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Os Diários de Campo Estágio Supervisionado em Psicopatologia

Por:   •  18/5/2022  •  Trabalho acadêmico  •  2.344 Palavras (10 Páginas)  •  387 Visualizações

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CENTRO UNIVERSITÁRIO JORGE AMADO

CURSO: PSICOLOGIA

6° SEMESTRE – MATUTINO

ESTÁGIO SUPERVISIONADO BÁSICO EM PSICOPATOLOGIA

Difran Melo França

DIÁRIOS DE CAMPO:

Observações realizadas na clínica-escola entre os meses de março e maio de 2022.

Salvador - Bahia

2022.1

Difran Melo França

DIÁRIOS DE CAMPO:

Observações realizadas na clínica-escola entre os meses de março e maio de 2022.

Este trabalho faz parte do processo avaliativo da matéria Estágio Supervisionado Básico em Psicopatologia, sob a orientação do docente Jaílson Brandão. Sendo parte curricular do 6º semestre do curso de Psicologia do Centro Universitário Jorge Amado (UNIJORGE).  

Salvador-Bahia

2022.1

COMENTÁRIOS GERAIS

Este trabalho é parte do processo avaliativo da disciplina de Estágio Supervisionado Básico em Psicopatologia, sob a orientação do docente Jaílson Braga Brandão (CRP 03/02125), como parte da prática a observação e registro dos diários de campo. É de responsabilidade do estagiário em estágio básico, (i) observar as triagens destacando os aspectos da clínica psicológica; (ii) postar-se de forma profissional respeitando as diretrizes específicas do curso de Psicologia; (iii) analisar de forma descritiva a queixa inicial do cliente, e (iv) discutir os casos com o professor orientador responsável.

Por meio da prática, o aluno pode assumir o posicionamento de analista qualitativo considerando os demais elementos não explícitos por meio da fala do cliente, e que são de extrema relevância durante a elaboração do diário de campo. Para Demo[1] (2012), por exemplo:

“O analista qualitativo observa tudo, o que é ou não dito: os gestos, o olhar, o balanço, o meneio do corpo, o vaivém das mãos, a cara de quem fala ou deixe de falar, porque tudo pode estar imbuído de sentido e expressar mais do que a própria fala, pois a comunicação humana é feita de sutilezas, não de grosserias. Por isso, é impossível reduzir o entrevistado a objeto”

(DEMO, 2012, p. 33)

Além de proporcionar um contato mais direto com as demandas dos clientes, valendo-se do referencial teórico trabalhado em sala de aula. Isso garante ao estudante a oportunidade de construir um domínio amplo de seus conhecimentos e a capacidade de utilizá-los em variados contextos a partir da investigação e da análise.

DIÁRIOS DE CAMPO

É evidente a preocupação com a formação dos profissionais da saúde mental, desde a prática da observação, das anotações, a produção dos diários de campo e os relatórios finais. Neste sentido, o diário de campo apresenta-se para o futuro profissional o registro das atividades que permitirá uma reflexão de suas práticas.

DIÁRIOS DE CAMPO 1

DADOS DE IDENTIFICAÇÃO

Realizado: Clínica-escola do Centro Universitário Jorge Amado (UNIJORGE).

Data da observação: 18/03/2022.

Observações realizadas: 02.

Horas realizadas: 10h até 12h43m.

Professor Orientador: Jaílson Braga Brandão – Psicólogo - CRP 03/02125 

RELATO DE CAMPO

Cheguei à clínica-escola do Centro Universitário Jorge Amado (UNIJORGE) com meia hora de antecedência, como orientado pelo professor Jaílson Brandão na aula anterior a prática. Realizei a retirada do meu crachá – documento indispensável a todos os alunos para que possam circular pelas dependências da clínica.

Ao sermos direcionados a Sala de Espelhos (espaço destinado aos alunos de Psicologia para observação dos atendimentos clínicos), o professor Jaílson Brandão reforçou algumas orientações primordiais, pontuando questões sobre confidencialidade, privacidade, sigilo, ética e a postura de um profissional, e passou algumas informações sobre o primeiro paciente, indicando pontos indispensáveis a serem considerados durante a observação:

  1. Queixa inicial;
  2. História da queixa;
  3. Histórico familiar;
  4.  Sinais;
  5. Sintomas.

 A primeira triagem ocorreu 18 de março de 2022 às 10h13m e finalizada às 11h02m, conduzida pelo professor Jaílson Brandão por meio de uma entrevista semiestruturada.

Fomos orientados pelo professor a não transcrever nenhuma fala do paciente. Manteve-se o foco apenas na análise descritiva da queixa.  

 

ANÁLISE DESCRITIVA DA QUEIXA – Observação 1

Cliente: Homem, 26 anos.

Encaminhado: psiquiatra indicou a necessidade de psicoterapia.

  1. Queixa Inicial: Ansiedade, angústia e sente-se muito inquieto.
  2. História da queixa: Procurou a clínica-escola após recomendação de seu psiquiatra para que pudesse iniciar um processo psicoterapêutico, pois apresentou ter fantasias de cunho sexual com figuras religiosas, como Jesus Cristo, que se recorda ter iniciado durante o Ensino Médio. Força-se a ter relações sexuais com mulheres, embora não sinta prazer. Tem vergonha e nojo dos seus pensamentos devido ao conteúdo sexual, e medo que sua mãe tenha acesso a esses conteúdos. Recentemente, apresentou comportamento descontrolado em uma entrevista de emprego, alegando que a entrevistadora tinha um olhar de julgamento.  
  3. Histórico familiar: Mora com a mãe. Não conhece o pai. Tem receio que a mãe descubra os seus pensamentos incestuosos. Família marcada por forte aspecto religioso.
  4. Sinais: Identidade de gênero conflitante; apresenta comportamento generalizado.
  5. Sintomas: pensamentos persecutórios, preocupa-se com o julgamento dos outros, pediu aconselhamento sobre como se comportar em uma entrevista de emprego.  
  6. Observações do triador: cliente com inúmeras questões psicopatológicas; não pode passar por tratamento insight.

ANÁLISE DESCRITIVA DA QUEIXA – Observação 2

Cliente: Homem, 37 anos.

Encaminhado: decidiu procurar o serviço de psicologia por conta própria.

  1. Queixa Inicial: Disfunção sexual precoce; preocupação com os medicamentos para controle da ejaculação, pois sentiu-se mal ao tomá-los.
  2. História da queixa: Tem ejaculação precoce desde a adolescência; epilepsia durante a infância; depressão na adolescência; por um período (não informado o tempo exato) durante a adolescência, realizava apenas uma refeição por dia.
  3. Histórico familiar: Quando criança ajudava nos serviços domésticos e a cuidar dos cinco irmãos de pais biológicos diferentes. Encontra-se em seu segundo casamento que, segundo ele, ao contrário do primeiro marcado por acentuadas divergências (“escândalos”, de acordo com o cliente), “agradece a Deus”.
  4. Sinais: abaixa o tom de voz quando falava sobre sua disfunção sexual; alta tensão visível.
  5. Sintomas: Ejaculação precoce; insegurança; não consegue controlar a ereção e o orgasmo quando tocado por uma mulher. Não consegue relaxar ao pensar na filha. Relatou intensa preocupação com a filha.
  6. Observações do triador: Atualmente trabalha como segurança de banco, uma função que requer constante sinal de alerta, e pode desencadear estresse. O cliente prefere ser atendido por homens.

 

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