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Resenha Crítica Filme: Precisamos falar sobre Kevin

Por:   •  8/11/2017  •  Trabalho acadêmico  •  743 Palavras (3 Páginas)  •  1.920 Visualizações

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CENTRO UNIVERSITÁRIO DE RIO PRETO[pic 1]

- UNIRP

Yanis Alves Matioli

20120695

Resenha Crítica

Filme: Precisamos falar sobre Kevin

SÃO JOSÉ DO RIO PRETO – SÃO PAULO – BRASIL

2017

Yanis Alves Matioli

20120695

Resenha Crítica

Filme: Precisamos Falar sobre Kevin

Resenha crítica referente à disciplina de Direitos Humanos do curso de Psicologia do Centro Universitário de Rio Preto, elaborado por Yanis Alves Matioli.

SÃO JOSÉ DO RIO PRETO – SÃO PAULO – BRASIL

2017

Introdução

Lionel Shriver nasceu em 18 de maio de 1957, na cidade de Gastonia, Carolina do Norte, Estados Unidos, no seio de uma família extremamente religiosa, sendo o seu pai pastor presbiteriano. Shriver é uma jornalista e escritora bestseller americana, famosa por sua Precisamos falar sobre Kevin. Formada na Universidade Columbia, casada com Jeff Willians. Entre seus livros publicados estão: “The Mendibles”, “Big Brother”, “So much for that”, “The female of the species”, entre outros.

O filme Precisamos falar sobre Kevin é baseado na história de um livro de Lionel Shriver, é um drama psicológico conduzido por Eva (interpretada brilhantemente por Tilda Swinton), que ao longo do filme vai despindo suas memórias de maneira não-linear ao público. Aos poucos, pode-se perceber que o drama central é a relação dela com seu filho Kevin (interpretado pelo ator Ezra Miller), que aparenta possui claros sinais de psicopatia. A relação dos dois não se mostra sadia em momento algum. Kevin, desde criança, não interage com a mãe e com a irmã mantém certa distância, possuindo até mesmo momentos de violência. Tolera o pai, apesar de também não mostrar momentos de afeição durante todo o filme. Assim, aos poucos, os traços de psicopatia no garoto vão sendo introduzidos.

Resumo Crítico

O filme “Precisamos falar sobre Kevin” pode ser pensado como uma grande tentativa de entendimento e reparação de uma mãe afogada em culpa pelos atos horrendos de seu filho. O filme retrata a história de uma família que não consegue falar sobre Kevin, muito menos reconhecer a gravidade do comportamento do mesmo, a não ser quando ele se torna um serial killer nacionalmente famoso. Um filme pesado, que produz questões a serem discutidas do ponto de vista do relacionamento entre pais e filhos, da colocação de limites, da dificuldade de comunicação de afetos entre mãe e filho, dos possíveis problemas decorrentes da depressão pós-parto e da dificuldade dos pais em ter um possível contato com aspectos cruéis de seus filhos.

Se as dificuldades de Kevin tivessem sido abordadas o mais cedo possível, sua família e a sociedade teriam se beneficiado disso, momentos poderiam ser evitados através de uma abordagem terapêutica com foco na interação mãe-bebê, poderia ter alterado favoravelmente o curso do desenvolvimento da psicopatia.

No decorrer do filme os questionamentos continuam na mente. E sabe-se que “Precisamos falar sobre o Kevin, precisamos falar com o Kevin, precisamos falar com a Eva, e precisamos falar com o Franklin”, pois na realidade, é difícil definir um verdadeiro culpado nesta história. Pois diante desse exercício de culpa e horror que se desenrola diante dos olhos, o espectador é levado a vários questionamentos como o de se é justo condenar a mãe de Kevin pelos atos dele, se são os pais os culpados pela conduta violenta de seus filhos adolescentes, pois muitas vezes pais dedicados ainda sim têm filhos de índole ruim, e será que nesse contexto ainda sim a culpa seria dos pais?

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