Psicodiagnóstico Interventivo
Por: francielibarbosa • 3/4/2015 • Resenha • 5.960 Palavras (24 Páginas) • 3.715 Visualizações
UNIP – Universidade Paulista/ São José do Rio Pardo
Francieli Pires Barbosa / RA – B28356 - 4
Curso: Psicologia – 7º Semestre
Psicodiagnóstico – Profª Mônica Ferreira da Silva
Livro: Psicodiagnóstico Interventivo: evolução de uma prática
Capítulo I
Psicodiagnóstico fenomenológico – existencial: focalizando os aspectos saudáveis.
O texto apresenta criteriosamente cada passo do trabalho do Psicólogo, desde a atenção e o acolhimento que o mesmo deve ter com seus pacientes e os passos do psicodiagnóstico que inclui a entrevista inicial, anamnese, aplicação de testes, visita domiciliar e escolar e entrevista devolutiva. Além de nos mostrar e evolução de percebermos a pessoa como humana e dos trabalhos de profissionais da área da saúde.
Um pouco de história.
Hoje sabemos que saúde e doença são dois elementos que não podem ser vistos de maneira dicotômica, diferente da Idade Média e do Renascimento, pois saúde vai além do simples fato de não ser doente e vice – versa.
Saúde, cura nos remetem a uma aproximação de clínica e cuidado, tarefas que dizem respeito ao universo do Psicólogo no âmbito da saúde, conduzimos para a direção do bem – estar do indivíduo, além de acolher o sofrimento como perda de sentido (sofrer – sentir, experienciar, tolerar sem oferecer resistência, ser afetado).
Hoje, o clinico é entendido como especialista. A triagem para encaminhar os pacientes aos devidos especialistas tomou lugar do promover uma confiança terapêutica através da atenção e do acolhimento.
Atualmente percebe – se que, querer dominar e ser detentor do saber não funciona, é necessário que haja uma construção conjunta de sentidos e que o saber seja transmitido.
O ser humano revela – se pelo encontro com outro, são as experiências que fazem o ser humano desenvolver – se, aprender, ouvir e ser ouvido. Diante disso a uma grande importância no papel do Psicólogo. Sob a ponto de vista fenomenológico existencial podemos ampliar o espectro da ação humana para que se possa entender responsavelmente à pluralidade da condição pós – moderna na vida do homem e seu sofrimento.
O psicodiagnóstico.
No local que o atendimento clínico é gratuito existe um número significativo de pais que levam seus filhos com algum distúrbio de comportamento, dificuldade escolar, sendo encaminhados por médicos, pela escola, Assistente Social, etc. A instituição oferece um psicodiagnóstico podendo este ter várias causas, por isto a necessidade de analisar qual área deve ser atendida com prioridade.
Algumas etapas do psicodiagnóstico: Uma ou duas entrevistas com os pais, contato com a criança, uma ou duas entrevistas de devolutiva e posteriormente lhes é oferecido alguns passos para serem trilhados, como: psicoterapia, orientação aos pais, etc.
Em alguns casos os pais demonstram pouca motivação pelo atendimento e alguns até sente – se decepcionados com os resultados do atendimento.
Podemos considerar o psicodiagnóstico como um instrumento de coleta de dados, para que assim seja organizado um raciocínio clinico que orientará o processo terapêutico.
O processo psicodiagnóstico fenomenológico – existencial com crianças e seus pais.
No processo de psicodiagnóstico são realizados entre 10 a 12 sessões, sendo trabalhado com os pais de 6 a 7 sessões e o restante com a criança.
Diariamente o ser humano está em contato com as pessoas, sendo família, filhos e raramente perguntam - se o que eles significam. As pessoas se dão conta deste questionamento quando passam a observar que está faltando algo, ou quando a criança não apresenta comportamentos desejados, seja pelos pais ou escola. Assim buscam o Psicólogo, e possíveis questionamentos podem ser lhes feito sobre a relação de pais X criança.
O psicodiagnóstico infantil visa explorar a queixa trazida, os sintomas trazidos pela criança e a compreensão que eles tem da presente situação. É necessário que o Psicólogo trabalhe o significado do encaminhamento com os pais, sempre deixando claro o que está acontecendo a cada etapa, pois mesmo sendo a criança precisar do atendimento, os pais também fazem parte deste processo. Os pais precisam entender e saber quais suas expectativas frente a situação apresentada, que se trata de um procedimento no qual haverá uma compreensão do que está acontecendo com a criança nos meios em que ela vive.
Após o Psicólogo compreender a pergunta trazida, parti – se para a sessão seguinte, a anamnese. Esta faz com que o profissional conheça melhor as condições familiares e sócias, vínculos estabelecidos e o papel desempenhado por cada membro da família.
Terminado estas etapas é solicitado aos pais que informem a criança que ela será levada ao Psicólogo e que explique o motivo. Em alguns casos os pais não sentem segurança em fazer isto ou mesmo não tem coragem. Tais comportamentos podem revelar a relação que eles mesmos mantêm com o atendimento desenvolvido.
O primeiro contato com a criança é feito de diversas maneiras, sendo que é levado em consideração a idade, capacidade e possibilidades de expressão e expressão gráfica. Posteriormente os encontros são intercalados (pais X criança). À partir deste contato abre – se um leque de possibilidade, pois algumas situações importante surgem no atendimento com a criança que antes não fora mencionado pelos pais.
Todos os instrumentos que serão utilizados com a criança devem ser informados aos pais, para que também haja uma compreensão melhor da fala do Psicólogo, a partir de como o profissional chegou a certas hipóteses.
As informações precisam ser feitas de maneira clara, com uma linguagem acessível, para que não deixe margens para dúvidas.
Concluindo o atendimento é feito um relatório sobre o caso e lido aos pais. Caso eles discordem de algum aspecto, podem propor modificações, alterações, acréscimos e eliminações de algumas situações.
Psicodiagnóstico interventivo, na abordagem fenomenológica – existencial: uma mudança de atitude.
Uma das contribuições do psicodiagnóstico interventivo é o papel ativo do cliente, sendo um co-responsável pelo trabalho desenvolvido. Neste processo de cooperação entre as duas partes, onde juntos tentam fazer uma compreensão do que está acontecendo.
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