Papel do Psicologo

PAPEL DO PSICÓLOGO NO IMPLANTE COCLEAR

Segundo Pinto (2013) O implante coclear é um dispositivo de reparação auditivo eletrônico computadorizado composto de dois sistemas: 1) um sistema interno que é introduzido cirurgicamente na cóclea (ouvido interno) no qual constam uma antena e um receptor estimulador ligado às fibras remanescentes do nervo auditivo, no intuito de estimulá-las eletricamente; e 2) um sistema externo, visível, composto de um microfone direcional e de um descodificador que transforma os sons recebidos em sinais que serão transmitidos à parte interna responsável pelos sinais recebidos no nervo.

 

Segundo Yamada, Midori Otake, & Bevilacqua, Maria Cecília (2005) O trabalho do psicólogo no implante coclear envolve quatro etapas:

Estudo de caso, neste caso o psicólogo acolhe a pessoa em todo seu “ser”, o paciente e a família são ouvidos para que possam contar com o apoio dos profissionais. Avaliação psicológica, sessões são realizadas com o paciente e a família, com o objetivo a exploração e o conhecimento do mundo interno da pessoa e do sistema familiar, no caso de adultos o psicólogo enfatiza a vivência para que o paciente possa conhecer e compreender sua experiência para ter uma visão global da pessoa desde os aspectos mentais e psicodinâmicos e desta maneira é necessário conhecer a história do paciente e sua experiência com a surdez e a sua expectativa com o implante coclear para isso são utilizadas algumas técnicas como desenho e pintura para favorecer a expressão do sentimento do paciente.

Preparação pré–cirúrgica nesta etapa é fundamental a importância da intervenção com o psicólogo, o atendimento pode ser individual e com a família, o Implante coclear é uma alternativa e a escolha se torna difícil e pode gerar conflitos internos e especialmente quando as expectativas são altas e não condizem coma realidade, no caso das crianças o acompanhamento pré cirúrgico  é dado com a utilização de bonecas e brinquedos relacionados com objetos hospitalares. Pós- cirúrgico, o psicólogo trabalha questões que surgem como a vergonha que o paciente sente por estar com uma parte da cabeça raspada, a sua imagem corporal no relacionamento com o outro, a saída do ambiente natural, ou seja, o afastamento da família e do trabalho, a dinâmica da deficiência auditiva em sua vida e/ou a vivência familiar, preparando o paciente para uma nova etapa, pois neste período o paciente pode ficar perturbado e angustiado, e a intervenção acontece com o paciente e seus familiares que proporciona troca de experiências. O acompanhamento na reabilitação é feito nos atendimentos de retorno, após seis meses do uso do Implante Coclear que investigam as mudanças ocorridas na vida do paciente e dos seus familiares.