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PSICODIAGNOSTICO

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Por:   •  21/10/2013  •  Seminário  •  603 Palavras (3 Páginas)  •  463 Visualizações

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O psicodiagnóstico é uma descrição de como o cliente se expressa neste encontro que é sua relação com o profissional e que diz respeito ao seu modo de ser no mundo. No

psicodiagnóstico, o psicólogo descreve o modo de ser no mundo do cliente, a partir de seu encontro com o psicólogo e por meio do encontro. Não se trata de uma descrição fria e objetiva, mas de uma descrição viva da pessoa, “em relação com”. Na medida em que o psicólogo alcança esta compreensão e consegue comunicá-la ao cliente, ultrapassa a compreensão em si e atinge o objetivo da ajuda. Pelo retorno (devolução) numa relação interpessoal em que o nível de ameaça é reduzido, a pessoa se descobre, revela aquilo que estava encoberto (negado ou simbolizado de modo distorcido) e reorganiza, reestrutura sua noção do eu. Percebendo-se de modo diferente, como consequência, passa a agir de modo diferente.

Sobre esse ponto, podemos fazer algumas considerações:

1. O psicólogo alcança uma compreensão do cliente gradativamente, à medida que a

relação interpessoal se desenvolve;

2. O psicodiagnóstico não se encerra no momento em que o psicólogo alcança uma

compreensão do cliente. Quem deve compreender e compreender-se é o cliente. Um

laudo de psicodiagnóstico não tem nenhum valor como peça arquivada na pasta do

cliente. Não se faz psicodiagnóstico para elaborar um laudo, mas para retorná-lo ao

cliente.

3. Não se faz psicodiagnóstico para encaminhar. O encaminhamento pode até ocorrer,

mas o psicodiagnóstico não deve ser visto como uma instância que precede o

atendimento e que vai definir de que tipo de atendimento o cliente precisa. Mudanças

na percepção de si e nos padrões de interação do cliente devem ocorrer. Por isto se

afirma que, embora não se confunda com uma terapia, o psicodiagnóstico tem efeito

terapêutico. No psicodiagnóstico, pretende-se que o cliente recupere sua dimensão de

liberdade, de sujeito que se apropria de suas experiências e as simboliza

corretamente, sem necessidade de defender-se delas, que escolhe, que decide. Por

isto, mesmo quando um encaminhamento é indicado, ele deve passar pela decisão do

cliente.

4. A função do psicólogo no psicodiagnóstico é a de criar um clima propício para que o

cliente possa entrar em contato com sua experiência, abrindo-se para uma percepção

mais completa e congruente de si e, como decorrência, para novas formas de interação. O psicólogo cria um clima propício na medida em que, por suas atitudes de aceitação incondicional, de respeito, de empatia, congruência e consideração positiva pelo cliente, contribui para reduzir a ameaça inerente à situação, facilitando, assim, o processo de descoberta

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