O Feminismo na Psicopedagogia
Por: Granzotto • 2/1/2020 • Trabalho acadêmico • 12.850 Palavras (52 Páginas) • 148 Visualizações
Breee re1ago das tdétas de 1acau sobre a htsgerta1[pic 1]
Warte⁄Chrtsctne Lazntk[pic 2]
“7oran as htsgértcas qne eustuaran a 7rend o cantuho do tucouscteuge proprtaneuge frendtauo, É
at qne faço eugrar o desejo da htsgértca2“,
Lacan, 1e Séntuatre, XI
Resumo
A aucora escabe1ece o percurso de Lacan em corno da Htscerta, ao 1ongo de mutcos anos de seu enstno. A parctr de casos c1tntcos de freud, especta1mence Dora, com referênctas a t1tsabech von
R. e ao sonho da Be1a Açouguetra, enfactza a concepção 1acantana do eu, em opostção àgue1a defendtda pe1a ego ps7cho1og7, e escabe1ece o desenho do jogo das tdenctftcações no caso Dora e da dua1tdade desejo/demanda no sonho da Be1a Açouguetra. A1ém dtsso, craca da guescão da mascarada como recurso de acesso à femtnt1tdade e escabe1ece especta1 acenção ao concetco de mats⁄de⁄gozar.
ta1avlasrChave
Htscerta em freud e Lacan – tu tdea1 – Idea1 do eu – Caso Dora – t1tsabech von R. – O sonho da Be1a Açouguetra – Idenctftcação – Desejo – Gozo – Wats⁄de⁄gozar – femtnt1tdade – Htscerta mascu1tna – Wascarada
E − ¢ono 1acau aboyda
a guestão da hísteyía ua SLL
O caso Doya aboydado poy 1acau en 1951 (pyíneíya aboydagen)
Os prtmetros avanços sobre a guescão, de gue cemos tndtctos, enconcram⁄se numa tncervenção no Congresso de Ltn⁄ guas Romântcas de 19I13. Lacan suscenca gue o pactence é um sujetco mats a ser ou⁄ vtdo do gue a serem observados os aspec⁄ cos mudos de seu comporcamenco. “freud
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1 tegtge htsgotre des tdées de 1acau snr 1’h7sgérte (†rad. Car1os Ancônto Andrade We11o, membro do Ctrcu1o Vstcana1tctco de Wtnas Gerats – CVWG).
2 LACAN, J. 1e Séntuatre, 1tere ¥E: 1es qnagre coucepgs foudaneuganx de 1a ps7chaua17se (196¢). Varts: Le Seu⁄ t1, 19N3, p. 1N.
3 Incervenção no re1aco de Lagache sobre a cransferêncta (19I1). Reene 7rauçatse de ts7chaua17se, c. XVI, n.1⁄ 2, jan/jun. 19I2, p. 1I¢⁄163, repub1tcada em J. Lacan, 1es Écrtgs, Varts: Le Seut1, 1966, p. 21I⁄22I.
tncumbe⁄se de nos moscrar gue há doen⁄ ças gue fa1am e de nos fazer ouvtr o gue e1as dtzem... Varece gue esca verdade tns⁄ ptra aos ana1tscas um receto crescence“. t1e propõe repensar a obra de freud para re⁄ enconcrar o aucênctco senctdo de sua tnt⁄ ctactva. Baseará sua demonscração no caso Dora.
Vara e1e, a pstcaná1tse é uma expert⁄ êncta dta1éctca e esse caso apresencado por freud opera⁄se por uma sérte de reversões dta1éctcas¢.
Vrtmetro desdobramenco: depots de assegurar⁄se de gue podta conftar ne1e, Dora re1aca a freud a 1tgação encre seu pat e a Sra. K, sendo e1a, Dora, oferectda como moeda de croca ao Sr. K. Vergunca e1a a
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¢ Isco não serta um arctftcto de freud, e stm uma escansão das escrucuras onde se cransmtce para o sujetco sua po⁄ stção como sujetco, do gua1 seus “objecos“ sertam fun⁄ ções.
Reverso • Be¦o Horízonte • ano 3◇ • n. 55 • p. 15 – 34 • Jun. Z◇◇8 1I[pic 5]
freud: E qnaugo a tsso, o qne o seuhor qner nndarŞ Como prtmetra reversão dta1éctca, freud 1he propõe gue vertftgue a parctct⁄ pação gue e1a coma nos cranscornos de gue se guetxa.
Segundo desdobramenco: Dora reco⁄ nhece gue sua cump1tctdade permtctu gue prossegutsse a re1ação encre os dots aman⁄ ces, e e1a descreve a croca dos presences. Quanco à re1ação edtptana, e1a se reve1a consctcutda em Dora por uma tdenctftca⁄ ção ao seu pat, da gua1 Lacan se guescto⁄ na, desde seu prtmetro cexco, se não serta favorectda pe1a sua tmpocêncta sexua1. Acrescenca acé gue essa tmpocêncta serta expertmencada por Dora como tdênctca à preva1êncta de sua postção de rtgueza (for⁄ cuna) e sub1tnha uma a1usão tnconsctence posstbt1tcada pe1a semânctca da pa1avra for⁄ gnua em a1emão: VernögeuI, tssa tdenctft⁄ cação ao pat se craduz pe1os stncomas de conversão e sua tncerprecação desperca o surgtmenco de um grande número de1es. Was, encão, o gue stgntftcarta o ctúme re⁄ penctno de Dora em re1ação a seu pat? Se⁄ gunda reversão dta1éctca: freud asstna1a gue esse ctúme mascara um oucro, pe1o sujetco rtva1.
†ercetro desdobramenco: o apego fas⁄ ctnado de Dora a Sra. K (de guem e1a exa1⁄ ca a brancura encancadora do corpo) e suas conftdênctas rectprocas. tncão, freud per⁄ ceberta um prob1ema: como é posstve1 gue Dora não pareça ressenctda com a Sra. K gue, no encanco, cratu⁄a, denunctando suas 1etcuras? †ercetra reversão dta1éctca: é nesse momenco gue serta reve1ado o va1or rea1 do “objeco“ Sra. K, gue, para Dora, encarnarta o mtscérto da femtnt1tdade cor⁄ pora1. Vara suscencar esca htpócese, Lacan faz uma breve a1usão ao sonho de Dora.
[pic 6]
I Vernögeu stgntftca, em prtnctpto, “capactdade, poder“ e pode ser empregado em uma forma negactva como “Es tsg utchg tu netue Vernögeu“, não escá em meu poder. A mesma pa1avra stgntftca cambém forcuna, bens, rtgue⁄ za. Was, guanco a tsso, a observação de Lacan não nos parece c1ara.
Ú a uma 1embrança da prtmetra tnfân⁄ cta gue e1e vat acrtbutr uma stgntftcactva tmporcâncta: Dora suga seu dedo, rectran⁄ do⁄o da ore1ha de seu trmão caçu1a de 18 meses. Isco stgntftcarta gue sua tmagem es⁄ pecu1ar – proventence do escágto do espe⁄ 1ho, tmagem a1tenance por exce1êncta, mas tndtspensáve1 como a1tcerce da tmagem do corpo – consctcut⁄se sobre esce pegueno oucro, gue é seu trmão. Desde encão, é esca tmagem mascu1tna gue 1he servtrá de eu tdea1 (not), ou seja, de en na acepção 1a⁄ cantana do eu como tmagem a1tenance6.
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