O Processo de Individuação
Por: Vinícius Almeida • 15/3/2022 • Trabalho acadêmico • 431 Palavras (2 Páginas) • 102 Visualizações
SILVEIRA, Nise. Processo de individuação. Jung: vida e obra. 21ed. São Paulo: Paz e Terra, 2007.
No início do capítulo é apresentada a fala de que a experiência do novo, vai sempre enriquecendo, completando não só o corpo, mas também a psique, e quando consciente esse processo, o homem é capaz de influenciar e molda-lo. Nesse conflito do inconsciente com o consciente, alguns componentes da personalidade amadurecem e unem-se numa síntese, na realização de um indivíduo específico e inteiro. Processo não linear intitulado como individuação, conduzindo a um centro psíquico denominado self.
O self representa a unificação da inconsciência e consciência de um indivíduo, pode ser compreendido como a imagem da totalidade da psique, como seu centro e também como símbolo dessa unidade, abrangendo consciente e inconsciente e o próprio eu. Já a individuação é o processo de tornar-se um ser único, na medida em que por individualidade entendermos nossa singularidade mais íntima, última e incomparável, significando também que nos tornamos o nosso próprio si-mesmo.
O processo de individuação é encarado então como um processo de desenvolvimento que todo ser humano tem ao longo de sua existência. Processo em que o sujeito se reconhece como um ser único e diferenciado, um caminho em direção à compreensão e expansão da consciência, onde partes do inconsciente entram em contato com o ego. E quando há a harmonia entre o ego e o self o indivíduo consegue ter um encontro claro com sua totalidade. É descrito no texto que para Jung, “o desvestimento das falsas roupagens da persona” é um dos processos da individuação. A persona nada mais é do que a forma com que somos apresentados ao mundo, e muitas vezes por questões de adaptação o homem assume uma personificação que não corresponde ao seu modo de ser autêntico, e sim como os outros esperam que ele seja, ou como ele desejaria ser.
Outro arquétipo que pode também ser ligado ao espelho dessa “persona” é a sombra. Que consiste nos instintos de sexo e vida, que existe como parte da mente inconsciente e é composta de ideias reprimidas, fraquezas, desejos, instintos e deficiências. Ele é o lado mais sombrio da psique, representando selvageria, caos e o desconhecido, e quanto mais ela for reprimida, mais se tornará espessa e negra.
Atrelado também a este lado “escuro” da sombra, está a anima e animus, que seria a imagem do sexo oposto apresentado na psique. Eles representam o verdadeiro self, e não a imagem apresentada aos outros, serve como a principal fonte de comunicação com o inconsciente coletivo, que por sua vez, resumidamente seria um campo que guarda ideias pré-concebidas.
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