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Os Quatro Conceitos Fundamentais da Psicanálise: Pulsão, inconsciente, repetição e transferência

Por:   •  4/11/2018  •  Resenha  •  853 Palavras (4 Páginas)  •  731 Visualizações

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Os quatro conceitos fundamentais da psicanálise: pulsão, inconsciente, repetição e transferência

A psicanálise por ser uma prática constituída pela linguagem, carrega a marca da multivocidade e do equívoco (o que se diz nunca é aquilo que se quer dizer, o que se escuta não é, absolutamente, aquilo que se enunciou.

Definição inconsciente: lugar psíquico ideal, virtual onde se situam as causas que produzem efeitos de desconhecimento e surpresa no campo da consciência.

Formações do insconsciente; sintomas, sonhos, sistes, lapsos, atos falhos.

Recalcamento: processo exercido pelo Ego, que consiste em afastar uma representação penosa, mantendo-a à distância e fixando-a. O objeto do recalcamento é a representação da pulsão. Caso essa representação chegasse à consciência, causaria um desprazer. O recalque opera separando o afeto da representação (representante ideativo da pulsão). Esta se torna inconsciente e é fixada.

Pulsão: elemento representacional de um afeto, este sofre de deslocamento, transformação no contrário e etc. Mas não um recalque.

Há dois tipos diferentes de representação: da coisa (visual) e da palavra (acústica). No consciente essas duas representações estão ligadas (essa consiste de uma catexia), o inconsciente é composto apenas da visual.

A constituição do inconsciente ocorre a partir do primeiro recalque que abre espaço para outros. Que consiste na primeira negação de um representante da pulsão ao consciente, estabelecendo então uma fixação no inconsciente. Por si só essas fixações não significam nada, porém suas combinações produzem um sentido, significado.

Há dois princípios que regem o inconsciente: o sistema ligado ao princípio de Prazer-desprazer, onde o desejo recalcado se caracteriza por ser sexual e infantil e se realiza catexizando representações ligadas à satisfação, e não na satisfação por si só. E o outro princípio refere-se ao caráter conservador das pulsões: compulsão da repetição. Trata-se da repetição de um fracasso, onde o sujeito se encontra com uma experiencia de dor, de sofrimento, que ultrapassa o princípio do prazer. A repetição está ligada ao lado da coisa, do inconsciente. São marcas inassimiláveis para o sujeito, que não se ligam a cadeia dos significantes inconscientes. É um resto que não está integrado e está destinado a insistir repetindo-se, buscando uma simbolização para poder se articular na cadeia de representações.

Traumático, então, é tudo aquilo que escapou ao processo de inscrição simbólica, que desequilibra o sujeito, deixando-o não apenas impossibilitado de assimilar o trauma, mas também condenado a repetir a experiência de sofrimento. E é pela transferência que se encontrar uma via para parar a repetição. O inconsciente é a inscrição de um sistema de signo carentes de sentido (representações), das suas articulações surgirão efeitos de significação.

Em Lacan, devemos pensar em dois pares de significantes: s1 e s2. S1 é o representante do sujeito na sua diferença, o que o torna único e singular (nome próprio, sexo, etc.). S2 representa o conjunto de significantes da cadeia que apagam e alienam o sujeito representado por S1.

O sujeito, para Lacan, é designado como aquele que é feito da relação entre significantes, fazendo coincidir sua origem com o acesso a linguagem. Há, também, o sujeito psicológico, que é aquele que sede de afetos, vivências e sentimentos, aquele que sabe a respeito de si, é causador de sentidos e significações. Já o sujeito do inconsciente, é efeito da relação entre significantes e se expressa na descontinuidade, aparece na consciência como um desconhecimento. Trata-se de uma irrupção surpreendente e sem sentido que deixa a consciência marcada por uma descontinuidade radical. Lacan a chama de “pulsão temporal”, na abertura onde o efeito insconsciente se mostra (sonhos, sintomas), há um fechamento. Assim, não há o que está debaixo da consciência, mas somente a fugacidade da abertura e do fechamento na superfície da fala, onde o Sujeito do Inconsciente de expressa. A fala que interessa na psicanálise é a da palavra que tropeça, ali onde ela se quebra, vacila, ou marca o corpo com um sofrimento. Ali onde o sujeito diz sem saber o que diz, seja sob a forma de um esquecimento, ou de uma palavra em excesso, que se coloca no lugar de uma outra.

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