O Psicodiagnóstico interventivo sob o enfoque da narrativa in ANCONA-LOPEZ
Por: AlineFantacholi • 13/3/2018 • Resenha • 436 Palavras (2 Páginas) • 1.561 Visualizações
REFERÊNCIA: _ - BILBAO, G. G. L. O Psicodiagnóstico interventivo sob o enfoque da narrativa in ANCONA-LOPEZ, S., Psicodiagnóstico interventivo: evolução de uma prática. Cap. III. p. 65-76 | TEXTO 6 |
Nesse capitulo a autora nos mostra uma visão de psicodiagnóstico com enfoque na narrativa, onde a pessoa narra, de forma livre e despreocupada com a verdade, sua experiência vivida; sendo que cabe a pessoa que ouve interpretar essa narração. Hoje em dia esse tipo de discurso está em desuso, uma vez que a informação acaba se tornando mais usual pela necessidade das pessoas de verificar tudo o que se ouve, dessa maneira, a informação deve ser plausível e passível de verificação.
Quando os pais narram as histórias de seus filhos, eles não estão apenas dando informações sobre eles, mas colocando sua visão em cima do ocorrido, sua experiência, a maneira como se sentem perante disso. A relação entre o psicólogo e os pais, durante essas narrações, se torna um passo muito importe pois em cima destas narrativas que se é possível começar a ter uma visão geral dos fatos e verdades ocorridos com a criança ao longo do tempo tudo isso a partir do discurso.
O discurso pode ser entendido como: um raciocínio, um processo de explicação, uma discussão que revela um conteúdo, entre outras definições. Levando a visão de psicodiagnóstico interventivo, o discurso é entendido não como um levantamento de ideias prontas ou raciocínios de algo que já está dado trazendo consigo emoções e sentimentos que às vezes podem até surpreender a pessoa pela forma que isso de mostra: De forma nebulosa, de maneira não cogitada e, às vezes, difíceis de admitir.
Husserl fala sobre a consciência intencional, onde aquilo que é contado não deve ser entendido como uma verdade no sentindo objetivo, a história contada é uma narrativa, ela é aberta a novos significados, que surgem no próprio processo de narrar e origina-se na experiência vivida.
Falar e pensar são indissociáveis, através da fala que o pensamento se cumpre e as significações se dão, mesmo com um significado compartilhado em determinada cultura, as palavras mudam de significado ao longo do tempo.
Para o encontra da devolutiva para as crianças é elaborado pequenas histórias, no qual se devolve o que fomos compreendendo, se cria personagens, imagens, e recortes para se montar as histórias que refletem aquilo que foi compreendido durante os encontros.
Esta forma de devolutiva possibilita um jogo simbólico entre o psicólogo e a criança, aproximando de si mesmo de forma lúdica e estimulante, e os possibilitam de um resgate da própria experiência vivida.
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