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PRE PROJETO MESTRADO

Por:   •  22/6/2017  •  Projeto de pesquisa  •  2.813 Palavras (12 Páginas)  •  2.149 Visualizações

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PROCESSO SELETIVO – MESTRADO EM PSICOLOGIA

        

VIOLÊNCIA E CRIME: UMA PERSPECTIVA PSICOSSOCIAL

CAMPO GRANDE/MS, 2017


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PROCESSO SELETIVO – MESTRADO EM PSICOLOGIA 

VIOLÊNCIA E CRIME: UMA PERSPECTIVA PSICOSSOCIAL

Anteprojeto apresentado ao Programa de Pós-Graduação - Mestrado em Psicologia, para o processo seletivo de 2017, na linha de pesquisa Psicologia e Processos Psicossociais, com a professora Dra. Inara Barbosa Leão.

CAMPO GRANDE/MS, 2017


RESUMO

Este trabalho propõe uma linha de pesquisa sobre a diferenciação entre agressividade, violência e crime no sentido de perceber que a violência diverge da primeira por existir a intenção ou o desejo de causar algum tipo de destruição ou ofensa ao outro numa perspectiva psicossocial. Já o crime, em seu sentido formal, refere-se a um ato ou omissão que infringe uma lei penal incriminadora. As reflexões sobre os fatores endógenos e exógenos e suas relações com o comportamento violento em que se destacam os múltiplos fatores que influenciam na conduta humana. As respectivas ponderações sobre violência nos dias atuais servem em suma para abordar questões como a crise de valores e de sentido que vem marcando a sociedade nessa virada de século e que atinge também as famílias e sua missão de educar os filhos. Além disso, a ânsia e o desejo de logo pertencer a grupos e neles ser reconhecido, em muitos casos, acabam sendo relacionados a determinados comportamentos violentos de jovens e de adultos.

Palavras-chave: psicossocial, violência e crime.

ABSTRACT

This work proposes a line of research on the differentiation between aggression, violence and crime in the sense of perceiving that violence differs from the former because there is the intention or the desire to cause some kind of destruction or offense to the other from a psychosocial perspective.Crime, in its formal sense, refers to an act or omission that violates an incriminating criminal law. Reflections on endogenous and exogenous factors and their relationships with violent behavior in which the multiple factors that influence human behavior are highlighted. The respective considerations on violence in the current day serve in short to address issues such as the crisis of values ​​and meaning that has marked society at the turn of the century and also affects families and their mission to educate children. In addition, the eagerness and desire to soon belong to groups and to be recognized in them, in many cases, end up being related to certain violent behaviors of youths and adults.

Keywords: psychosocial, violence and crime.

        

 INTRODUÇÃO

Na vida cotidiana, fazer ciência implica manter contínuas relações de trocas com os vários campos do saber. Nenhuma área pode ser vista ou desenvolvida de forma isolada, pois os fenômenos são complexos e requerem diversas perspectivas de estudos para a sua compreensão. Muitas vezes, a confluência de diferentes campos do saber podem constituir regiões de conflitos, verdadeiros “campos minados”, em que não se chega a soluções pacíficas devido ao choque entre lógicas distintas. Exemplo disso é o que ocorre entre a lógica do direito e a lógica das ciências.

O direito e sua dogmática utilizam a lógica do “dever ser”: suas prescrições presumem igualdade onde há desigualdade e liberdade de acesso onde o acesso é barrado – ou exige condições, por exemplo. Por outro lado, a lógica da ciência caracteriza-se pelo “ser” ou o “assim as coisas são”: não se esquiva de falar de diferenças, de possibilidades e de impossibilidades, pois prima pela transformação e provisoriedade das certezas. Diferente da dogmática do direito, a verdade da ciência não é absoluta. Ao contrário, a lógica científica defende que a verdade continue não sendo absoluta, mas na ação ideológica presente nas duas esferas e suas intersecções está à resposta.            

Segundo Hoffman (2012), o direito apropria-se do saber científico – ou de parte dele – na medida em que este lhe fornece um conhecimento (ainda que provisório) que corrobora seus dogmas. Com isso, o conhecimento científico confere ao direito uma credibilidade. Portanto, ocorrem aí relações de poder, uma vez que as pessoas e as coalizões investidas de poder elaboram e aplicam as leis valendo-se dos diferentes tipos de saber para assegurar seus privilégios e os dos grupos que representam.

De sua parte, a própria ciência não chega a ser neutra. Quando analisamos ou interpretamos algo, fazemos a partir de nossa visão de mundo, ou seja, de algo que é construído por meio de informações e de experiências originadas nas infinitas interações com os ambientes pelos quais passamos desde que nascemos (BERGER; LUCKMAN, 2004). Portanto, a ação ideológica vem se fazendo presente em nossa forma de pensar, por todo o tempo. Com ela, a construção das escolhas do que consideramos louvável e criticável, o aceitável e o proibido, o certo e o errado, o bom e o ruim, o ideal e o abominável etc.

Dentre às reflexões sobre ideologia e as relações de poder, necessárias para entender o papel da dogmática do direito e dos conhecimentos gerados pela ciência nas relações sociais (FOUCAULT, 2007), estão os fenômenos a que chamamos de violência, que para Philip Zimbardo (2008), importante pesquisador da Universidade de Stanford, nos atos violentos, costuma haver a junção das características psicológicas das pessoas (vítimas e agressores), a situação, destacando a influência de líderes e do próprio grupo a que pertencem às pessoas envolvidas e o sistema, relativo ao contexto político e estratégico em que a violência é praticada. 

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