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O Trabalho de Psicologia

Por:   •  30/1/2023  •  Resenha  •  628 Palavras (3 Páginas)  •  75 Visualizações

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Alunos:         Cleide Cely Ferreira

                Vanessa Aparecida Reis Goulart

                Ybiatã José de Almeida Reis                        

         

  1. A)

3. Segundo Leila Perrone Moisés, a literatura vem passando por diversas mutabilidades e no final do século XX, ela era vista com certo “desprestígio e declínio”, porém em pleno século XXI, o que realmente aconteceu foi que o seu ensino continua em situação degradante, mas “a prática da literatura não só tem resistido ao contexto cultural adverso, mas tem dado provas de grande vitalidade, em termos de quantidade, de variedade e de qualidade” (MOISÉS, 2016, p. 4).

        Porém, não é apenas o ensino e as obras escritas por seus principais expoentes que vêm passando por modificações, mas de forma geral a sua própria conceituação também abarca muitas modificações ao longo dos séculos. No início dos tempos, na época da poética Aristotélica, a literatura era tida como a “Arte de representar a realidade por meio de palavras” (MOISÉS, 2016, p. 4), em razão de que a arte verbal de Aristóteles era caracterizada como “mimese, imitação”. Já para o romantismo vulgarizado, por exemplo sua conceituação muda e vai significar a “Expressão verbal de sentimentos”.

        Assim, a cada corrente de pensamento e a cada época sua conceituação passa por transformações que acabam por ocasionar confusões àqueles que estudam a literatura. Nesse sentido, Leila Perrone Moisés cita que a mutabilidade não se relaciona apenas ao conceito de literatura e as profundas transformações nas práticas literárias pela grande quantidade de publicações atuais que vem surgindo, mas também aos gêneros que eram utilizados para classifica-las.

        Em relação à utilização desses gêneros, no passado havia um delineamento entre eles e uma obra tida como lírica, por exemplo, era facilmente identificada como tal e classificada assim. Porém, na atualidade a “catalogação oficial se torna cada vez mais difícil de ser empregada, na medida em que, se há algo indiscutivelmente novo na produção literária atual, é a mistura de gêneros, ou sua indefinição” (MOISÉS, 2016, p. 7).

        Porém, ao analisar o pensamento de Anatol Rosenfeld sobre a teoria dos gêneros é de se levar em consideração que mesmo aqueles gêneros criados na República de Platão, por exemplo, não devem ser levados a sério pelos autores ao produzirem suas obras, por não existir “pureza de gêneros em sentido absoluto” (ROSENFELD, 2010, p. 16).

        Assim, Rosenfeld afirma, categoricamente, o que fora defendido por Leila Perrone Moisés ao evidenciar que os gêneros não são absolutos e que apresentam mutações, pois, o sentido das obras literárias variará de acordo com as ideias de seus escritores. Logo, poderá haver a utilização dos gêneros lírico, épico e dramático em diversos sentidos apontando a existência de mutabilidades presentes nestes gêneros.

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