PROCESSO DE INCLUSÃO NO AMBIENTE ESCOLAR
Trabalho Escolar: PROCESSO DE INCLUSÃO NO AMBIENTE ESCOLAR. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: dudulopes • 8/10/2014 • 2.584 Palavras (11 Páginas) • 620 Visualizações
DIFICULDADES ENCONTRADAS NO PROCESSO DE INCLUSÃO NO AMBIENTE ESCOLAR
RESUMO
O artigo identifica as dificuldades encontradas no ambiente escolar para a inclusão. Aponta paradigmas que precisam ser quebrados para a inclusão escolar, reconhece algumas das ações pedagógicas que possibilitam a efetivação da inclusão de crianças portadoras de necessidades especiais no cotidiano escolar. Os textos usados na sua construção foram: Freitas (2008), Moreno (2009), Guimarães (2003) e Gurgel (2007). Para a efetivação da inclusão nos sistemas educacionais de pessoas com necessidades especiais não basta a promulgação de leis que determinem a criação de cursos de capacitação básica de professores, nem a obrigatoriedade de matrícula nas escolas da rede pública, nem tão somente a melhoria na infraestrutura, ações estas necessárias, urgentes e essenciais, mas não suficientes.
Palavras-Chave: Inclusão. Escola. Pessoas com necessidades especiais.
INTRODUÇÃO
A inclusão de pessoas com necessidades especiais começou a ser discutida em vários âmbitos da sociedade, principalmente a partir de 1994 quando da sua difusão através da declaração de Salamanca, promovida pela UNESCO. Porém, nos dias atuais torna-se indispensável que ela se efetive principalmente nas escolas, visto que incluir é um processo e ele apenas começou na sociedade atual. A educação contribui para a formação dos princípios morais e sociais dos indivíduos, sendo assim as instituições educacionais devem primar pela igualdade e não discriminação, pelo ensino com qualidade para com aqueles que compõe a sociedade.
Esse estudo identifica as dificuldades encontradas no ambiente escolar para a inclusão, aponta paradigmas que precisam ser quebrados para a inclusão escolar, e reconhece algumas das ações pedagógicas que possibilitam a efetivação da inclusão de crianças portadoras de necessidades especiais no cotidiano escolar.
As escolas possuem como dever incentivar e aplicar a inclusão, já que os institutos de educação especial, muitas vezes, possuem um caráter exclusor perante a sociedade, ao isolar pessoas com necessidades especiais dos demais indivíduos, o que leva a uma discriminação desde o inicio da formação social.
Para a elaboração desse trabalho foi realizada uma pesquisa bibliográfica com o objetivo de investigar as dificuldades encontradas perante da inclusão no ambiente escolar. Sendo que este artigo está dividido em três seções. No primeiro é apresentado um breve histórico da educação especial. O segundo traz uma abordagem das dificuldades encontradas perante a inclusão. Já o terceiro dá destaque a de paradigmas necessários para a efetivação da inclusão.
1 HISTÓRICO DA EDUCAÇÃO ESPECIAL
Por muito tempo as pessoas com deficiência estiveram à margem da sociedade, por serem considerados incapazes de adaptar-se a esse contexto. Somente no final dos anos de 1950 e início da década de 1960 é que a inclusão escolar para os alunos com necessidades educacionais especiais e os que apresentavam dificuldades de aprendizagem começaram a fazer parte da política educacional brasileira, oportunidades de serem inclusos legalmente, de acordo com estudos feitos ao longo do tempo. Período em que educadores e pesquisadores se interessaram pelo atendimento educacional dos alunos com necessidades educacionais especiais (MANTOAN, 2005).
A partir desse período as pessoas que viviam segredas pelas estratificações sociais, preconceitos de várias formas de discriminação passaram a ser olhadas principalmente, no que tange a educação, de forma inclusiva, porém muitas foram as dificuldades encontradas nesse processo de inclusão, principalmente para essas pessoas.
Diante das dificuldades essas pessoas necessitaram mobilizar-se e lutar pelos seus interesses e chamar atenção para suas limitações. Com isso foi possível dar início a mudança para inclusão social e educacional das pessoas com necessidades especiais. As escolas tiveram que modificar sua sistemática, os docentes necessitaram tomar consciência do trabalho com aqueles que estavam excluídos e marginalizados, e oportunizar o acesso ao conhecimento formal pelo qual cada um têm direito de receber (MANTOAN, 2005).
A educação escolar deve ser considerada primordial no processo formativo do sujeito, e como qualquer outra não tem um mero efeito de influenciar aqueles que pretendem levar a frente o conhecimento.
Existe na deficiência problemas que serão solucionados à medida que o sujeito estiver sendo apoiado por aqueles que fazem parte de sua vida diária. Motivo pelo qual os alunos com necessidades especiais devem aprender na escola regular aquilo que na escola especial não tiveram oportunidade de apropriarem-se dessas atitudes. Freitas (2008, p. 38) descreve a utilidade da inclusão na sociedade das pessoas com necessidades especiais como:
a inclusão desafia, pois, a mudanças, estimula a flexibilidade das relações, a redistribuição dos recursos para um mais correto aproveitamento, o trabalho em equipe, a colaboração e a cooperação, o envolvimento de toda a escola, dos pais, da comunidade, dos diferentes serviços e dos seus profissionais do sistema educativo.
A inclusão é possível quando aqueles que fazem parte do dia-a-dia na convivência com um aluno especial colaboram com ele e, especialmente, aqueles que estão ajudando na construção da inclusão, para que a escola seja um lugar de aprendizado, havendo, portanto qualidade de vida.
Os responsáveis pela mudança como educadores, pedagogos, psicólogos e legisladores devem estimulá-los dentro do programa de ajuda a inclusão, e colocar a escola juntamente com a família, e a comunidade para garantir essa transformação
Mantoan (2003, p. 32) nos mostra que, no passado as pessoas com deficiências mantinham-se em escolas apropriadas somente para desenvolver habilidades da vida diária que ainda não sabiam realizar sozinhos. A escola não estava preocupada em abrir espaço para a inclusão da diversidade humana, e nem propiciava condições para que o aluno com necessidades especiais tivessem acesso aos conhecimentos do currículo oficial.
Contudo, apesar das dificuldades encontradas por estes alunos em adquirir espaço na escola regular, foi possível através de estudos, discussões e pesquisas científicas demonstrar que realmente esse alunado tinha condições de estarem em sala de aula regular e apropriar-se dos conhecimentos propostos no curriculum oficial. Para Freitas (2008, p. 42) a escola inclusiva “é a que não
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