PERSPECTIVAS TEÓRICAS

O texto lido apresenta diversos estudiosos e seus conceitos acerca da formação psicológica dos indivíduos. Freud conceituou a existência do inconsciente e concluiu que os processos mentais não ocorrem ao acaso, até mesmo os comportamentos mais inusitados tiveram suas razões para acontecerem. Jung descreveu as potencialidades que os indivíduos poderiam desenvolver para chegarem à autorrealização e percebeu que as ações das pessoas podiam se oscilar entre polos opostos. Para Winnicott, desde a infância, a criança já depende de: carinho, amor e atenção dos pais no seu desenvolvimento e amadurecimento, considerou uma necessidade, a criança ser tratada como tal e não como um adulto. Erikson considerou que a influência da sociedade e o meio em que vive são importantes para o amadurecimento físico e psicológico do indivíduo, desde o seu nascimento até a morte. Na visão de Lewin, a fronteira entre a pessoa e o que a rodeia é permeável e a influência recíproca: o ambiente afeta o indivíduo e vice-versa.

O comportamento das pessoas é dirigido por expectativas: as experiências anteriores; as observações e o conhecimento. Enquanto alguns buscam influência do social outros se concentram em sua própria motivação. Para se desenvolver psicologicamente o indivíduo necessita de capacidade e potencialidade em sua autorrealização. Quando o indivíduo é recompensado em seu comportamento de maneira rápida, é o caso do uso das drogas que, traz consequências rápidas. O corpo sofre para que a mente encontre recompensas de natureza secundária.

Os valores são repassados desde a infância, mas nem sempre são aceitos pela sociedade. O indivíduo sabe que as leis existem, mas por mérito próprio tenta burlá-las, sempre buscando benefícios que o satisfaça. Temos os indivíduos que cometem suas ações encorajados por se espelharem em outros indivíduos, como é o caso dos alcoolistas, eles provavelmente são filhos de pessoas alcoolistas.

O texto lido proporciona a visão ampla dos temas que abrangem os comportamentos humanos que se distanciam do que é considerado como socialmente aceito. Conflitos que de uma forma ou de outra acabariam no judiciário, são tratados no texto e o ser humano é apresentado como possível ator e expectador de conflitos e dramas emocionais. Percebe-se que, os indivíduos possuem a opção de se realizarem, sem extrapolarem os limites colocados pela realidade sócio-econômico-cultural.

MANGINI, Rosana Cathya Ragazzoni Mangini; FIORELLI, José Osmir. Psicologia Jurídica, São Paulo: Atlas, 2011.