O filme “A Pequena Sereia” da Disney
Por: Andressadal • 27/10/2023 • Abstract • 359 Palavras (2 Páginas) • 58 Visualizações
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NOME: Andressa Dalpiaz
O filme “A Pequena Sereia” da Disney, embora seja uma história de conto de fadas, apresenta uma questão de conflito ético central que pode ser analisada à luz dos conceitos de Maria Rita Kehl. A principal questão ética na história envolve a busca de Ariel, a sereia protagonista, por uma transformação física para se tornar humana e conquistar o amor de um príncipe. Essa busca levanta questões éticas relacionadas à identidade, aceitação de si mesma e a mensagem que o filme transmite sobre conformidade com padrões de beleza e desejo de agradar os outros.
Maria Rita Kehl enfoca a importância da autenticidade e da autoaceitação em seu trabalho. Ela argumenta que a busca pelo desejo do outro pode levar a conflitos éticos internos e à negação de nossa própria identidade. No caso de Ariel, sua decisão de trocar sua voz por pernas é uma metáfora para a renúncia à sua própria identidade, incluindo sua capacidade de se comunicar, em troca de uma chance de conquistar o príncipe.
A história de Ariel também reflete o conceito de “mal-estar na cultura” de Sigmund Freud, que Kehl aborda em sua obra. Ariel sente-se desconfortável em sua cultura e busca uma transformação radical para se encaixar em um mundo diferente. Esse conflito ético entre conformidade e autenticidade é algo que Kehl discute.
Além disso, Kehl nos lembra a importância de considerar o papel das estruturas sociais na formação de nossos desejos e identidades. No caso de Ariel, a sociedade humana é tratada como desejável e superior, enquanto a cultura das sereias é mostrada como limitada e restritiva. Isso levanta questões éticas sobre a influência da sociedade na formação de nossos desejos e valores, bem como a importância de resistir a pressões externas que possam nos levar a negar nossa verdadeira essência.
A busca de Ariel pela transformação e conformidade com os desejos do outro nos faz refletir sobre questões de autenticidade, identidade e as pressões sociais que podem levar a conflitos éticos. A mensagem do filme sobre a importância de aceitar a si mesmo e resistir à negação de nossa própria identidade ressoa com os ensinamentos de Kehl sobre a psicanálise e a ética pessoal.
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