Precisamos Falar Sobre Kevin
Artigo: Precisamos Falar Sobre Kevin. Pesquise 861.000+ trabalhos acadêmicosPor: taira • 27/2/2014 • 947 Palavras (4 Páginas) • 1.343 Visualizações
LAUDO DE AVALIAÇÃO PSICOLÓGICA
Autora: Taira Elisa de Souza
Interessada: Sandra Mara Santos
Motivo: Em cumprimento de nota parcial da disciplina de Transtornos e Disfunções do Psiquismo II
Paciente: Kevin Katchadourian
Demanda:
Indivíduo apresenta comportamento não adaptativo que se diferencia dos comportamentos padrões da sociedade, sendo diagnosticado como portador de Transtorno de Conduta.
Procedimentos:
• Conteúdos verificados dentro de sala de aula;
• Análise do filme “Precisamos falar sobre Kevin”;
• Pesquisa em material bibliográfico e publicações referentes ao tema em questão.
Discussão do caso:
Kevin Katchadourian é um adolescente de 16 anos autor de uma chacina que liquidou sete colegas, uma professora e um servente no ginásio de um colégio dos subúrbios de Nova York.
Kevin é filho de Eva Katchadourian, uma mulher que durante toda a gestação demonstra não estar satisfeita com o que está acontecendo com seu corpo. Após o nascimento, Eva demonstra uma completa rejeição ao filho, que fica evidente na maternidade e no momento em que a criança está chorando muito e ela não consegue nem aninhá-lo no colo, levando-o para passear e parando por uns instantes em meio ao som de britadeiras para que, dessa forma, pudesse ter um “descanso” do choro do filho.
Kevin cresce com essa rejeição e passa a demonstrar o mesmo sentimento pela mãe ainda pequeno, não interagindo com ela em nenhum momento, nem nas brincadeiras e nem nos momentos em que Eva tenta ensiná-lo a contar por exemplo. Eva por sua vez também demonstra que não sabe lidar com o filho e que no íntimo também não o quer por perto. Sua resistência à criança é visível e deixa claro que em nenhum momento quis ser mãe. Essa total privação de afeto desde seu nascimento começa a moldar seu comportamento, formando nele uma completa falta da capacidade de empatia com outro ser humano.
Kevin apresenta comportamentos atípicos desde a infância; não socializa com a mãe, apenas com o pai como uma forma de provocá-la, faz suas necessidades na frauda até idade avançada, também como uma forma de confrontar e manipular essa mãe. Em dado momento, quando a mãe com raiva o joga no chão e quebra seu braço, Kevin mente para o pai sobre o ocorrido, deixando evidente que o fez para ter mais uma forma de manipular Eva.
Nessa mesma época, Kevin destrói deliberadamente o escritório da mãe, não apresentando nenhum sintoma de arrependimento.
Quando sua irmã nasce, Kevin também a rejeita. Em especial porque vê a mãe tratando a menina de uma forma que nunca o tratou. Na adolescência os comportamentos de Kevin vão se tornando mais evidentes. Kevin joga no triturador de pia o hamster da sua irmã; deixa o armário aberto de forma que sua irmã derrube produto químico no olho, causando sua cegueira deste mesmo olho.
O padrão de comportamento no Transtorno de Conduta se caracteriza pela violação dos direitos básicos dos outros e das normas ou regras sociais. Esse comportamento pode ser agrupado em 4 tipos principais:
1. Conduta agressiva que causa ameaça ou danos a outras pessoas e/ou animais;
2. Destruição de patrimônio;
3. Defraudação e/ou furto e;
4. Sérias violações de regras.
Para ser considerado Transtorno de Conduta, esse tipo de comportamento problemático deve alcançar violações importantes, além das expectativas apropriadas à idade da pessoa e, portanto, de natureza mais grave que as travessuras ou a rebeldia normal de um adolescente, ainda que extremamente enfadonhos.
Na base do transtorno da conduta está a tendência permanente para apresentar comportamentos que incomodam e perturbam, além do envolvimento em atividades perigosas e até mesmo ilegais. Esses jovens não aparentam sofrimento psíquico ou constrangimento com as próprias atitudes e não se importam em ferir os sentimentos das pessoas ou desrespeitar
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