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O PAPEL DO NEUROPSICOPEDAGOGO JUNTO A EQUIPE MULTIDISCIPLINAR

Por:   •  13/12/2018  •  Trabalho acadêmico  •  2.035 Palavras (9 Páginas)  •  2.851 Visualizações

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O PAPEL DO NEUROPSICOPEDAGOGO JUNTO A EQUIPE MULTIDISCIPLINAR

Jussara Beatriz de Souza
Pedagoga / Psicopedagoga

Mestranda em Educação

RESUMO

        O presente trabalho procurou enfatizar a importância da neuropsicopedagogia no ambiente escolar, considerando que está área de conhecimento busca compreender o processo do desenvolvimento humano com um recorte na aprendizagem. O neuropsicopedagogo  faz a relação entre o ensino (técnicas e metodologias) e o cérebro humano. Seu intuito é entender a forma como o cérebro recebe, seleciona, transforma, memoriza, arquiva, processa e elabora todas as sensações captadas pelos diversos elementos sensores, para então, o Neuropsicopedagogo, saber qual o melhor meio, de intervir.  Esta pesquisa bibliográfica oportunizou olhar para as crianças que apresentaram transtornos de aprendizagem e poder dizer-lhes que poderão e conseguirão galgarem caminhos mais elevados, que suas limitações intelectuais podem ser superadas e que a vida é digna para todos. O objetivo deste trabalho foi valorizar a importância da atuação do neuropsicopedagogo junto à equipe multidisciplinar.

Palavras-chave: Neuropsicopedagogia. Aluno. Professor.  Dificuldade e distúrbios de Aprendizagem

Introdução

A neurociência refere-se como o estudo da realização física, do processo de informação central do sistema nervoso humano e animal. O estudo desta ciência engloba três áreas principais: a neurofisiologia, a neuroanatomia e a neuropsicologia.

Conhecer mais o Sistema Nervoso Central, o cérebro e o caminho que certos estímulos fazem no corpo humano vem tornando cada vez mais necessário. Os estudos sobre a memória, reflexos, áreas especificas vem crescendo a cada dia. A partir destes estudos deram-se origem a Neurociência e a Educação e por meio desta ciência surgiu-se a neuropsicopedagia.

        O neuropsicopedagogo oferece a educação infantil a possibilidade de  conhecer os processo que ocorrem internamente e, em conjunto  com a  resposta externa  da criança , acompanha e desenvolve  o processo de ensino e aprendizagem.         

         Diante disto o presente trabalho tem como tema central o papel realizado por uma equipe multidisciplinar, sendo ela composta por neuropsicopedagogo,  pedagogo, psicólogo e professor regente.  As relações entre estes profissionais são indispensáveis para desenrolar do processo de ensino – aprendizagem, professor /aluno.

Nesta perspectiva as ações que norteiam este trabalho serão as atribuições da equipe multidisciplinar. Apresentaremos as características da aprendizagem humana, este que seria o processo de “ensinagem” e origem psiquiatras, auxiliando – os na identificação de quaisquer que seja a deficiência ou distúrbio de aprendizagem existente no âmbito- escolar. O neuropedagogo terá que estar em busca constante dos necessários conhecimentos sobre as anomalias neurológicas (da neurologia), psiquiátricas (da psiquiatria), neuróticas (da psicanálise) e comportamentais (da psicologia) existentes, para desenvolver seu trabalho de acompanhamento pedagógico, desenvolvimento cognitivo e harmonização emocional das crianças que apresentem os sintomas dessas anomalias.

O profissional de neuropedagogia, portanto, é um dos elementos mais importantes para as instituições que desejam desenvolver um verdadeiro e harmonioso processo ensino-aprendizagem.

Outro aspecto a ser abordado neste artigo será os estímulos destes profissionais para o aprendizado do corpo discente. Esta interação pressupõe-se que os estímulos trocados entre os sujeitos nas relações sociais desencadearão em comportamentos positivos ou negativos. Diante dos argumentos apresentados surge a relevância de investiga-se o papel da relação entre professor e aluno e dos demais profissionais, que trabalham em conjunto para que o trabalho de ensino e aprendizagem seja eficaz.

Hoje sabemos que o sucesso do indivíduo está ligado ao bom desempenho escolar, por isso, um número cada vez maior de crianças são atendida por neuropediatras, psicólogos, psicopedagogos, fonoaudiólogos e, mais recentemente, neuropsicopedagogos (SANTOS, 2011). Relvas (2010) afirma que termos como “distúrbios, dificuldades, transtornos, discapacidades, problemas” são encontrados na literatura e, muitas vezes, são empregados de forma inadequada, porque a presença de uma dificuldade de aprendizagem não implica necessariamente um transtorno. Uma dificuldade pode ser transitória, não ligada a uma alteração funcional do sistema nervoso, como por exemplo, uma inadequação pedagógica, um problema emocional da criança, enfim, dificuldades que a criança passa em algum momento de sua vida, passível de ser superado. A expressão transtorno de aprendizagem deve ser reservada para dificuldades primárias ou específicas, que se deve a alterações do sistema nervoso central.

Diante deste contexto, o objetivo deste estudo é investigar qual será a postura do Neuropsicopedagogo a partir dos transtornos de aprendizagem que possa surgir em meio ao corpo discente.  

Desenvolvimento

A ciência Neuropsicologia nasceu no século XX, com convergência de duas ciências antigas que são a Neurologia e a Psicologia, com o objetivo de estudar as modificações comportamentais resultante de uma lesão cerebral.

No ano de 1878, o francês neurologista, Paul Pierre Broca (1824-1880), realizou uma pesquisa em mamíferos e descobriu que o cérebro era constituído por núcleo de células cinzentas (neurônios), a qual ele deu o nome de lombo límbico. Broca ficou conhecido através desta pesquisa e tornou-se referência na história da Medicina e das Neurociência, pela descoberta do centro da fala, atualmente conhecida como área de Broca. A partir de então surgiram os estudos neuropsicopedagógicos, estes que sustentariam as práticas de ensino/aprendizagem.

A Neuropsicopedagogia aprova a importância do papel do professor no processo de ensino/aprendizagem, sendo ele o motivador do aluno para que consiga alcançar o êxodo no ensino. Diante disto, a aprendizagem certamente é a etapa mais importante da vida escolar da criança, uma vez que vivemos em uma sociedade letrada. De acordo com Sisto (2001), dificuldade de aprendizagem associa-se à questão do fracasso escolar, caracterizado pela evasão e repetência.

        O termo “dificuldade de aprendizagem” surgiu da necessidade de compreender o motivo pelo qual um conjunto de alunos aparentemente normais, apresentava constantemente a experienciar insucesso escolar, especialmente na área de leitura e escrita. Dentre os distúrbios, os mais frequentes são: dislexias, disgrafias, discalculias, dislalia, disortografia. Nas dificuldades de aprendizagem como: distúrbios de memória, falta de atenção, bloqueios de aprendizagem nas diversas matérias dos conteúdos escolares, dificuldades em raciocínio lógico, matemática, leitura e  escrita, baixa estima, falta de motivação, entre outras.

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