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Plano De Aula 5

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Por:   •  4/6/2013  •  320 Palavras (2 Páginas)  •  435 Visualizações

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Psicologia da Tirania

Comportamentos autoritários e brutais dependem da personalidade e da organização social. Grupos não suprimem

valores e crenças pessoais, mas tendem a acirrar características individuais

por S. Alexander Haslam e Stephen D. Reicher.

Imagens de desumanidades e atrocidades estão gravadas em nossa memória. Judeus - homens, mulheres e

crianças - sendo levados para as câmaras de gás. Vilas inteiras destruídas por bandos enfurecidos em Ruanda.

Reincidência sistemática de estupro e destruição de comunidades como estratégia de "limpeza étnica" nos Bálcãs.

O massacre de My Lai no Vietnã do Sul, a tortura de prisioneiros iraquianos em Abu Graib e, mais recentemente, a

carnificina causada por ataques suicidas de homens-bomba em Bagdá, Jerusalém, Londres e Madri. Quando

refletimos sobre esses fatos, uma pergunta é inevitável: O que faz com que as pessoas sejam tão brutais? Elas têm

problemas psiquiátricos? São produto de famílias desajustadas? Será que dadas as condições certas - ou melhor,

erradas - qualquer um é capaz de protagonizar atos extremos de violência coletiva? As pesquisas mais recentes,

incluindo o que é, provavelmente, o maior experimento de psicologia social das últimas três décadas, estão abrindo

novos caminhos para a explicação desses enigmas.

As perguntas sobre a crueldade coletiva foram responsáveis por alguns dos maiores desenvolvimentos da

psicologia social desde a Segunda Guerra. Começando pela necessidade de entender os processos psicológicos

que tornaram possíveis o horror do Holocausto, os cientistas têm procurado saber como pessoas, aparentemente

civilizadas e decentes, podem perpetrar atos tão pavorosos.

Inicialmente, os teóricos procuraram explicar o comportamento patológico de alguns grupos por meio do estudo da

psicologia individual. Em 1961, a historiadora e filósofa-política americana, de origem alemã, Hannah Arendt,

acompanhou, em Jerusalém, o julgamento de Adolf Eichmann, um dos principais mentores do Holocausto. Ela

concluiu que o acusado, longe de apresentar uma "personalidade sádica e pervertida" (como afirmavam os

psiquiatras da acusação), era um homem comum e surpreendentemente simples. Arendt afirmaria que Eichmann

era a encarnação da "banalidade do mal".

Publicada em 1963, na revista New Yorker, a análise de Arendt foi considerada chocante e herética. No entanto,

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