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PSICOLOGIA GENÉTICA – CONTRIBUIÇÃO DAS CONSTRUÇÕES DO CONHECIMENTO PARA O SUJEITO COGNOSCENTE

Por:   •  27/9/2019  •  Projeto de pesquisa  •  4.389 Palavras (18 Páginas)  •  293 Visualizações

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INSTITUTO SUPERIOR POLITÉCNICO DEOLINDA RODRIGUES

DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS DA SAÚDE

CURSO DE PSICOLOGIA

PSICOLOGIA GENÉTICA – CONTRIBUIÇÃO DAS CONSTRUÇÕES DO CONHECIMENTO PARA O SUJEITO COGNOSCENTE

                                                                                                            A Docente

                                                                                                ______________________

                                                                                                   Dra. Conceição António

Luanda / 2019

INSTITUTO SUPERIOR POLITÉCNICO DEOLINDA RODRIGUES

DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS DA SAÚDE

CURSO DE PSICOLOGIA

PSICOLOGIA GENÉTICA – CONTRIBUIÇÃO DAS CONSTRUÇÕES DO CONHECIMENTO PARA O SUJEITO COGNOSCENTE

ALBANO FUTA

FRANCISCA MARISA CRISTINA JOÃO

MAIAMBI JOSÉ

MARIA CIRILO JOAQUIM

Luanda / 2019

ÍNDICE

INTRODUÇÃO        4

FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA        5

1. A psicologia genética de Jean Piaget        5

1.1. Estágios        6

1.2. Construção e desenvolvimento do sujeito cognoscente        8

1.2.1. O papel da acção        11

CONCLUSÃO        14

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS        15

INTRODUÇÃO

Este artigo pretende de maneira necessariamente resumida refletir sobre a Psicologia Genética e as contribuições de Jean Piaget para a construção do conhecimento para o sujeito cognoscente.

Piaget foi um importante teórico do processo do conhecimento humano (epistemologia). A Epistemologia Genética defende que o indivíduo passa por várias etapas de desenvolvimento ao longo da vida.

O conhecimento não pode ser concebido como algo predeterminado pelas estruturas internas do sujeito, nem pelas características do objeto. Todo conhecimento é uma construção, uma interação, contendo um aspecto de elaboração novo.

Piaget procurou explicar o aparecimento de inovações, mudanças e transformações no percurso do desenvolvimento intelectual, assim como dos mecanismos responsáveis por essas transformações. Para tanto ele distinguiu em quatro períodos do desenvolvimento cognitivo, são eles sensório motor, pré-operacional, operacional-concreto e operacional-formal, deixando visível que ele vem a conceber uma criança em constante processo de aprendizagem, construindo-se pelas interações com o objeto, sendo ações construídas sucessivamente e precisam acontecer ao longo da vida da criança.

FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

1. A psicologia genética de Jean Piaget

Jean Piaget teve um desenvolvimento intelectual bastante particular. Sua formação acadêmica foi inicialmente voltada para a biologia. No entanto, depois de certo amadurecimento teórico, voltou suas atenções, gradualmente, para a teoria psicológica, numa tentativa de, refutando os naturalismos empiristas, investigar as bases biológicas do conhecimento, sem se deixar cair num gestaltismo estruturalista (Lopez, 1993).

Tentou, basicamente, reconstruir os modos pelos quais a inteligência humana seria constituída, desde uma perspectiva gerativa de intercâmbio entre suas estruturas esquemáticas e o meio ambiente que a circunda (Montanegro 1998). Esse intuito levou-lhe à observação empírica do comportamento infantil, no sentido da identificação de uma transição das formas mais simples da inteligência até o seu amadurecimento nas estruturas formais da idade adulta.

Piaget contrapõe sua proposta compreensiva da inteligência aos modos mais difundidos do seu tempo, sobretudo ao empirismo que se manifestava na teoria psicológica associacionista (Piaget & Inhelder, 2001).

Segundo aquela concepção, o conhecimento humano seria produto de um esquema estímulo-resposta que poderia ser diagramado da seguinte forma: (E→R). Os esquemas de aprendizado seriam o produto da seriação das experiências, gradativamente modificados pela exposição a um conjunto mais ou menos diverso de estímulos e ‘habitualizado’ a induzir das sensações regularidades como a causalidade e outros tipos de operações que, a rigor, não seriam propriamente formais.

A esse ponto de vista, Piaget opõe um outro que tampouco deveria corresponder também a um formalismo inatista. Em linguagem biológica, não seria nem o fenótipo que determinaria o genótipo, nem o genótipo que determinaria o fenótipo, através de suas estruturas pré-formadas (Piaget 1978).

O gestaltismo, que Piaget denomina inatista, não se sustentaria, pois que a inteligência apresentaria visivelmente esquemas bem diversos quanto à sua complexidade que se desenvolveriam, estruturalmente, no tempo e a depender de certos fatores ambientais, de modo a tornar-se cada vez mais formalizada (Piaget 1978). Se assim não entendêssemos, seriamos obrigados a aceitar a implicação de que as formas biológicas mais elementares já conteriam “os germes das correspondências transfinitas de Cantor”, na ironia de Piaget (Piaget 1978).

Dever-se-ia proceder, em lugar daquelas, a uma interpretação “segundo a qual as estruturas de conhecimento tornam-se necessárias, porém somente ao cabo de seu desenvolvimento, sem o ser desde o início, e sem comportar programação prévia” (Piaget 1978).

Antes de falarmos, portanto, em pré-formas categoriais ou mesmo esquemas do tipo “estímulo-resposta”, deveríamos falar em auto-regulações que, estruturando a ação dos indivíduos desde os modos mais elementares de interação com o mundo, assimilam a realidade, acomodando em seus esquemas, gradativamente, aquilo que não era inicialmente assimilável às suas estruturas, de modo a aumentar complexidade dos equilíbrios próprios de relações estáveis entre sistema cognitivo e meio ambiente.

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