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O Psicólogo E As Políticas Públicas De Educação

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Por:   •  17/2/2015  •  Seminário  •  813 Palavras (4 Páginas)  •  189 Visualizações

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O Psicólogo e as Políticas Públicas de Educação

Diante da caracterização já feita dos programas, ora apresentada, é importante que se estabeleça um diálogo entre o papel do psicólogo e a concretização destes politicas, considerados as realidades diversas de atuação de cada programa e a formação politica do profissional de psicologia.

Primeiramente é preciso que consideremos que o PNAE e o PNATE são programas que necessitam de uma avaliação mais criteriosa e crítica por parte da população, dos estudiosos e dos profissionais que lidam com a escola, uma vez que, diante da realidade investigada em três municípios de três estados do Nordeste, se percebeu que ainda há muito a ser feito para que os programas, de fato, sejam realizados como se espera.

Foi feita uma observação nos municípios de São Vicente/RN, Barro/CE e Uiraúna/PB. Ambos localizados no Sertão Nordestino, onde a predominância de programas assistenciais é notória, como a Bolsa Família, de modo que, a população visualiza tal política em detrimento do PNAE e PNATE. Ou seja, as pessoas não param para olhar de perto o andamento destes programas, nem tampouco de reivindicar que eles aconteçam como preconiza a Lei 9394/96.

Diante das observações, pode-se notar que há alguns entraves comuns acerca do exercício destes programas em ambos os municípios, a saber: Sobre o PNATE: Ainda há alunos transportados em camionetas (pau de arara), há motoristas inabilitados para dirigir, há localidades rurais que se distanciam da rota do transporte, precisando os alunos se deslocarem de bicicleta, moto ou a pé para esperar o transporte, os motoristas não são qualificados para conduzir estudantes, uma vez que, em muitos casos, se envolvem amorosamente com algumas estudantes, destratam muitos estudantes, sendo ríspidos e muitos desconhecem os princípios do Programa. No caso do PNAE: Não há nutricionista nas escolas, apenas 1 para várias escolas, o cardápio não é seguido a regra devido ao descompromisso em adquirir os gêneros alimentícios, há estudantes que tem obesidade e/ou diabetes que não tem alimentação específica; as técnicas de alimentação não são qualificadas para manusearem alimentos, as cozinhas são precárias (pequenas, iluminação inadequada e falta de ventilação).

Diante desta realidade, pode-se pensar “qual o papel do psicólogo perante estes dilemas?” Como o psicólogo pode ajudar? Há três questões fundamentais que devem ser consideradas: a primeira é que o psicólogo precisa desmistificar a ideia do trabalho individualizado, clínico e passar a olhar para o coletivo, para as possibilidades de intervenção articulada com o todo, a partir de enfoques que considerem a justiça social e o dialogo interdisciplinar. O segundo ponto se refere ao posicionamento teórico e prático que o profissional da psicologia deve ter em relação a sua formação enquanto cientista, ou seja, um profissional que além de intervir, constrói e reflete sobre a prática. O terceiro ponto é a capacidade de persuasão e de diálogo que o psicólogo tem, no sentido de ser um articulador e apaziguador em diferentes contextos e neste caso no contexto dos conselhos que fiscalizam tais programas.

Para fundamentar a discussão, GUZZO (2012), comenta

que a certificação generalista do psicólogo ainda não tem

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