O Trabalho de Psicopatologia Infantil
Por: Priscila Lima • 1/4/2023 • Dissertação • 951 Palavras (4 Páginas) • 79 Visualizações
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FACULDADE LUCIANO FEIJÃO
CURSO DE PSICOLOGIA
DISCIPLINA: PSICOPALTOLOGIA INFANTIL
PROFESSORA: MARIA LUISA XIMENES FEIJÃO
PRISCILA CARNEIRO LIMA
SOBRAL 2023
RESUMO
O DOPING DAS CRIANÇAS
O texto “O Doping das Crianças” aponta o abuso do metilfenidato como um problema de saúde pública no Brasil e destaca que a droga é utilizada por pessoas de todas as idades que acreditam que ela pode melhorar o desempenho cognitivo e físico. A referida pesquisa também questiona a distribuição desigual do medicamento nas diferentes regiões da república e a alta prescrição médica em áreas específicas.
Embora o transtorno de déficit de atenção e hiperatividade (TDAH) seja reconhecido como uma condição neurológica que afeta crianças e adolescentes, o uso não diagnosticado de drogas é bastante comum. Esse tipo de uso é totalmente contraindicado, mas ainda é bastante difundido na vida escolar, profissional e social, com alguns indivíduos buscando o mercado ilegal ou fingindo sintomas para obter receitas médicas.
O texto enfatiza que a droga não deve ser entendida como um método pedagógico ou uma forma de moldar o comportamento, mas sim como uma substância auxiliar no estabelecimento do equilíbrio do comportamento do indivíduo em combinação com outras medidas educacionais, sociais e psicológicas. É necessário questionar se o uso do medicamento é seguro, com a indicação adequada do medicamento para as pessoas certas, na dosagem e período adequados.
O texto, assim, chama a atenção para a questão de saber se a escola homogeneíza e silencia crianças e adolescentes considerados “diferentes” e se há legalização do doping de crianças. Para contribuir com o desenvolvimento de alternativas práticas ao uso de drogas, é preciso promover a educação para os diversos segmentos da sociedade e abordar o tema de forma não repressiva. Ao invés de julgar moralmente o uso de drogas, é preciso fazer uma reflexão crítica e aprofundada sobre esse complexo problema.
A complexidade da história da medicina, que não se limita à busca da cura da doença, mas inclui também a definição do que é considerado normal e saudável. No entanto, a medicalização da vida é um fenômeno perturbador que transforma problemas sociais e humanos em questões biológicas e médicas, interfere na construção de conceitos, regras de higiene, padrões morais e costumes prescritos, e também afeta o comportamento social. O discurso médico muitas vezes está sintonizado com as demandas dos grupos hegemônicos, e a medicalização da vida pode sustentar julgamentos provisórios e preconceitos que regem o cotidiano. É necessário questionar a influência da medicina na definição do que é considerado normal e saudável e buscar soluções mais abrangentes e integradas para os desafios que enfrentamos como sociedade. A medicina desempenha um papel importante na promoção da saúde e no tratamento da doença, mas não deve ser a única fonte de soluções.
A medicalização é vista como uma forma de responder às demandas sociais das instituições de acolhimento, e a escola tornou-se um mecanismo de integração da criança no campo médico-psiquiátrico. No entanto, essa prática não se restringe às escolas públicas e afeta a sociedade como um todo. A medicina tem determinado quem é "educável ou ineducável", não responsabilizando a escola por seus fracassos. É importante que o diagnóstico do TDAH seja feito com cautela e envolva uma equipe multidisciplinar de profissionais da saúde mental. O tratamento não deve ser limitado ao uso de drogas psicoestimulantes, mas deve ser integrado a outras terapias, como psicoterapia e terapia comportamental. Escolas, profissionais de saúde e famílias precisam trabalhar juntos para compreender e tratar o TDAH de forma mais integral e humanizada.
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