O Pequeno Principe
Por: Thamires Chiovatto • 16/11/2016 • Pesquisas Acadêmicas • 1.665 Palavras (7 Páginas) • 467 Visualizações
- INTRODUÇÃO
O livro escrito por Antoine de Saint-Exupéry nos permite uma reflexão sobre a forma como lemos os acontecimentos, as experiências, as emoções, reações e, sobretudo, o relacionamento interpessoal.
Cada detalhe presente no livro é repleto de sensibilidade e pureza, cada personagem é único e traz consigo um ensinamento. O autor soube captar a essência de cada objeto ou animal usado na história e transforma-los em seres reais com sentimentos, e cada um deles trazem questões importantes sobre o amor, sobre a vida e sobre valores.
- APRESENTAÇÃO DO AUTOR E CONTEXTO HISTORICO
Em 1943, apenas um ano antes do falecimento do autor do livro Antoine de Saint Exupéry, lançou “O Pequeno Príncipe” onde nos dias atuais é considerado um clássico da literatura universal. A obra foi ilustrada e escrita pelo o autor durante a segunda guerra mundial. Por mais que seja um livro para o segmento do publico infantil, envolve os mais diversos tipos de leitores com idades variadas.
Antoine é um narrador-personagem principal da obra, que da vida a uma criança que usa um lenço dourado ao redor do pescoço e com cabelos louros.
- RESUMO DO LIVRO
Foi no deserto do Saara, depois de uma pane no sistema que forçou o pouso de emergência de seu avião, que nosso narrador-personagem encontrou o Pequeno Príncipe. O piloto estava dormindo sua primeira noite solitária no deserto e já planejava o conserto do avião quando o menino meigo de cabelos louros simplesmente o chamou.
Pediu que o piloto desenhasse, e dessa vida a um carneirinho isso porque, havia nele uma árvore, chamada de baobá, que crescia muito. Por isso, o carneiro era importante para que pudesse se alimentar dos baobás enquanto estes ainda eram pequenos. A partir deste ponto, o piloto começou a conhecer melhor o garoto, buscando entender como chegou até ali e de onde veio.
O Pequeno Príncipe fez varias viagens por inúmeros planetas até alcançar a Terra. Em sua pequena casa em seu pequeno planeta, deixou com muita tristeza, sua rosa para trás, e foi buscar aventuras. No primeiro planeta, encontrou um autoritário rei, que ficava a espera de súditos. Em seguida, conheceu no próximo planeta, um vaidoso, seguindo de um bêbado, um homem de negócios, um geógrafo e um acendedor de lamparinas; todos cegos pelos seus vícios.
Nesse meio tempo, O Pequeno Príncipe desenvolveu seu interesse pelo planeta Terra, que era maior cheio de paisagens diferentes e com vários animais distintos.
Na terra o garoto, encontrou uma serpente, que através de uma picada, prometeu que lhe enviaria de volta ao seu planeta de origem. O narrador da história, não gostou muito dessa notícia, já que havia tido uma boa relação interpessoal com o pequeno. O garoto pediu então que o narrador não sofresse, quando seu corpo não estivesse mais com vida.
Acabou ensinando a ele uma valiosa lição, a de que devemos aprender a olhar para além das aparências. Não havia nenhuma outra maneira do pequeno viajar para o seu planeta de origem, já que no estado em que se encontrava, estava muito pesado para isso. Assim, com a picada, ele se tornaria mais leve e poderia enfim, realizar a tão esperada viagem.
Quando o dia de encontrar a serpente chegou, o pequeno ao ser picado, não teve reação. Aceitou de maneira corajosa o destino, depois de tombar como uma árvore, enfim, voltou para o seu planeta.
Tempos depois, o narrador se sentiu consolado por saber que o pequeno príncipe havia conseguido o que tanto desejava. Hoje, quando ele olha as estrelas no céu, sorri, lembrando-se do seu pequeno príncipe.
- IMPRESSOES DO GRUPO
Cada detalhe presente no livro é repleto de sensibilidade e pureza, cada personagem é único e traz consigo um ensinamento. O autor soube captar a essência de cada objeto ou animal usado na história e transforma-los em seres reais com sentimentos, e cada um deles trazem questões importantes sobre o amor, sobre a vida e sobre valores.
O Pequeno Príncipe aparenta ser a personificação da infância do piloto, o lado infantil que foi perdido ao não ser incentivado pelos adultos, a seguir seus sonhos.
É notável a angústia que o menino sente ao não ser compreendido, e sua indignação em as pessoas só enxergarem o que é óbvio, o que foram ensinadas a enxergar, não só no caso de seu desenho, mas em diversas outras situações em seu cotidiano, onde fica evidente que para as “pessoas grandes”, como o personagem define os adultos no livro, só importa o que já conhecem o que é grande e muito valorizada, numa perspectiva superficial, por exemplo, o dinheiro, o menino define que os adultos já procuram uma comparação para uma solução sem se ter uma reflexão sobre o que e suposto. É uma crítica a não valorização do ser e sim do ter, a definição através de números, quantidade e não qualidade, sempre fundamentado nas experiências já vividas, ao que já se conhece, onde não é permitido viverem e refletirem novas possibilidades, outro ponto que se deve levar em consideração e a relação do pequeno príncipe com a rosa, demostra o conceito de que um valor de objeto ou de uma relação social depende claramente daquele que atribui o valor para si, apresentado a relação da rosa com príncipe uma relação agridoce, pois toma o prazer da flor contraria com as vaidades que ela demostra.
Uma segunda reflexão apresentada no livro é quando o personagem inicia uma viagem por diversos planetas onde podemos observar personagens que representam diversos cenários sociais. No caso do rei em que seu prazer estava em dar ordens e receber honras, refletimos o egocentrismo, o quanto muitas vezes as pessoas não consideram a consequência de seus atos, não pensam em um bem comum, e nem se o que faz e fala faz algum sentido, a única coisa que importa é ser seguido, admirado e possuir um reino em seu próprio universo. Há também um contador, que estava completamente perdido em sua função e não tinha tempo para mais nada, os contadores são aquelas pessoas que estão afundados no trabalho, em conquistar cada vez mais bens materiais ou um status, e acabam não vivendo seus sonhos, não valorizam suas famílias e pessoas que as amam. Outro personagem que nos faz refletir é o geógrafo, que conhecia muito bem sobre vários lugares, exceto onde vivia, o seu ciclo, o seu mundo. Há também um bêbado, que tudo era motivo para beber, inclusive o fato de ser bêbada, sua vergonha disso o fazia beber para esquecer, não parece fazer nenhum sentido, mas se pensarmos que é muito comum as pessoas se acomodarem a um modo de vida que, mesmo não sendo satisfeitas, acabam vivendo da mesma forma por anos, justamente por não se sentirem motivadas a mudar, tamanha a frustração de quem são e onde estão. Há outros personagens, como o vaidoso, onde é criticada a valorização do eu como algo supremo, a necessidade de ser “o mais”, “o melhor” e isto ser tudo o que realmente importa: aparência. Hoje em dia na cultura do selfie é possível identificar esse personagem na sociedade, de forma muito explícita, com as redes sociais.
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