O Movimento Antimanicomial No Brasil
Pesquisas Acadêmicas: O Movimento Antimanicomial No Brasil. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: 858000 • 18/9/2014 • 515 Palavras (3 Páginas) • 435 Visualizações
O MOVIMENTO ANTIMANICOMIAL NO BRASIL. Universidade Federal de Santa Catarina. Artigo aprovado em 20/05/2006. Autores: Lígia Helena Hahn Luchmann; Jefferson Rodrigues.
RESUMO CRÍTICO
A leitura do artigo favorece uma excelente reflexão sobre a trajetória histórica do movimento nacional da luta antimanicomial no Brasil, bem como, análise de algumas dificuldades, realizações e desafios. Sendo assim, para compreender esta ação coletiva, destaca-se a teoria dos movimentos sociais, vista como importante chave analítica, uma vez que possibilita a avaliação deste tipo de ação social, a partir de suas múltiplas configurações, atestando o grau de complexidade do mundo contemporâneo, tendo como principais méritos e desafios desafiar os códigos dominantes, romper com as invisibilidades e os silêncios, trazer à luz do dia as realidades ancoradas em relações de poder e dominação envernizadas por discursos competentes. Melucci (1996), oferece pistas analíticas inovadoras para a compreensão das inter-relações do agir coletivo. Trata-se de um processo de construção de identidade que comporta os objetivos da ação, os meios, e o ambiente e conformam os três eixos básicos que operam na constituição das identidades, das escolhas e dos resultados da ação movimentalista. Dessa maneira o que está em jogo, é a reapropriação do sujeito; do sentido e da motivação humana; reapropriação de forjar sua própria identidade, que fora amputada pelos processos de manipulação e controle dos aparatos de gestão dos sistemas complexos. Neste campo ressalta-se o movimento antimanicomial constituído por um conjunto de atores, cujas lutas vêm sendo travadas a partir de diferentes dimensões sócio-político-institucionais. Trata-se de um movimento que articula, em diferentes momentos e graus, relações de solidariedade, conflitos e de denúncias sociais tendo em vista as transformações das relações e concepções pautadas na discriminação e no controle do “louco” e da “loucura” em nosso país. A ruptura com o modelo manicomial é conceituada como “a contraposição à negatividade patológica construída na observação favorecida pela segregação e articuladora de noções e conceitos como a incapacidade, a periculosidade, a invalidez e a inimputabilidade”. Dessa maneira, o movimento da luta antimanicomial (MLA), constitui-se como um importante movimento social na sociedade brasileira, na medida em que se organiza e se articula tendo em vista transformar as condições, relações, e representações acerca da loucura em nossa sociedade. Por fim, percebe-se que os autores tratam com muita propriedade de um tema que já vem sendo discutido a muitos anos, mas sempre induz à reflexão, abordando assuntos ainda bastante complexo para algumas pessoas acerca do “louco” e da “loucura”. Embora não seja o termo mais adequado para o conceito em questão, ainda retrata e induz à distanciamento, ao invés de aproximação, acolhimento e auxílio à essas pessoas, que infelizmente ainda sofrem preconceitos e são por muitos, taxadas como “ são loucos” preciso me afastar deles. Durante as discussões que permeiam o desenrolar do artigo, é possível percebermos a seriedade com que o assunto é tratado, contribuindo para um resgate da história do movimento da luta antimanicomial no Brasil, possibilitando reflexões de alguns impasses e
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