Filme escolhido (Meu nome é Rádio- 2003) Direção Michael Tollin

Filme escolhido (Meu nome é Rádio- 2003) Direção Michael Tollin

SINOPSE

Anderson, Carolina do Sul, 1976, na escola secundária T. L. Hanna. Harold é o treinador local de futebol americano, que fica tão envolvido em preparar o time que raramente passa algum tempo com sua filha, Mary Helen, ou sua esposa, Linda. Jones conhece um jovem "lento", James Robert Kennedy, mas Jones nem ninguém sabiam o nome dele, pois ele não falava e só perambulava em volta do campo de treinamento. Jones se preocupa com o jovem quando alguns dos jogadores da equipe fazem uma "brincadeira" de péssimo gosto, que deixou James apavorado. Tentando compensar o que tinham feito com o jovem, Jones o coloca sob sua proteção, além de lhe dar uma ocupação. Como ainda não sabia o nome dele e pelo fato dele gostar de rádios, passou a se chamá-lo de Radio. Mas ninguém sabia que, pelo menos em parte, a razão da preocupação de Jones é que tentava não repetir uma omissão que cometera, quando era um garoto.

http://tiffanynoelli.blogspot.com.br/2010/01/james-robert-radio-kennedy.html

O filme retrata as dificuldades que um portador de deficiência passa no seu dia a dia, no aspecto do estereótipo as pessoas o veem à margem da sociedade e como alguém portador de uma doença contagiosa, que cometeu um crime hediondo, ou ainda, que não tem a menor importância e capacidade, a trama expõe o lado discriminador de todos nós. A abordagem ocorre em torno da incapacidade humana de compreender o seu próximo, respeitá-lo e verdadeiramente apoiá-lo para que consiga ter uma convivência saudável com aqueles que o rodeiam. Na tentativa de integração ao meio social, o mesmo pela sua deficiência, não entende o que ocorre ao seu redor, mas encontra em um profissional de educação disposto a comprar o barulho dele, e provar que ele possui sim seus dotes. Ele se enquadra no que se refere, a uma idade mental abaixo de sua idade biológica, proposta por Alfred Binet. O enredo do filme escolhido, nos trás a reflexão de que todos são inclusos na sociedade, estando dentro de suas limitações, e inclusos nela, estamos sujeito a nos ocorrer à discriminação, a estigmatização, o preconceito social, religioso e racial. Vimos que o treinador Harold Jones, aposta suas fichas em Robert "Rádio" Kennedy, ajudando o mesmo a ser incluso pelo que ele é, e não como um protótipo que a sociedade deseja, ou até mesmo determina, mostrando que mesmo sendo estigmatizado pela sua deficiência, não pode ser menosprezado, e julgado como uma pessoa sem futuro, e sim ser tratado como pessoa passível de mudanças, e inserção em um grupo, mesmo este sendo o da classe social dele. O treinador começa sua interação com Rádio, aprofundando e buscando informações com a mãe dele, por onde começa o processo de "andaime/apoio", conhecido como Metáfora da Andaimagem ou Andaimaria, introduzido por Jerome Bruner. Começa buscando informações através de sua mãe, para que ele pudesse atuar com o conhecido, e com isso atuar dentro dos limites do que antes lhe era desconhecido, afim de não mais traumatizar este jovem, ele passa a fazer correções aos que estão ao seu redor, e mostrando que ele é uma pessoa que tem desenvolvimento, mas tem que começar o processo sem correria, mas ao mesmo tempo o fazendo chegar mais rápido possível na tua idade biológica.

Pude ver que no final do filme o processo aluno/professor, também sofreu inversão, pois o treinador se preocupava muito mais com seus times do que com sua família, Rádio ao entrar em tua vida, o fez trazer seus momentos de reflexão e enxergar o que ele mantinha vendado. Vemos também que o aluno, foi inserido no contexto escolar, e dentro desse sofrendo todos os tipos de estereótipos dentro de uma instituição escola, e com a própria direção. A busca pela interação começou com

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