O RELATÓRIO DE SESSÃO

UNIVERSIDADE PAULISTA – UNIP

INSTITUTO DE CIÊNCIAS HUMANAS

CURSO DE PSICOLOGIA / CAMPUS SÃO JOSÉ DOS CAMPOS

CENTRO DE PSICOLOGIA APLICADA – CPA

I. Identificação

Estagiário: Adrieli Gonçalves dos Santos

Professora: Juliana Giolo                   Disciplina: Psicodiagnóstico

Paciente: R.C.D                                   Sexo: Masculino

Filiação:  Mãe – H.C.D                              Pai -  D.C.D

Data: 16/05/2018                                      Prontuário: 7985

Número da entrevista: 4

II. Descrição da demanda

Ciúme excessivo, dificuldade escolar, comportamento não condizente com a idade e o bullying que foi apresentado como uma nova queixa.

III. Procedimento

Entrevista de anamnese com o objetivo de coleta de dados e possíveis intervenções.

IV. Análise

A sessão se iniciou com a busca de H.C. na recepção, depois de acomodada os estagiários deram sequência no restante do questionário de anamnese. Ao ser questionada sobre as atividades que costumam fazer em família a mãe de R.C. relatou que eles possuem um costume de ir aos domingos em um centro de lazer e de tirar um dia da semana para se divertirem, assistem filmes, brincam e comem aquilo que tem vontade. H.C. contou que o paciente sempre precisa aumentar o volume da televisão e do rádio devido sua condição de perca de 30% de sua audição.

Nas sessões anteriores a mãe relatou que se mudou de residência algumas vezes, nessa sessão ela complementou essa informação contando que um dos motivos para se mudar para a atual residência foi a preocupação com os filhos, na antiga casa eles não tinham contato com nenhum vizinho ou criança e a casa era pequena, não tinha muito espaço para brincar. Se interessaram pela residência onde moram atualmente por oferecer área de lazer, que promove uma interação dos filhos com outras crianças. Contou também que a família possui crença religiosa, são católicos praticantes e passam esses ensinamentos para os filhos, a mãe notou que R.C. tem muita curiosidade sobre o tema, sempre questiona o que escuta na igreja e mostra muito interesse em fazer a catequese.

Outra informação coletada foi sobre o grau acadêmico dos pais, o pai estudou até o 2° ano do ensino médio e a mãe o concluiu. Relatou que ela e o marido acham muito importante os filhos demonstrarem interesse pelos estudos e sempre os incentiva a buscar mais conhecimento. H.C. contou que R.C. está bastante empolgado com as atividades da escola, por estar progredindo no aprendizado da leitura e escrita ele faz as tarefas todos os dias e é sempre acompanhado pelo pai ou por ela. A mãe contou que ela e o marido observam de perto o desempenho escolar dos filhos, sempre vão nas reuniões de pais propostas pela escola e conversam com as professoras sobre o desempenho das crianças na sala de aula. Segundo Maimoni e Bortone (2001) relatam que a presença dos pais na vida escolar é importante tanto para os alunos quanto para a escola. Por isso, é importante o vínculo da família com a escola, pois, segundo esses autores, é nas reuniões que são possibilitadas as condições de assistência aos pais, para que estes se conscientizem de sua importância para o desempenho escolar de seus filhos, conheçam sobre desenvolvimento e comportamentos de crianças e co-assumam responsabilidades em relação às atividades propostas pela escola. Para estes autores, os pais, quando percebem um ambiente de aprendizagem mais favorável, desenvolvem confiança em relação à escola.

A mãe foi questionada sobre alguns históricos familiares e a informação obtida foi de que os pais de D.C. são viciados em álcool e cigarro e ele tem uma tia que possui deficiência intelectual.  A avó de H.C. cometeu suicídio a muito tempo atrás, ela disse que isso não a afetava muito porque ela era bem pequena, também contou que nunca falou disso com os filhos. Uma nova informação levantada foi que H.C. fez uma cirurgia bariátrica a 4 anos onde eliminou 48 quilos.

Na sessão anterior a mãe havia trazido uma queixa de bullying que o paciente vinha sofrendo na escola, ela relatou que foi conversar com a professora sobre tais episódios e teve uma devolutiva de que foi feita uma conscientização com a turma sobre o tema e sua importância. H.C. disse que o filho não reclama mais sobre o comportamento dos colegas depois que a professora conversou com eles. A mãe relatou que esse assunto a incomoda bastante, ela sempre fica observando da sacada do seu apartamento o filho brincar na quadra com as outras crianças, ela notou que ele nem sempre é escolhido para fazer parte dos times no futebol e que alguns meninos fazem brincadeiras um pouco grotescas com ele.