Psicanalise Sigmund Freud
Seminário: Psicanalise Sigmund Freud. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: 14022502 • 5/11/2014 • Seminário • 2.425 Palavras (10 Páginas) • 625 Visualizações
A Psicanálise
Sigmund Freud
O termo psicanálise é usado para se referir a uma teoria, a um método de investigação e a uma prática profissional.
Sigmund Freud foi um medico vienense que alterou radicalmente o modo de pensar a vida psíquica. Sua contribuição é comparável à de Karl Marx na compreensão dos processos históricos e sociais. Freud ousou colocar os “processos misteriosos” do psiquismo, suas “regiões obscuras”, isto é, as fantasias, os sonhos, os esquecimentos, a interioridade do homem, como problemas científicos. A investigação sistemática desses problemas levou Freud à criação da psicanálise.
A Psicanálise caracteriza-se pelo método interpretativo, que busca o significado oculto daquilo que é manifesto por meio de ações e palavras ou pelas produções imaginárias, como os sonhos, os delírios, as associações livres, os atos falhos.
A Psicanálise também é um instrumento importante para a análise e compreensão de fenômenos sociais relevantes: as novas formas de sofrimento psíquico, o excesso de individualismo no mundo contemporâneo, a exacerbação da violência etc.
A psicanálise foi desenvolvida por Sigmund Freud, ele propôs esse método para a compreensão e análise do homem. A psicanálise é uma análise geral baseada em investigações direcionada a cura de distúrbios neurológicos com psicoterapias, aconselhamentos e orientações.
A gestação da Psicanálise
Freud formou-se em Medicina na Universidade de Viena, em 1881, e especializou-se em Psiquiatria. Trabalhou algum tempo em um laboratório de Fisiologia e deu aulas de Neuropatologia no instituto onde trabalhava. Por dificuldades financeiras, não pôde dedicar-se integralmente à vida acadêmica e de pesquisador. Começou, então, a clinicar, atendendo pessoas acometidas de “problemas nervosos”. Obteve, ao final da residência médica, uma bolsa de estudo para Paris, onde trabalhou com Jean Charcot, psiquiatra francês que tratava as histerias com hipnose. Em 1886, retornou a Viena e voltou a clinicar, e seu principal instrumento de trabalho na eliminação dos sintomas dos distúrbios nervosos passou a ser a sugestão hipnótica.
Freud com Josef Breuer, médico e cientista, também foi importante para a continuidade das investigações. Nesse sentido, o caso de uma paciente de Breuer foi significativo. Ana O. apresentava um conjunto de sintomas que a fazia sofrer: paralisia com contratura muscular, inibições e dificuldades de pensamento. Esses sintomas tiveram origem na época em que ela cuidara do pai enfermo. No período em que cumprira essa tarefa, ela havia tido pensamentos e afetos que se referiam a um desejo de que o pai morresse. Estas ideias e sentimentos foram reprimidos e substituídos pelos sintomas.
Breuer denominou método catártico o tratamento que possibilita a liberação de afetos e emoções ligadas a acontecimentos traumáticos que não puderam ser expressos na ocasião da vivência desagradável ou dolorosa. Esta liberação de afetos leva à eliminação dos sintomas.
Freud, em sua Autobiografia, afirma que desde o início de sua prática médica usara a hipnose, não só com objetivos de sugestão, mas também para obter a história da origem dos sintomas. Posteriormente, passou a utilizar o método catártico e, aos poucos, foi modificando a técnica de Breuer: abandonou a hipnose, porque nem todos os pacientes se prestavam a ser hipnotizados; desenvolveu a técnica de ‘concentração’, na qual a rememoração sistemática era feita por meio da conversação normal; e por fim, acatando a sugestão (de uma jovem) anônima, abandonou as perguntas - e com elas a direção da sessão - para se confiar por completo à fala desordenada do paciente.
A Descoberta do Inconsciente
“Qual poderia ser a causa de os pacientes esquecerem tantos fatos de sua vida interior e exterior...?”, perguntava-se Freud.
O esquecido era sempre algo penoso para o indivíduo, e era exatamente por isso que havia sido esquecido e o penoso não significava, necessariamente, sempre algo ruim, mas podia se referir a algo bom que se perdera ou que fora intensamente desejado.
Chamou de repressão o processo psíquico que visa encobrir, fazer desaparecer da consciência, uma ideia ou representação insuportável e dolorosa que está na origem do sintoma. Estes conteúdos psíquicos localizam-se no inconsciente.
A Primeira Teoria: Sobre a estrutura do aparelho psíquico
Freud apresenta a primeira concepção sobre a estrutura e o funcionamento da personalidade. Refere-se a três sistemas ou instâncias psíquicas: inconsciente, pré-consciente e consciente.
O Inconsciente: conjunto dos conteúdos não presentes no campo atual da consciência. Constituído por conteúdos reprimidos, que não têm acesso aos sistemas pré-consciente/consciente, pela ação de censuras internas. São conteúdos podem ter sido conscientes, em algum momento, e ter sido reprimidos, isto é, “foram” para o inconsciente.
EX: situações traumáticas que aconteceram no passado, quando criança, e acabar crescendo e esquecendo por o sentimento ser reprimido.
Pré- consciente: onde permanecem aqueles conteúdos acessíveis à consciência. É aquilo que não está na consciência, neste momento, e no momento seguinte pode estar.
EX: quando você vive em algum momento da vida marcante e você ouviu uma musica e automaticamente lembra-se de alguém que foi especial na sua vida.
Consciente: é o sistema do aparelho psíquico que recebe ao mesmo tempo as informações do mundo exterior e as do mundo interior.
EX: são percepções do que esta acontecendo no momento é a atenção e o raciocínio rápido.
A Descoberta da Sexualidade Infantil
As descobertas colocam a sexualidade no centro da vida psíquica, e é postulada a existência da sexualidade infantil. Estas afirmações tiveram profundas repercussões na sociedade puritana da época, pela concepção vigente da infância como inocente.
Os principais aspectos destas descobertas são:
A função sexual existe desde o princípio da vida, logo após o nascimento, e não só a partir da puberdade.
O período de desenvolvimento da sexualidade é longo e complexo até chegar à sexualidade adulta, onde as funções de reprodução e de obtenção do prazer
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