Os Intocáveis
Por: Eduardo Oliveira • 28/4/2021 • Resenha • 718 Palavras (3 Páginas) • 490 Visualizações
O cuidador e o paciente: resenha crítica do filme intocáveis
O filme “intocáveis” conta uma história baseada em fatos reais de um deficiente físico tetraplégico (Philippe) e seu cuidador (Driss). No filme, Philippe está em busca de alguém para lhe ajudar nas tarefas que não é capaz de realizar, como se alimentar, e também para realizar sessões de fisioterapia, um cuidador. Ele entrevista vários candidatos ao cargo os quais são qualificados para o trabalho porem faziam Philippe se sentir mal pois não possuíam a humanidade ou empatia que ele queria e que é necessária para cuidar de alguém de forma que faça essa pessoa não se sentir como uma criança em uma creche. Quando ele então conheceu Driss, que não possuía devida qualificação e que só procurava uma forma de conseguir aumentar sua renda, Philippe decidiu fazer um teste com o mesmo pois Driss não o tratava como uma pessoa debilitada que precisava de sua ajuda, mas sim como alguém igual a todos então os dois, além do trabalho, se tornaram amigos bastante íntimos.
A tetraplegia é quando o indivíduo fica impossibilitado de fazer movimentos com os braços e as pernas o que geralmente é provocada por lesões da medula espinal na altura da coluna cervical, pacientes que possuem a tetraplegia possuem mais dificuldade em suas vidas o que os fazem precisar do auxílio de um cuidador ou uma cuidadora na maioria das vezes.
A presença de múltiplas limitações funcionais nas pessoas pode representar o desencadeamento de diferentes graus de dependência e influenciar sobremaneira atividades da vida diária e o próprio autocuidado, devendo seu cuidado ser assumido pelo cuidador domiciliar. Nesse sentido, a capacidade funcional tem sido considerada um indicador do processo/programa de reabilitação de pessoas com seqüelas de lesão medular em nível cervical, ou tetraplégicas. (MACHADO; SCRAMIN, 2009, p.189-97).
Boff (2004, p. 190) dizia em seu ponto de vista filosófico que a essencia da vida é o cuidado e ele permite a “revolução da ternura ao priorizar o social sobre o individual e ao orientar o desenvolvimento para a melhoria da qualidade de vida dos humanos e de outros organismos vivos. O cuidado faz surgir o ser humano complexo, sensível, solidário, cordial, e conectado com tudo e com todos no universo”.
Para que o trabalho de um cuidador seja de fato algo bom para o paciente é necessário que o profissional tenha empatia sobre o mesmo e que saiba que não está apenas ali para cuidar do paciente como se fosse um robô sem sentimentos e como se o paciente nem de fato estivesse ali, o paciente deve ser tratado de forma como todos devem, por isso o cuidador do filme que nem de fato era cuidador conseguiu fazer o trabalho tão bem, ele não se importava se o paciente era tetraplégico, ele sabia que era uma pessoa e que devia o tratar como o que ele de fato é, além do mais, um paciente também chora, dá risada, tem vontade de viver a vida, mesmo que com algumas interferências. A humanidade deve existir para todos, o profissional deve proporcionar ao seus pacientes bem estar.
O paciente que necessita de um cuidador, no caso da tetraplegia ou doenças degenerativas ou qualquer doença, deformidades ou disfunções e impossibilidade de movimentar alguma parte de seu corpo necessita de procedimentos
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