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Os Elementos para uma psicologia no pensamento Soren Kierkegaard

Por:   •  8/8/2018  •  Resenha  •  898 Palavras (4 Páginas)  •  431 Visualizações

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O artigo “Elementos para uma psicologia no pensamento Soren Kierkegaard”, tem como autores Marcos Ricardo Janzen e Adriano Holanda, trazem diversas referencias para enriquecer o seu trabalho. Eles trazem em seu texto o existencialismo vivido de Soren Kierkgaard, apontando algumas questões importantes para a psicologia, além disso, relatam um pouco sobre a biografia de Kierkegaard, para que assim, tenha-se um melhor envolvimento do leitor com a obra, pois ele quer fornecer possíveis relações com a psicologia e o fazer psicológico.

O foi postado na Revista Estudo de Pesquisa de Psicologia, em 2012, teve acompanhamento do processo a senhora Ana Maria Lopes Calvo Feijoo, num processo que durou em média três meses para aprovação, e este artigo você encontra da página 572 á 596, totalizando 25 páginas.  Em sua estrutura podemos encontrar resumo da obra, introdução, que faz do desenvolvimento ser dividido em nove títulos, o qual pode citar alguns deles como: “A Angustia”; “O Desespero”; “Os Estágios”; entre outros, além das considerações finais e referências.

A obra inicia falando sobre a biografia de Soren Kierkgaard (1813-1855), que tem seu estilo marcado por usar metáforas e sarcasmo, além de trabalhar com diferentes temas existenciais, como: a fé, o amor, a angustia entre outros. Toda a sua obra é relacionada ao cristianismo, no qual ele acreditava em uma razão universal, onde defendia que deveríamos ir à nossa totalidade, depois à totalidade da espécie humana para depois chegar à ideia absoluta e compreender algo. Além disso, Kierkgaard diz que a verdade esta na subjetividade e que o homem é espirito.

A principal contribuição que Kierkgaard trouxe para a psicologia é uma leitura da subjetividade, que nos faz permitir discutir o sujeito da psicologia. Nessa contribuição, ele divide a verdade em duas, uma verdade objetiva que propõe uma verdade cientifica, além de ter ideias e fatos acerca do objeto; e a verdade subjetiva que depende de um existente individual e que escolhe uma filosofia de vida, é nela que se sente a verdade, se acredita numa verdade e se escolhe uma verdade. Pode-se citar também a objetividade que é uma questão de definições de pensamentos, subjetividade de interioridade.

Um dos temos tratados no artigo é a angustia e o desespero. A angústia significa dúvida, não vontade ou falta de coragem para experienciar autoconhecimento existencial. Pela falta de um projeto básico para a sua existência e pela ausência de uma essência definidora de si, para Kierkgaard, a angustia remete a um abismo irreconciliável entre o finito e o infinito. Para ele a angustia também é a realidade da liberdade como puro possível. Em relação ao desespero para Kierkgaard se caracteriza em querermos ou não, sermos nós mesmos e ai reside o caráter paradoxal da existência. O desespero é uma condição universal.

Como falado acima, sobre o abismo irreconciliável entre o finito e o infinito. Podemos dizer que o finito é algo concreto, pois delimita a existência, já o infinito é algo ideal, pois ele a-limita o homem, abrindo-o para todas as possibilidades. O eu não é somente finito, ele também é infinito, podendo escolher uma infinidade de caminhos a seguir.

Kierkgaard relata sobre os três estágios, que para ele cada estagio é como um funcionamento do individuo. Eles podem ser entendidos também como pontos de vista diferentes, pois cada desses estágios é uma forma de existir. Os estágios são denominados como: Estagio estético, que o prazer é o alvo da vida e que ele não é para vencer a angustia, mas sim, para vencer o tedio; Estagio ético, que caracteriza pela responsabilidade e pelo dever onde o casamento é visto como uma obrigação e; Estagio religioso que se caracteriza por uma profunda relação com Deus, é algo que faça sentido diante da finitude da vida. Contudo, enquanto o estético vive no momento e o ético vive no tempo, o religioso vive com sua atenção voltada para o eterno.

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