O Síndrome de Burnout
Por: Lays Aguiar • 23/8/2019 • Trabalho acadêmico • 1.461 Palavras (6 Páginas) • 181 Visualizações
Introdução
Ofício, trabalho e profissão: por anos, esses conceitos existiram ora misturados, ora independentes, e despertaram em filósofos o questionamento sobre o propósito do trabalho na vida do homem através dos séculos. Desde a Pré-História, a invenção de instrumentos como a pedra lascada e o machado proporcionou ao homem realizar o trabalho de modo mais ágil, assim, a caça, pesca, coleta e agricultura colaboraram de modo mais eficiente para a sobrevivência da espécie.
Atualmente, nós também necessitamos trabalhar para sobreviver, entretanto, o tipo de profissão e as condições físicas e psicológicas de cada emprego, define a maneira que o indivíduo realiza tal ofício. Para alguns passar 8 horas dentro de um escritório é um suplício, enquanto para outros, doar mais de 8 horas dentro de seus dias para as atividades laborais é indiferente. A questão aqui é: cada indivíduo se adaptar às situações de uma maneira diferente. O que para um pode ser o estopim que pode levar alguém a uma crise de estresse, pode ser uma situação perfeitamente normal para o outro.
O estresse, em excesso, pode ser o causador de inúmeras doenças e transtornos mentais, como no caso do estresse profundo no ambiente de trabalho, o Burnout. O intuito desse trabalho é explicar a diferença entre Burnout e Estresse, além de esclarecer os sintomas, formas de tratamento, como também apresentar algumas técnicas para evitar esses transtornos.
1- SÍNDROME DE BURNOUT
O conceito de exaustão profissional (burnout) foi descrito em 1974 por Herbert Freudenberger como sendo um estado de fadiga ou de frustração motivado pela consagração a uma causa, a um modo de vida ou a uma relação que não correspondeu às expectativas. Os doentes encontram-se não somente entre voluntários e profissionais do domínio da saúde, médicos, enfermeiros, psicólogos, assistentes sociais e outros, mas também em quase todas as profissões. Tornou-se uma doença profissional cujo denominador comum é a relação direta entre o emprego e o estado de fadiga ou de cansaço do trabalhador.
Podemos dizer assim que a Síndrome de Burnout é um estado físico, emocional e mental de exaustão extrema, resultado do acúmulo excessivo em situações de trabalho que são emocionalmente exigentes e/ou estressantes, que demandam muita competitividade ou responsabilidade, especialmente nas áreas de educação e saúde.
Essa doença tem como principal causa o excesso de trabalho. Esta síndrome , também conhecida como “Síndrome do Esgotamento Profissional”, é comum principalmente em profissionais que atuam diariamente sob pressão e com responsabilidades constantes, como médicos, enfermeiros, professores, policiais, jornalistas, dentre outros.
O nome Burnout é inglês que significa: “burn” (queima) e “out” (exterior).
- SINTOMAS DE BURNOUT
- Cansaço excessivo, físico e mental.
- Dor de cabeça freqüente
- Alterações no apetite
- Insônia
- Dificuldades de concentração
- Sentimentos de fracasso e insegurança
- Negatividade constante
- Sentimentos de incompetência
- Alterações repentinas de humor
- Isolamento
- Fadiga
- Pressão alta
- Dores musculares
- Problemas gastrointestinais
- Alteração nos batimentos cardíacos
Normalmente esses sintomas surgem de forma leve, mas tendem a piorar como o passar dos dias. Por essa razão, muitas pessoas acham que pode ser algo passageiro. Para evitar problemas mais sérios e complicações da doença, é fundamental buscar apoio profissional assim que notar qualquer sinal.
O diagnóstico de Burnout é feito por profissional especialista. O psiquiatra e o psicólogo são os profissionais de saúde indicados para identificar o problema e orientar a melhor forma de tratamento, conforme o caso.
No âmbito do Sistema Único de Saúde (SUS), a Rede de Atenção Psicossocial (RAPS) está apta a oferecer, de forma integral e gratuita todo tratamento, desde o diagnóstico até o tratamento medicamentoso. (www.saude.gov.br/depressao)
- Tratamento da Síndrome de Burnout
O tratamento da Síndrome de Burnout é feito com psicoterapia, mas também pode envolver medicamentos (antidepressivos e/ou ansiolíticos). O tratamento normalmente é feito entre um e três meses, mas pode perdurar por mais tempo.
Mudanças nas condições de trabalho e, principalmente, mudanças nos hábitos e estilo de vida. A atividade física regular e os exercícios de relaxamento devem ser rotineiros, para aliviar o estresse e controlar os sintomas da doença. Após o diagnóstico médico, é fortemente recomendado que a pessoa tire férias e desenvolva atividades de lazer como pessoas próximas.
- Prevenção da Síndrome de Burnout
Estratégias que diminuam o estresse e a pressão no trabalho, são a melhor forma de prevenir a síndrome. Assim como, condutas saudáveis evitam o desenvolvimento da doença, assim como ajudam a tratar sinais e sintomas logo no início.
As principais formas de prevenir a Síndrome de Burnout são:
- Definir pequenos objetivos na vida profissional e pessoal
- Participar de atividades de lazer com amigos e familiares
- Fazer atividades que “fujam” da rotina diária, como passear, comer em restaurantes ou ir ao cinema.
- Evitar contato com pessoas “negativas”, especialmente aquelas que reclamam do trabalho ou dos outros.
- Conversar com pessoas de confiança sobre o que está sentindo.
- Fazer atividades físicas regularmente.
- Evitar consumo de bebidas alcoólicas, tabaco ou outra droga.
Outra conduta muito recomendada para prevenir a Síndrome de Burnout é descansar adequadamente, com boa noite de sono. É fundamental manter o equilíbrio entre o trabalho,lazer, família, vida social e atividades física.
2—ESTRESSE
O Estresse é uma resposta física do nosso organismo a um estímulo. Quando estressado, o corpo pensa que está sob ataque e muda para o modo de “lutar ou fugir”. Quando somos submetidos a atividades estressoras, como por exemplo o trabalho, uma atividade física, situações como a chegada de um novo filho, casamento, mudança de emprego, etc... nosso corpo reage, produzindo uma mistura complexa de hormônios e produtos químicos como a adrenalina, cortisol e a noradrenalina. Essa produção de hormônios ocorre justamente para preparar o corpo para uma reação física.
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