OFICINAS TERAPÊUTICAS COMO ESTRATÉGIA DE PROMOÇÃO DE SAÚDE MENTAL PARA IDOSOS EM INSTITUIÇÃO DE LONGA PERMANÊNCIA
Por: brunowagner • 6/2/2020 • Trabalho acadêmico • 2.655 Palavras (11 Páginas) • 300 Visualizações
UNIVERSIDADE FEDERAL DE SÃO JOÃO DEL-REI
CURSO DE ESPECIALIZAÇÃO EM GESTÃO EM SAÚDE
Bruno Wagner Lucas
OFICINAS TERAPÊUTICAS COMO ESTRATÉGIA DE PROMOÇÃO DE SAÚDE MENTAL PARA IDOSOS EM INSTITUIÇÃO DE LONGA PERMANÊNCIA NO MUNICÍPIO DE IPATINGA-MG.
Timóteo
2019
Bruno Wagner Lucas
OFICINAS TERAPÊUTICAS COMO ESTRATÉGIA DE PROMOÇÃO DE SAÚDE MENTAL PARA IDOSOS EM INSTITUIÇÃO DE LONGA PERMANÊNCIA NO MUNICÍPIO DE IPATINGA-MG.
[pic 1]
Timóteo
2019
SUMÁRIO
1. TITULO 4
2. PROBLEMA E JUSTIFICATIVA. 4
2.1 Problema 4
2.2 Justificativa 5
3. OBJETIVO GERAL 7
3.1 Objetivos Específicos 7
4. CAMINHO METODOLÓGICO 7
4.1 Local das Intervenções 7
4.2 Participantes 7
4.3 Coleta de Dados 8
5. Ações Desenvolvidas e Resultados alcançados 8
5.1 Papoterapia 8
5.2 Oficinas psicopedagógicas 8
5.3 Oficinas Artesanais 9
5.4 Participação Social 10
6. Avaliação e análise de dados 10
7. Considerações finais 10
8. CRONOGRAMA 11
9. ORÇAMENTO FINANCEIRO 11
REFERÊNCIAS 13
ANEXO 15
1. TITULO
Oficinas terapêuticas como estratégia de promoção de Saúde Mental para idosos em uma instituição de longa permanência no município de Ipatinga-MG.
2. PROBLEMA E JUSTIFICATIVA.
2.1 Problema
O presente trabalho buscou relacionar o efeito das oficinas terapêuticas e ocupacionais na qualidade de vida de idosos institucionalizados. Estudos apontam que de 1985 a 2060 o número de idosos institucionalizados no Brasil aumentará de 1,3 para 4,5 milhões, sendo que grande parte será de idosos dependentes (CAMARANO, 2002; MURAKAMI; SCATTOLIN, 2010). Sabe-se que no Brasil o envelhecimento se dá de forma rápida e intensa, e que, segundo o IBGE, para 2020, estima-se que cheguemos à 28,3 milhões de idosos, representando 14% da população brasileira, sendo que no município de Ipatinga os idosos já representam aproximadamente 9,5% da população.
Tal contexto demográfico reforça a função social do acolhimento institucional fora das famílias, nas denominadas Instituições de Longa Permanência para Idosos. No entanto, tais instituições têm encontrado grandes desafios em oferecer a esses idosos o cuidado integral, ou seja, o cuidado em suas dimensões física, psicológica e social, o que impacta diretamente na qualidade de vida, uma vez que se observa no cotidiano desses idosos, uma inatividade ou ausência de propostas terapêuticas que rompam com a apatia e a inércia entre os residentes destes espaços institucionais. (CARDOSO; FREITAS; TIRADO, 2002)
Portanto, o desafio do envelhecimento populacional aliado à redução da capacidade física e psicológica dos idosos nas “instituições asilares” fazem com que esses serviços de acolhimento deixem de fazer parte unicamente da rede de assistência social e integrem a rede de assistência à saúde. A função híbrida dessas instituições, de natureza médico-social, implica numa visão sistêmica e integral sobre a vida de idosos abrigados em Instituições de Longa Permanência para Idosos (ILPI), terminologia essa, adotada pela Sociedade Brasileira de Geriatria e Gerontologia (SBGG) para romper com o paradigma estritamente socioassistencial desse serviço de acolhimento. (MALEIRO, 2016, p.98)
Segundo o Ministério da Saúde (2014) este alarmante fenômeno demográfico, trouxe mudanças no perfil epidemiológico em todo país, impactando significativamente no Sistema de Saúde e as demais políticas públicas, como é o caso dos serviços socioassistenciais de acolhimento institucional para pessoa idosa. Em consequência disso, percebe-se um aumento no número dessas instituições, cujo objetivo é atender a crescente demanda de abandono, negligência, maus tratos, ou quando a família não dispõe de recursos para manutenção do bem estar idoso.
Mas, o quê fazer com esses idosos depois de admitidos nessas instituições? Uma resolução governamental, a RDC nº 283 de 2005, regulamenta as atividades que tais instituições precisam desenvolver, com destaque para a promoção da saúde, da interação social (família e comunidade), de atividades de lazer (físicas, recreativas e culturais) que estimulem a autonomia e a independência dos idosos assistidos. (ANVISA, 2005, p.3)
No entanto, o que se observa é uma escassez de recursos humanos e materiais que dificulta o desenvolvimento de tais atividades, ou, quando se tem uma equipe técnica, a ausência de uma programação sistemática e continuada que promova inclusão e a participação social, a autonomia e a independência dos idosos, o que impacta significativamente na saúde, na sensação de bem estar e na qualidade de vida dos idosos residentes. (SILVA et al, 2016, p.77)
Cardoso, Freitas e Tirado (2016, p.52) afirma que esse estilo de vida do idoso institucionalizado, marcado por limitações que impactam na sua saúde, dentre elas destaca-se: “a monotonia, o isolamento e o desconsolo de uma rotina sem perspectivas”, acabam por reforçar sua dependência, comprometendo seu senso de valor e pertencimento, repercutindo no agravamento de doenças crônicas, degenerativas e psicológicas.
2.2 Justificativa
A Constituição Federal de 1988, por meio da Lei Orgânica da Saúde (8.080 de 1990) e da Lei Orgânica da Assistência Social (8.742 de 1993) estabelecem o direito universal e integral à Saúde e à Assistência Social. Tais políticas públicas têm o objetivo de assegurar atenção à população por meio da proteção social e garantia de direito à saúde e à qualidade de vida. (FERNANDES; SOARES, 2012)
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