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Observações referentes ao Filme “ÍRIS”

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Por:   •  28/11/2013  •  Resenha  •  1.767 Palavras (8 Páginas)  •  1.721 Visualizações

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Observações referentes ao Filme “ÍRIS”

Iris Murdoch (1919 a 1999)

O Filme relata a história da Iris Murdoch (I.M.), a qual desde jovem atuou como escritora, mantendo-se ativa nessa área até cerca de um ano antes de sua morte. Também atuou como palestrante e conferencista pois dominava muito bem a palavra, tanto escrita quanto falada. Considerada uma pessoa de respeito e prestígio pela sociedade em virtude de seu trabalho.

De um momento para outro I.M. começou a perceber que estava tendo lapsos de memória enquanto escrevia em sua residência. Pensamentos e idéias que vinham fáceis a sua mente, durante toda a vida, agora teimavam a falhar, e ela não conseguia concluir suas idéias e descrevê-las em seu livro.

Também apresentou lapsos de memória durante uma palestra, esquecendo parte das coisas que deveria falar, e até mesmo esquecendo o por que havia ido até o local da palestra. Relatou sua angustia em relação aos esquecimentos ao marido, o qual tentou amenizar a situação tentando convencê-la que tudo voltaria ao normal com o tempo se ela continuasse escrevendo.

I.M. muitas vezes repetia as palavras para seu marido sob a incerteza se saber se já havia dito-as antes ou não. Esquecia as coisas com freqüência.

Relatava com frequência que estava tendo dificuldade para organizar seus pensamentos, que tinha ideias que não se encaixavam, esquecia nomes e sentia dificuldade para escrever.

Em alguns momentos falava frases sem nexo e fora do contexto.

Na tentativa de ajudá-la o marido procurou auxílio médico e quando I.M. foi submetida a um teste com figuras, e orientada a nomeá-los , apresentou algumas respostas incorretas, exemplo colher, respondeu coisa de comer; raquete , respondeu coisa de tênis, etc.,

Apresentava desorganização emocional e afetiva intensa, perdendo o controle em eventos como uma simples briga entre dois animais no seu jardim, ou então durante o enterro de sua amiga ..

Esquecia de coisas do presente, como a morte de pessoas conhecidas, mas mantinha lembranças claras do passado, fatos, músicas, pessoas, etc.

Saiu de casa sem rumo, andando só de meia pelas ruas, atravessando ruas e correndo todo tipo de risco num aparente delírio sem apresentar consciência da situação e perigo a que se expôs.

Relatava que sentia-se como se navegasse na escuridão e que essa sensação horas assustava ela, hora não, e que estava vencendo-a, causando a impressão de que em algumas momentos ela estava lúcida e em outros não.

Em alguns momentos perdia a noção de espaço, como na cena que ficou parada em frente a porta sem saber como abri-la, e após aberta por seu marido, perguntou para que lado deveria ir.

Perdia também a noção de tempo, perguntando frequentemente ao marido quando iriam partir, delirando sobre o presente e o futuro, de maneira crescente.

Assustou-se com o carteiro demonstrando medo, como se ele representasse outra pessoa de cunho mais perigoso para ela.

Não conseguia dormir direito, vagando pela casa durante a noite.

Durante uma viagem de carro com o marido sentiu apavorada, como se estivesse vendo algo assustador e numa espécie de delírio abriu a porta do carro e jogou-se para fora com o veículo em movimento.

No decorrer do Filme dói diagnosticada com Alzeimer em situação avançada, internada numa clínica especializada e vindo a falecer em decorrência da gravidade da doença e suas complicações.

Exame da situação mental da paciente I.M.

Consciência: Paciente apresentando oscilação cíclica da consciência com predomínio de um rebaixamento da consciência, com períodos de confusão mental e períodos de delírio. (confusão mental , delírio temporo-espacial e desorientação)

Atenção: Paciente com hiperprosexia e hipervigilância em relação aos seus conteúdos mentais, tempo e espaço.

Orientação: Paciente com desorientação grave alopsíquica (tempo e espaço) e autopsíquica em relação a si própria e a sua situação.

Memória: Paciente com ecmnésia e Amnésia (retógrada) com comprometimento da capacidade de reconhecimento.

Paciente também apresenta afasia fluente, de recepção e sensorial, e parafasia de linguagem.

Diagnóstico: Mal de Alzheimer

A doença mais comum do sistema nervoso central, o mal de Alzheimer, é caracterizado por um declínio progressivo e irreversível da capacidade mental. É também uma doença da memória cujo primeiro sintoma é a incapacidade de memorizar informações novas e, portanto, de recordá-las. O termo ataque hipocampal é usado porque ambos os lados do hipocampo (esquerdo e direito) são afetados. Em seguida, essa incapacidade se estende a outras funções mentais, reduzindo os pacientes a um estado de completa dependência do seu círculo familiar e de amizades. Nesse estágio, emprega-se o termo "demência". Muitos neurônios desaparecem de áreas específicas do cérebro, começando pelo hipocampo, e essa perda é acompanhada por uma redução do suprimento de acetilcolina, um neurotransmissor envolvido no processo de memorização. O tratamento para combater essa redução é muito mais eficaz quando iniciado antes que a doença atinja um estágio avançado.

Em relação ao Filme “Iris” devemos estar atentos aos sintomas para auxiliar no diagnóstico o mais precocemente possível, e desta forma colaborar para amenizar e/ou retardar os sintomas , e proporcionar uma vida mais digna ao paciente e seus familiares pelo maior tempo possível...

Referencias:

IRIS, Filme 2001. Dir.: Richard Eyre. 2001, duração: 90 min, gênero: Dramas. Legendado Port.

Mal de Alzheimer, Mal de Parkinson e outras doenças causam perda da memória. Disponível em http://www.selecoes.com.br/alzheimer-parkinson-e-perda-da-memoria#sthash.L1F0BAjW.dpuf.

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