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Orientação Profissional

Por:   •  24/5/2018  •  Trabalho acadêmico  •  1.948 Palavras (8 Páginas)  •  189 Visualizações

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ORIENTAÇÃO PROFISSIONAL

Jovens: Final do Ensino Médio/Cursinho

São Paulo
2015

Participante: Sexo Feminino, 17 anos, estudou em escola particular da cidade de Osasco, pais separados, terminou o ensino médio em dezembro de 2014. Quer ser Psicóloga Hospitalar.

Entrevista sobre a trajetória profissional

1. Fale um pouco sobre o que mais te marcou durante o ensino médio, quais eram suas matérias e professores preferidos, teve alguma figura marcante nesse período?

O ensino médio do Sabin é muito pesado então, o que me marcou muito foi a quantidade de matéria extensa e os professores que vivam só falando de vestibular, vestibular e vestibular... Isso foi bem marcante! As minhas matérias preferidas... Eu gostava muito de história, muito assim (absurdamente) e gostava também de literatura, era muito legal também... Literatura, história... Nossa, espera aí... Deixa eu ver.... Biologia, nossa! Biologia eu era apaixonada... Ah! O professor que eu gostei muito, na verdade tiveram dois que eram muito bons e ensinavam muito além do que estava escrito no livro, que foi meu professor de história Odinei, e meu professor de química orgânica do terceiro ano, o Ademar. Ele foi um aprendizado de vida...

2. Você considera que a escola tenha tido influência na sua escolha profissional? Por que?

A escola não influenciou muito na minha decisão porque eu tive muito contato com isso quando a minha tia Rose começou a fazer psicopedagogia e eu gostei muito... É muito diferente da psicologia, mas eu tive muito contato com algumas coisas, porque segundo a escola você... Na verdade eles gostam de nome, então eles queriam que você fizesse medicina, engenharia e direito... Se você não escolhesse isso você era descartado, diminuído... No Sabin eram bem assim as coisas.

3. Fale um pouco como era a sua rotina durante o colégio, quais atividades você fazia e como se divertia.

Desde que eu entrei no ensino médio minha rotina era estudar muito, entendeu? No primeiro colegial eu pensei que ia ser como no ensino fundamental, ai eu não estudava, eu pegava cinco recuperações e aí ficava desesperada... Era muito pesado... Então ou eu estudava ou eu estudava, não tinha outra solução. Por exemplo, ano passado minha rotina era: eu ia pro Sabin, ficava no Sabin até as 17h15 estudando por que tinha aula... Eles tem um ‘cursinho’ no terceiro colegial, chegava em casa, jantava e estudava até as 21h e assim foi a minha rotina o ano inteiro. Sábado de manhã eu estudava... O único dia que eu não estudava era domingo e eu gostava muito de ler, era um momento que eu relaxava sabe? Então eu gostava muito de ler e saía com o meu pai também, ia no cinema... Como minha mãe é muito caseira, e quando meu pai viajava para Ribeirão, eu tinha que ficar em casa de qualquer jeito, então eu tinha que fazer alguma coisa legal né? Então eu gostava muito de ler.

4. Conte-nos sobre a sua escolha profissional, você passou por algum processo de Orientação Profissional? O que te levou a escolher Psicologia?

 Não passei por nenhuma orientação profissional. No Sabin eles dão uma orientação profissional com uma psicopedagoga de lá... Dão assim, meio por cima... Não foi com uma psicóloga. Ela fazia algumas perguntas e a gente respondia uns testes e aí dá comunicação, humanas... É bem por cima mesmo. Então o meu deu comunicação e área da saúde... Foi uma coisa assim! Eu achei nada a ver, né porque eu não suporto ver sangue, mas área da saúde não tem só isso. Tem vários profissionais no Sabin e eu podia ir conversar, tanto que foi aí que eu fiz a escolha... Tem muita gente lá que entende dessas coisas, daí eu fui falar com um deles e foi aí que eu decidi, porque eu estava muito em dúvida entre Psicopedagogia, Psicologia e Psiquiatria... Então fui conversando com um deles e fui entendendo mais ou menos como é que são as coisas. Tanto que a nossa coordenadora ficou com a mesma dúvida que eu... Ela estava em dúvida entre Psiquiatria e Psicologia; e ela foi entender que eram coisas totalmente diversas, daí ela foi me explicou e a partir daí que fui me encaminhando.

5. Você já foi em palestras ou curso sobre a sua escolha profissional? Pensa em muda-la?

Eu já fui em palestras sobre a minha escolha, por exemplo sobre Freud, Decartes, mas fazer um curso mesmo eu não fiz. Eu já tenho a minha escolha profissional. Foi como eu falei: eu tive muito contato com a minha tia quando ela estava fazendo psicopedagogia, então eu vi os trabalhos, eu ficava encantada e eu também vi algumas palestras que tinham no Sabin com psicólogos, entendeu? Aí eu fui me apaixonando, entendeu? É... É isso!

6. O que sua família pensa dessa escolha?

Eles riem e falam que eu vou ser pobre, vou virar uma maconheira que já sou meio louca agora e quando entrar na faculdade vai ser pior. Só tem maconheiro e gente louca em psicologia. Que eu vou ser pobre.

7. No seu círculo de amizades mais alguém fez escolheu Psicologia?

2 amigas que querem psicologia, 1 quer biomedicina, outra quer medicina e uma quer arquitetura. A maioria quer engenharia, administração são aqueles que não sabem o que vão fazer da vida e o pai quer que faça faculdade ai entra em administração porque os pais cobram e entram para satisfazer os pais.

8. Você teve algum contato com psicólogo? Já fez Psicoterapia ou conhece que tenha feito?

Tive muito contato com psicólogo por causa da separação dos pais. Minha mãe arrumou namorado muito rápido depois do rompimento (pela percepção dela e do irmão). Meu irmão não aceitava isso ia na psicóloga e eu vou faz há 8 meses porque sou muito ciumenta e meus pais acham que só o psicólogo pode resolver isso, vou numa psicóloga diferente que mexe com chacra e energia, não é aquele psicólogo que você senta e fala. Muitos amigos que fazem psicólogo são aquele de sentar e conversar mas, o meu é exceção.

9. Conte um pouco o porquê da escola de Psicologia Hospitalar especificamente?

Psicologia hospitalar foi uma coisa por eliminação, eu não me imagino em um RH jamais nem paciência para criança, esporte eu não imagino e fui conversando com a coordenadora do meu colégio que perguntou em que eu ia me especializar. Clinicar eu não sei como vai ser. A coordenadora perguntou e psicologia hospitalar? Eu fui pesquisar e vi muitas coisas legais de psicólogos que trabalham com psiquiatra em projeto e manicômios e eu achei legal. Ganhei um livro mas, ainda não comecei a ler, vi documentários, fui me aprofundando e me apaixonei. Psicologia hospitalar é um desafio, o que você vai fazer com a pessoa é um fato que não pode mudar, não é como alguém que chega no consultório e reclama do marido bêbado. Na psicologia hospitalar a pessoa vai morrer e eu penso muito como você vai tratar isso.

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