PERÍODOS DESENVOLVIMENTO O HUMANO DE JEAN PIAGET
Por: Carolina Motta • 16/9/2019 • Relatório de pesquisa • 3.405 Palavras (14 Páginas) • 317 Visualizações
1.0 - INTRODUÇÃO
"As crianças são naturalmente curiosas. Estão sempre querendo entender suas experiências e, nesse processo, constroem sua compreensão do mundo."
PILETTI, N,;ROSSATO, S. M.; ROSSATO G
Diante da curiosidade das crianças Piaget1, através do seu método clínico de combinação da observação e indagação flexível, busca explicar em suas teorias como ocorre a estrutura do pensamento e do desenvolvimento mental do ser humano no campo do pensamento, da linguagem e da afetividade, afirmando que a forma de pensar das crianças são completamente diferentes da lógica dos adultos. Conforme com sua perspectiva, a criança é o ser que mais notoriamente constrói conhecimento.
Jean Piaget ganhou notoriedade como psicólogo infantil, mas não era à criança que sua atenção científica estava voltada; sua preocupação era pela capacidade do conhecimento humano e pelo seu desenvolvimento. E como, na sua visão, a criança é o ser que mais notoriamente constrói conhecimento, suas pesquisas e observações voltaram-se para a construção e aquisição de conhecimento pelos homens na idade infantil e na adolescência.
Biólogo por formação, Piaget voltou totalmente sua atenção à psicologia procurando compreender como se dava a aquisição das estruturas de pensamento e a relação destas com o desenvolvimento psicomotor. Em suas pesquisas estabeleceu quatro estágios de evolução mental de uma criança, em que cada estágio é correspondente a um período no qual o pensamento e comportamento infantil é caracterizado por uma forma específica de conhecimento e raciocínio.
Por sua reconhecida contribuição no entendimento de estruturas de pensamento infantil, encontramos em Piaget o suporte teórico requerido para atender a demanda de observar duas crianças em diferentes etapas de desenvolvimento em cumprimento das exigências da disciplina de estágio básico supervisionado onde pudemos refletir sobre as propostas e possibilidades nos desvinculando definitivamente da visão do censo comum da realidade do desenvolvimento infantil.
1 Nascido a 9 de agosto de 1896 em Neuchâtel Neuenburg e faleceu a 16 de Setembro de 1980 em Genebra
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2.0 - FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
2.1 - DESENVOLVIMENTO HUMANO
A psicologia, ao abraçar-se sobre o desenvolvimento humano, lança mão de diversas teorias, com metodologias, princípio teóricos diferentes, que centram esforços em compreender e explicar como ocorre esse processo, de tal modo que busca decifrar o homem em seus distintos aspectos, na trajetória que percorre, englobando todo percurso da vida, desde o seu nascimento. (...) Teorias que se propuseram a compreender o ser humano, concentrando-se nos aspectos mentais, cognitivos, afetivos, psicossexuais, com relevância na interação ambiente-sujeito, ainda que de maneira distinta2.
A psicologia do desenvolvimento procura responder uma série de questões suscitadas sobre o desdobramento de nossas vidas, sendo convidada a promover o que poderia repercutir num maior ou menor confluência para o desenvolvimento humano, ou seja os fatores que influenciam ou que determinam as mudanças no comportamento do indivíduo ao longo do tempo3.
Ana Mercês Bahia Bock, Odair Furtado e Maria de Lourdes Trassi Teixeira (2008:116), professores da PUC esclarecem o desenvolvimento humano, o qual se refere ao:
(...)desenvolvimento mental e ao crescimento orgânico. O desenvolvimento mental é uma construção contínua, que se caracteriza pelo aparecimento gradativo de estruturas mentais. Elas são formas de organização da atividade mental que se vão aperfeiçoando e solidificando até o momento em que todas, estando plenamente desenvolvidas, caracterizarão um estado de equilíbrio superior quando oas espectos da inteligência, da vida afetiva e das relações sociais.
2 PILETTI,N,;ROSSATO, S. M.;ROSSATO G. Psicologia do Desenvolvimento SP: Contexto, 2014 pág: 37
3 IDEM pág: 22
2.2 - PERÍODOS DO CICLO VITAL
O conceito de períodos do ciclo de vida é uma construção social: um ideal acerca da natureza da realidade aceito pelos integrantes de uma determinada sociedade em uma determinada época com base em percepções ou suposições subjetivas compartilhadas.
Não existe um momento objetivamente definível em que uma criança torna-se um adulto ou em que uma pessoa jovem torna-se velha. As sociedades do mundo inteiro reconhecem diferenças no modo como pessoas de diferentes idades pensam, sentem e agem, mas elas dividem o ciclo de vida de modos diferentes. Nas sociedades industriais, como já mencionamos, o conceito de adolescência como um período de desenvolvimento é muito recente. A meia-idade também não era vista como uma fase separada de vida em outros tempos, quando a vida era mais curta. Tampouco é considerada uma fase separada da vida em algumas sociedades pré-industriais, em que os papéis sociais não mudam apreciavelmente entre a idade adulta e a velhice 4 .
Reconhecemos a sequencia de oito períodos vitais: primeira infância, segunda infância, terceira infância, adolescência, idade adulta inicial, meia-idade e terceira idade. Contudo, pautaremos nossa observação com base nos quatro períodos de Piaget.
2.3 - PERÍODOS DESENVOLVIMENTO O HUMANO DE JEAN PIAGET 5
Este autor divide os períodos do desenvolvimento humano de acordo com o aparecimento de novas qualidades do pensamento, o que, por sua vez, interfere no desenvolvimento global.
1 período: Sensório-motor (0 a 2 anos)
2 período: Pré-operatório (2 a 7 anos)
3 período: Operações concretas (7 a 11 ou 12 anos)
4 período: Operações formais (11 ou 12 anos em diante)
4 PILETTI,N,;ROSSATO, S. M.;ROSSATO G. Psicologia do Desenvolvimento SP: Contexto, 2014 pág: 51
5 BOCK, A. M. B; FURTADO. e TEIXEIRA Psicologias: uma introdução ao Estudo da Psicologia SP: Saraiva, 20034 págs: 101-1071
Segundo Piaget, cada período é caracterizado por aquilo que, de melhor o indivíduo consegue fazer nessas faixas etárias. Todos os indivíduos passam por todas essas fases ou períodos, nessa sequencia, porém o início e o término de cada uma delas dependem das características biológicas do indivíduo e de fatores educacionais, sociais. Portanto, a divisão nessas faixas etárias é uma referência, e não uma norma rígida.
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