Resenha crítica sobre o psicodiagnóstico interventivo e o tradicional
Por: franfranciele808 • 3/11/2017 • Resenha • 963 Palavras (4 Páginas) • 841 Visualizações
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UNIVERSIDADE FEDERAL DE ALAGOAS
UNIDADE EDUCACIONAL DE PALMEIRA DOS ÍNDIOS- CAMPUS ARAPIRACA
CURSO DE GRADUAÇÃO EM PSICOLOGIA
Maria Laryssa Barbosa da Silva
Franciele Alves Vieira
PSICODIAGNÓSTICO I:
Psicodiagnóstico Tradicional x Psicodiagnóstico Interventivo
Palmeira dos Índios
2017
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UNIVERSIDADE FEDERAL DE ALAGOAS
UNIDADE EDUCACIONAL DE PALMEIRA DOS ÍNDIOS- CAMPUS ARAPIRACA
CURSO DE GRADUAÇÃO EM PSICOLOGIA
Maria Laryssa Barbosa da Silva
Franciele Alves Vieira
PSICODIAGNÓSTICO I:
Psicodiagnóstico Tradicional x Psicodiagnóstico Interventivo
Trabalho Acadêmico apresentado à Profª. Caroline Cavalcanti Padilha, com vistas à aprovação na disciplina de Psicodiagnóstico I, da turma do 6º Período, do Curso de Bacharelado em Psicologia da Universidade Federal de Alagoas, Unidade Educacional de Palmeira dos Índios.
Palmeira dos Índios
2017
PSICODIAGNÓSTICO TRADICIONAL X PSICODIAGNÓSTICO INTERVENTIVO
O presente trabalho tem por objetivo apresentar uma breve discussão acerca destas duas formas de psicodiagnóstico; a tradicional e a interventiva. É interessante salientar que as leituras feitas previamente a essa produção dizem respeito a dois artigos sobre a temática, ambos demonstrando ser favoráveis ao psicodiagnóstico interventivo, sendo um embasado na Psicologia fenomenológica existencial e o outro na prática psicanalítica. A proposta é trazer reflexões suscitadas nos referidos textos.
Para compreender a distinção que se estabelece entre essas duas práticas, faz-se necessário levar em conta a dualidade paradigmática estabelecida no meio científico entre os métodos quantitativo e qualitativo de pesquisa. Historicamente, essas duas formas de investigação são tratadas como opostas, em virtude dos enfoques epistemológicos e metodológicos serem distintos. Como se sabe, a pesquisa quantitativa se mostra mais sistematizada e equacionada em etapas processuais geralmente bem delimitadas; enquanto que na pesquisa qualitativa propõe-se uma “aproximação” maior entre sujeito e objeto, tornando o processo mais dinâmico, se assim se pode dizer. O que se percebe, todavia, é que ambas apresentarão limitações, uma vez que não esgotam por si só os objetivos e possibilidades visados.
Nesse sentido, Ortí (1995; apud Barbieri, 2010) considera que elas devem manter uma relação de complementaridade por deficiência. Do mesmo modo, é preciso questionar o “confronto”, na Psicologia, entre aquilo que diz respeito à avaliação e o correspondente à terapêutica. Questão essa que se estende ao contexto psicodiagnóstico, pois o modelo tradicional, como afirma Evangelista (2016) “é voltado para o esclarecimento da demanda que mobilizou o paciente a buscar ajuda psicológica, com o objetivo de propor o encaminhamento mais adequado”; sendo assim, acaba por se limitar ao propósito avaliativo e descritivo. Contudo, Barbieri (2010) ressalta que além de seus aspectos quantitativos, sua descrição e compreensão profunda e completa do paciente está fundamentada no paradigma qualitativo, apesar de que o psicodiagnóstico tradicional não consegue atingir esse objetivo, segundo a autora.
Por outro lado, a proposta do psicodiagnóstico interventivo, como o próprio nome sugere, é ir além do exame diagnóstico inspirado no modelo médico, integrando assim a prática interventiva. Dentro dessa perspectiva se faz presente o subjetivismo, o qual valoriza a experiência humana, e o construcionismo crente de que o conhecimento se constrói na interação dos sujeitos na busca pela compreensão e sentido da experiência vivida por meio de instrumentos menos estruturados de avaliação e intervenção. Sua pretensão é romper com a separação entre o diagnóstico/avaliação e o tratamento/psicoterapia, entendendo o primeiro como um processo que é, em si mesmo, terapêutico.
As associações paradigmáticas possíveis de serem feitas entre o psicodiagnóstico tradicional com a maneira quantitativa de pesquisa e, por sua vez, o psicodiagnóstico interventivo com o viés qualitativo, revelam o reducionismo prático resultante de tais dicotomias científicas. Isso porque, de um lado, tem-se a pretensão de avaliar o cliente profundamente a fim de dar-lhe uma devolutiva suficiente para que este compreenda a razão de seu sofrimento psíquico, e seja encaminhado ao próximo passo. Mas, esse objetivo não é atingido completamente, uma vez que a metodologia disposta (testes, entrevista etc.) não faz um levantamento satisfatório do contexto de vida desse indivíduo e, portanto, não vislumbra a complexidade do processo.
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