OS ASPECTOS MÉDICOS : MENINGITE
Por: Thaaap • 13/11/2017 • Trabalho acadêmico • 1.550 Palavras (7 Páginas) • 268 Visualizações
INTRODUÇÃO
O presente trabalho irá abordar o tema meningite em todos seus aspectos. Meningite é a inflamação das meninges, a mesma é causada por diversos microrganismos patogênicos, como bactérias, vírus e fungos. Dentre as infecções do SCN, essa é a que apresenta a maior taxa de mortalidade, pois pode ser contraída por pessoas de todas as idades, contudo as crianças menores de 5 anos são mais vulneráveis.
Devido á meningite infecciosa está em um grupo de notificação compulsória, por sua capacidade de produzir surtos, e exigem também uma vigilância epidemiológica ativa para propor ações preventivas e corretivas. O bom prognóstico da doença está baseado em diagnóstico e tratamento precoce, no conhecimento da doença, da etiologia e de técnicas desenvolvidas de análise são decisivos. Medidas como uso de vacinas e quimioprofilaxia são importantes ferramentas no controle desta doença, e de suas sequelas.
2 ASPECTOS MÉDICOS: MENINGITE
2.1 – Conceito
As membranas que envolvem o encéfalo e a medula espinhal são denominadas meninges e são formadas por três camadas: dura-máter, aracnóide e pia-mater, apresentadas nas figuras 1 e 2. O líquido cefalorraquidiano (LCR) ou líquor circula no espaço entre a aracnóide e a pia-máter (Rubin, 2006).
A meningite é um processo inflamatório da aracnóide, da pia-máter e do LCR, estendendo-se pelo espaço subaracnóide do cérebro e da medula espinhal. Este processo inflamatório acontece quando uma bactéria ou vírus vence as defesas do organismo e se aninha nas meninges. Uma vez instalado, o processo infeccioso dissemina-se rapidamentamente pelo LCR (Burton, 2006).
A meningite pode ser causada por fungos, vírus, parasitas e bactérias e caracteriza-se por febre, cefaleia, náuseas, vômitos, sinais de irritação meníngea e alterações do LCR (líquido céfalorraquidiano), além de outras manifestações dependentes do tipo de meningite, (Jawetz, 2014).
Figura 1: Estrutura do sistema nervoso e LCR
(Fonte: GEOCITIES, 2007)
Figura 2: Meninge
(Fonte: DRAUZIOVARELLA, 2007)
2.2 Etiologia
A meningite bacteriana é causada pelas bactérias Streptococcus pneumoniae, Haemophilus influenzae ou Neisseria mengitidis. O meningococo, (Neisseria mengitidis) é o tipo mais comum de meningite em crianças e adultos. O modo de transmissão é por secreção respiratória, porém a grande maioria dos infectados não desenvolvem a doença, pois a bactéria não entra no sistema circulatório, ela se aloja na nasofaringe e depois é eliminada pelo sistema imunológico. Entretanto, pode ser transmitida mesmo que a pessoa não desenvolva a doença.
A meningite viral pode ser causada por um vírus que infecta especialmente as meninges, ou pode ser resultado de uma reação imunológica a um vírus que não infecta especialmente o cérebro, dentre os vários tipos de vírus que causam esse tipo de meningite temos o enterovirus, poliovirus, adenovírus, vírus do sarampo, do herpes e da varicela (Burton, 2006).
A transmissão do Enterovírus (vírus causador da meningite viral), pode ser fecal-oral, oral-oral e respiratória. Os veículos de transmissão mais comuns são os alimentos, bebidas, beijos, contato direto com as fezes do indivíduo contaminado ou até mesmo gotículas respiratórias, que são eliminadas através dá tosse e do espirro.
De acordo com Burton (2006), o tipo mais raro é o da meningite fúngica. A forma mais comum de contágio desse tipo de meningite é através dos fungos CRYPTOCOCCUS e COCCIDIOIDES, que são geralmente encontrados no solo.
A suscetibilidade da doença é universal. As vacinas de meningite disponíveis na rede pública são: pneumocócica 10 valente, meningocócica C conjugada, e pentavalente. Já na rede privada, para crianças, são oferecidas a pneumocócica 13 valente, a meningocócica A, C, W, Y, e a pentavalente. Quem não tem vacina e nem proteção pode adquirir a doença. A distribuição é variada e imprevisível, a meningite é considerada uma doença epidêmica com surtos e epidemias ocasionais que podem acontecer durante todo ano especialmente no inverno por se tratar de uma doença respiratória, quando ocorre a maior circulação desse tipo de vírus.
2.3 Sinais e Sintomas
Conforme Veronesi (1991), os sinais e sintomas da Síndrome de Meningite incluem: febre, alterações funcionais do SNC, rigidez da nuca e vômitos. É possível ter o acréscimo ou ausência de sintomas, portanto, é necessário ficar atento à possibilidade de surgir a meningite diante de qualquer situação em que o paciente apresente febre e cefaleia holocraniana.
Há dois fatores onde os sintomas da meningite diferem: agente etiológico e a idade do paciente. Diferente de alguns germes que costumam colonizar-se, primeiro em focos infecciosos distantes, algumas bactérias apresentam quadros clínicos instalados abruptamente e acompanhados de graves manifestações sistêmicas. Já a idade do paciente, os sinais e sintomas diferem entre os seguintes grupos etários:
a) Recém-nascidos e crianças até um ano de idade;
b) Crianças maiores e adultos;
c) Pacientes idosos;
No grupo dos recém-nascidos e crianças os sinais podem se ausentar porque a caixa craniana pode-se distender devido à presença de suturas cranianas abertas, as quais permitem a expansão do conteúdo endocriano sem causar aumento da sua pressão (Veronesi, 1991).
Por consequência disso, a criança não apresenta tantos sinais; sendo eles: hipertermia (ou hipotermia, nos processos graves), choro ou gemidos, irritabilidade, recusa alimentar, fontanelas abauladas, vômitos e/ou diarreia. Aos menos frequentemente, rigidez de nuca, estado comatoso, convulsões, cianose de extremidades e etc.
Além disso, dependendo da gravidade do processo infeccioso, a criança pode apresentar sinais neurológicos como; certo grau de letargia, sinal de Moro anormal, tremores, olhar fixo, alterações na tonicidade muscular e, mais raramente, sinais de comprometimento dos nervos cranianos, (Veronesi, 1991).
Em crianças maiores
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