “não sou japonês”. O signo também depende de um processo de diferenciação, o signo carrega sempre não apenas o traço daquilo que ele substitui, mas também o traço daquilo que ele não é, ou seja, precisamente da diferença. Assim a afirmação da identidade e a marcação da diferença implicam sempre as operações de incluir e excluir.
Radio trás a fonte de reflexão para abordamos a inclusão de pessoas com necessidades especiais, sendo um jovem afrodescendente e com deficiência mental teremos a oportunidade de problematizar o conceito de diferença e contribuir para discussão sobre a diversidade. Um rapaz excluído a vida toda trás sua vida resumida em montar e desmontar um rádio ou empurrar um carrinho pelo bairro e a partir destes passeios encontrou nos rapazes do time de futebol da escola de Hanna a fronteira entre “nos” e “eles”. Diante da diferença Radio construiu assim uma identidade marcada pela exclusão.
Nota-se que a questão da diferença e da identidade não pode ser restringida ao ponto de respeito e tolerância para com a diversidade sendo que a identidade sempre é determinada pela diferença carregadas de declarações sobre quem pertence e sobre quem não pertence, sobre quem está incluído e quem está excluído, reafirmando a separação entre “nos” e “eles”.
Os pronomes "nós" e "eles" não são, aqui, simples categorias gramaticais, mas evidentes indicadores de posições-de-sujeito fortemente marca das por relações de poder (Silva, T.T. 2000).
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