O Transtorno bipolar
Por: 40325788855 • 9/6/2018 • Trabalho acadêmico • 1.674 Palavras (7 Páginas) • 247 Visualizações
Transtorno bipolar
Transtorno bipolar é uma doença mental grave caracterizada por alterações extremas de humor caracterizados por episódios de mania e depressão. Todos nós temos oscilações de humor, mas o que difere as oscilações de humor de pessoas bipolares é que são mais intensas, duram mais tempo e afetam os padrões de sono e energia dos pacientes, assim como desestabilizar a estrutura familiar e as diversas relações do paciente. Vale ressaltar que a maioria das pessoas tem suas oscilações de humor devido a acontecimentos ligados ao seu dia a dia, no caso desses pacientes, isso vai além, os episódios ocorrem sem um acontecimento antecedente.
As primeiras manifestações da doença costumam aparecer no final da adolescência, mas não se descarta a possibilidade de vir a ocorrer as primeiras manifestações durante a infância, vida adulta e até mesmo a velhice. Essas manifestações iniciais podem ocorrer tanto em episódios maníacos que são estados descritos como eufóricos, alegres ou excitado, onde não importa o que esta acontecendo ao redor da pessoa, ela esta com entusiasmo incessante. E pode haver também episódios depressivos que se caracterizam por sentimentos de culpa, irritabilidade e perda de contato com a realidade. Mas em pacientes bipolar é muito comum encontrar episódios mistos onde ocorrem uma junção da depressão com agitação, ansiedade, insônia, pensamentos rápidos. E esses episódios mistos são considerados dos mais perigosos pois acabam resultando ao paciente uma exposição maior ao suicídio.
Tipo de bipolaridade
Bipolar tipo I
Costuma ocorrer mais episódios maníacos com durações entre 7 dias e 6 meses, e por serem episódios consideravelmente severos e costuma levar o paciente a internação psiquiátrica. Os episódios depressivos duram pelo menos duas semanas e são mais raros de acontecerem, mas pode ocorrer de haver o misto dos pensamentos depressivos ao mesmo tempo que sente energia excessiva para fazer as suas atividades.
Bipolar tipo II
Predomina mais episódios depressivos, com incidência de episódios hipomaníacos, ou seja, episódios de uma espécie de mania mais leve, que não impede que a pessoa trabalhe ou estude, sem sintomas psicóticos. Entretanto, a atenção durante os episódios depressivos deve ser redobrada.
Transtorno Bipolar não especificado
São os casos nos quais os sintomas não se encaixam nos critérios dos tipos I ou II. Isso porque os sintomas não duram tempo o suficiente, ou há poucos sintomas para se ter certeza do diagnóstico. Podem haver episódios hipomaníacos de curta duração (menos de 4 dias), ciclos rápidos — quando as oscilações ocorrem em menos de uma semana —, recorrência de estados mistos atípicos, entre outros.
Causas e fatores de risco
Assim como outras doenças mentais, é difícil determinar uma única causa que desencadeia o transtorno bipolar. As evidencias apontam para causas tanto familiares quanto psicossociais. Em geral esses fatores podem ser de origem: Genética e histórico familiar, estrutura e funcionamento cerebral, abusos de substancias, fatores ambientais e experiências traumáticas como viver em ambientes de conflitos constantes ou situações de grande riscos.
Diagnostico e tratamentos
O diagnostico correto somente só pode ser feito por um profissional da área da saúde, seja ele um psiquiatra ou psicólogo, que podem solicitar exames para descartar a possibilidade de serem doenças com sintomas parecidos. Contudo, também é importante uma investigação da vida do paciente pois os tipos de bipolaridade podem ser confundidos com outras doenças . Por exemplo, a bipolaridade tipo I pode ser confundida com esquizofrenia, enquanto a de tipo II pode ser diagnosticada como depressão. A maioria dos paciente procuram ajuda quando estão em episódios depressivos, por se sentirem bem quando estão em episódios maníacos, portanto é extremamente necessário a investigação e o olhar cauteloso do profissional para dar um diagnóstico mais assertivo possível.
Até o momento não há uma cura para o transtorno bipolar, o que se tem feito é a junção da medicação necessária com o tratamento terapêutico, assim como é feito em varias outras doenças mentais.
O tratamento medicamentoso geralmente é a base de antidepressivos e antipsicoticos para estabilizar o humor e em caso de urgências são usados tranquilizantes e somente podem ser prescritos por profissionais da área da saúde mental e em hipótese alguma pode ser descontinuado pelo próprio paciente.
A psicoterapia é essencial para o controle o melhoramento da bipolaridade, no caso da terapia cognitivo comportamental ajuda o paciente a compreender fatores que desencadeiam os episódios, assim como ensina a lidar melhor com o estresse e situações que podem causar emoções intensas.
Como conviver com bipolar
O transtorno bipolar é de difícil convivência tanto para o paciente quanto para seus familiares e amigos. Para que haja uma harmonia entre os envolvidos, é importante que o paciente se comprometa ao tratamento e tomar os medicamentos na hora certa, manter uma rotina na vida do paciente baseada em exercícios, alimentação e sono saldáveis e se abstenha de álcool e outras substancias.
É importante que a família e pessoas próximas saibam que por muitas vezes, a doença falará mais alto que o portador, sendo necessário paciência e compreensão durante as crises. O apoio da família é fundamental, para dar além do apoio e fazer a pessoa sentir-se bem, o apoiar e lembra-lo das suas medicações.
É importante que haja uma comunicação mutua entre paciente e familiares, para que a cada episodio possam se comunicarem e se ajudarem a melhor forma perante a crise. As pessoas ao redor também não devem exigir demais e nem proteja em demasia o paciente, pois exigir demais pode gerar estresse e a proteção excessiva pode fazer com que o paciente se acomode e não saia da “zona de conforto”, agravando a situação.
Conclusão
Conclui-se que, embora seja uma das doenças mentais mais graves, os pacientes portadores de transtorno bipolar podem viver uma vida longa normalmente, desde que realizem seus tratamentos psicoterapêutico e medicamentoso com sabedoria, que se conheçam e saibam distinguir seus momentos de crise e manter a calma. Além de tudo, é de suma importância a presença e boa comunicação dos familiares para dar apoio e suporte nas dificuldades do dia a dia.
Esses paciente devem sempre ser assistidos com cautela e verificado seus estados de crise, para levar em consideração a intervenção médica e até mesmo internação para que seja evitado consequências mais graves como automutilação e suicídio.
...